Essa animação ainda não foi lançada no Brasil, saiu nos EUA ano passado. Comprei no Amazon no lançamento, mas devido a dezenas com mais dezenas de DVDs, Games e falta de tempo, só pode curtir a animação HOJE. Como é importado, o filme só tem opção de áudio e legenda em Inglês, por isso precisei de um momento onde o mundo parasse de girar por 75 Minutos para que meu foco mantesse exclusivamente na animação.
Se você nunca ouviu falar dessa animação; Ela pertence a primeira safra de novos filmes do Universo DC. A Liga da Justiça – Uma Nova Fronteira, que já foi lançada no Brasil, é o segundo filme. A Warner Brasil prometeu seu lançamento em 2009, sabe-se lá porque essa demora. Não é um filme baseado naquele desenho antigo do Superman (Animated Series), é uma reformulação nova. Baseada nas sagas A Morte e Ressurreição do Superman, dos quadrinhos, entretanto não é um cópia fiel, mas uma adaptação.
O filme é sensacional, tudo ocorre em tempo exato, o roteiro flue tranquilo, sem enrolações já que é muita história, tem muitos acontecimentos e não precisa embromar para dar tempo de filme. Os traços dos personagens também estão distintos do antigo desenho. Superman tem mais linhas do rosto, deixando-o mais velho e sério. Lois está com mais curvas e com um look mais moderno, ao contrário do penteado e visual do desenho. Perry e Jimmy estão melhores também, Jimmy mais sério e aparentemente mais adulto. Lex Luthor está mais magro, alto e aparentemente mais insano e maquiavélico, mais parecido com as HQs. Já as cenas de ação do desenho impressionam, prédios sendo demolidos, nuvens de poeira, cenas e ângulos mais cinematrográficos. A música e som também não foge dos elogios e o fazem ficar no clima do filme a todo o momento.
Se você não se importa em saber algumas coisas da animação, continue, senão quer saber nada, pare por aqui e leve a sério a recomendação. Se curtia o desenho da Liga da Justiça, mesmo não tendo outros super-herois no filme, vale a pena ver, pois o trabalho tem muita qualidade e desfaz qualquer necessidade dos coadjuvantes heroicos (Só num trechinho poderia ter).
Warning! Warning!
Risco de Spoiler! Se você é alérgico, não continue!
O que valeu a pena ver no desenho:
Clique em “More” e descubra:
– A luta do Super e Dooms é fenomenal. Ela acontece logo no comecinho do desenho. Superman apanha, bate, apanha e o monstrengo em nenhum momento parece abatido. Alias bem legal a explicação curta que o filme traz, o Doomsday é simplesmente um ser que destrói tudo que vê. Não tem papo furado, não tem clichês de vilão com planos maquiavélicos, não tem gargalhadas insanas. É como um animal feroz. Ele ataca a todo momento e não para por um minuto sequer. Superman vai no decorrer da luta ficando abalado, e no último momento, com ele pegando Dooms e subindo ao espaço para arremesá-lo na Terra é inacreditável e emocionante!
– A introdução e fechamento do desenho com Lex refletindo é muito bom. “Até deuses podem morrer…” e “Até deuses podem voltar da morte…”. Mas não conto quais as circunstancias disso porque vale a pena ver e se surpreender.
– Alguns elementos foram retirados dos antigos filmes do Superman, Jonathan Kent está morto aqui. Nos quadrinhos ele ainda não morreu.
– Superman e Lois estão a 6 meses num romance, com direito a ambos de roupão na Fortaleza da Solidão. Lois sabe tudo sobre o Super, com a exceção de que ele é Clark Kent. A linha de enredo dessa premissa roda durante todo o filme e dá um clima de angustia e de desenvolvimento dos personagens, como costuma acontecer nas HQs. Geralmente nos desenhos de 20 minutos, os personagens são vazios nestes aspectos para impedir a sensação de evolução da história.
– O funeral é realmente tocante. Bem mais reflexivos do que aquele de “mentirinha” que aconteceu num dos episódios da Liga da Justiça. Mostra a mundança no mundo de todos os personagens num mundo sem Superman. Inclusive não soa absurdo o fato do Clark também desaparecer, isso poderia parecer ridículo e totalmente fácil de sacar que Clark é o Superman, mas a desculpa arranjada cola e convence.
– Adorei ver 2 mortes na animação! A assistente de Lex morta por ele mesmo. Tudo acontece numa fração de segundo, você está ali assistindo e “bum”, você pensa “caramba, foi rápido e esse sim é Lex Luthor que conhecemos!”. A outra morte sensacional foi do vilão Toyman! O clone do Superman, vê no noticiário que ele matou uma criança de 4 anos. O cara está em frente a delegacia, algemado com viaturas e policias para todo o lado, o Clone chega, diz que quer ter uma palavrinha com o vilão… sobe até os ceús e solta o cara de lá, fazendo cair em cima de uma viatura! Caramba! Show!
– Como o Superman morre um pouco antes da metade da história (eu disse que ela flue bem), o roteiro segue adiante após o funeral com Lex roubando o corpo do heroi e clonando-o. O clima de é ele? Quando surge deixa em dúvidas todo mundo e o clone é corrompido pelo modo de vida humano que é conciso e reflexivo. E pronto está feito o vilão da segunda parte do filme. Não é como um Bizarro, mas um Super arrogante e que pensa, ao contrário do Bizarro.
– A explicação da ressureição é legal, Superman não segue as leis dos humanos e qualquer outro detalhe que der fica sem graça. Mas eu gostei!
– A luta final é tão arrasadora quanto a do começo. Mas aí não é tão empolgante porque você sabe que desta vez ele não pode perder.
– A última coisa que vale a pena ver é o tal Clone, chamado de Dark Superman na legenda, dando uma senhora surra no Lex, jogando dentro de uma caixa de metal lá de cima do prédio da Lexcorp. O_O
Leu os spoilers? Agora se anime e assista o desenho assim que ele for lançado no Brasil! (Ou seja louco, como eu, e importe o DVD do Amazon) XD