Cinema – O Incrível Hulk – Eu fui!



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Risco de Spoiler! Se você é alérgico, não continue!

HULK ESMAGA!!

Acabei de chegar da sessão de O Incrível Hulk. Há muito que se falar e vou com calma para não me perder.

Tudo recomeça no Brasil. Pois é, o filme recomeça, muda alguns dos fatos do indigesto Hulk de Ang Lee, torna um pouco mais plausível, mas o básico permenece, inclusive o fim com Bruce Banner caindo fora dos EUA e se escondendo do exército. Não precisa nem ao menos rever o filme anterior… ufa.

 Bruce Banner está no Rio de Janeiro. Na favela da Rocinha para ser mais exato. Aqui não temos problema com o enredo, mas dá para ficar um pouco chateado em como o Brasil é representado nessa parte. Só vemos a Rocinha. Nada mais do que favela. Tá é onde a história se passa, mas dá uma sensação de tristeza ver o Brasil retratado assim num filme Hollywoodiano. É um Cidade de Deus sem tirar e nem por. Alias teve gente do meu lado no cinema dizendo que é um tanto irreal o exército dos EUA dentro da favela perseguindo Bruce, correndo para todo lado armado. Nem um tirinho de traficantes ao fundo? Tá bom.

Mas a perseguição é de tirar o folego, mostra tantos angulos, tantos corredores, tantas casinhas, tantos lugares para desviar, tantos brasileiros. Realmente ficou muito boa a montagem da perseguição da favela.

Ah, sem mencionar a ironia de que Bruce trabalha numa fábrica de refrigerante “Pingo Doce” que é exportado para os EUA, justamente ao Stan Lee em sua pequena participação, que desta vez nem é engraçado. E serve como ponta para o exército descobrir onde o rapaz está.

Continuando, o filme não desaponta como o primeiro. Tem muita ação e porrada. O segundo ato de Hulk na universidade é arrasador, com o gigante usando pedaços de jipe como escudo e arma de ataque. Mostrando um Hulk mais esperto e mais letal. Mas é difícil chegar a acreditar em algum ponto que ele seja capaz de ser derrotado.

Alias Bruce Banner também está bem fiel aos poucos quadrinhos que já li do verdão. Ele é um bananão, em nenhum momento imagina em controlar o Hulk, apenas quer desaparecer com seu alter-ego. Ele não consegue imaginar o quanto seria útil se conseguisse controlar sua forma verde. Alias eu nunca saquei direito qual é dessa mistura de Herói e Monstro que Hulk exerce nas pessoas. Nem digo que dá para chamar de herói, não é a toa que os heróis do universo Marvel mandaram o cara para o espaço tempos atrás (mas ele já voltou para a Terra).

O filme ainda tem um pouco de draminha, ainda mais quando Betty e Bruce interagem, achei inclusive estes momentos meio recatados. Melhora mais a frente do filme.

Quando Hulk chega a Nova York e aí já estamos no terceiro ato a coisa fica mais interessante com o tal Mr. Blue auxiliando as pesquisas sobre a metamorfose de Bruce. A sala de cobaias ficou muito promissora. Assim como o que acontece com o Dr. que não temos conclusão neste filme. Como não acompanho as HQs do verdão, não sei que vilão ele se transformará, algum fã aí pode me dizer?

Aí vem a luta arrassadora. Monstro versus Monstro. Não espere nada que você nunca tenha visto num filme. Legal e bacana, principalmente quando o verdão fala pela primeira vez.

O filme no fim é diversão. Nada mais do que entretenimento. Algumas menções aqui sobre a fórmula do supersoldado do Capitão América, um pouco sobre a Shield (sem Nick Fury) e o fim arrassador com Tony Stark fechando o filme com chave de ouro, dizendo “Estamos montando um time”. Vingadores in the Future? É cllaarro.

Digo que a Marvel acertou muito mais com este Hulk do que com o de Ang Lee, mas não dá para esperar muito de um personagem não lá tão interessante nem mesmo nas HQs, onde a repetidão é o unico sucesso de sua existencia até hoje, mesmo com seus períodos de criatividade e diversificação que é claro que existem nas HQs. Se você ainda não viu Homem de Ferro, vá ver ele que é mais interessante.

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