Dica de Leitura: Grandes Astros: Batman & Robin – 1 à 8!

Eu coleciono muitas HQs, mas nem sempre leio no momento que as compro. Graças a ridícula greve dos Correios que assola o mês de Julho desde o dia 07, ainda não recebi uma única revista da Panini deste mês. Por isso, a solução é buscar algo aqui em casa que ainda não tinha lido. Optei por ler as oito edições de Grandes Astros: Batman & Robin que a Panini vem publicando esporadicamente, já que nos EUA ela ainda está sendo lançada com atrasos enormes e por isso vem sofrendo duras críticas.

O problema com a revista é que ela reconta pela enésima vez como Dick Grayson virou Robin. Entretanto, após oito edições digo que a coisa serve apenas de pano de fundo para que Frank Miller e Jim Lee mostrem um mundo sombrio e violento que não vemos na revista mensal de Batman.

Deixa eu dar uns Spoilers sobre estas 8 edições. Se você não vai ler mesmo, não tem porque fugir deles. E mesmo se for ler, não vai ser uma surpresa tão estragada assim já que os desenhos e a linha dos acontecimentos são o que arrebatem as edições:

* É um Batman sendo mostrado em início de carreira e muito fora do convencional heroi. Ele gargalha em luta como se sentisse prazer em socar e quebrar ossos de bandidos. Barba mal-feita e espanca sem dó os policiais de Gotham, dizendo que o único que presta é o Gordon. De boa, é uma das versões mais violêntas do Batman que eu já li.

* Nesta versão Batman sequestra sem dó Dick, ainda criança, logo após o assassinato dos Pais. Não sei exatamente qual é a versão original da DC, já que essa história já foi contada tantas vezes. Mas ele larga o garoto por dias sozinho na Batcaverna e ainda dá uma rabada no Alfred quando fica sabendo que o mordomo deu comida ao garoto, pois ele esperava que Dick comesse ratos para sobreviver. O_O

* Batman dorme com a Canário Negro. Tá ok, isso é bizarro. O problema é que eu não conheço muito a história da Canário Negro e não sei se está sendo retratada uma canário anterior a atual, que já foi casada com o Arqueiro Verde ou sei é a ela mesmo.

* Batman debochando do Superman e do Lanterna Verde é impagável. A dor de cotovelo dele com o anel de Hal Jordan é interessante, já que ele mesmo pensa o quanto poderia fazer com uma poder assim. E faz questão de dizer ao leitor o quanto Hal é um imbecil que gosta de perga bandidos com “ratoeiras gigantes” huahauhauha. Na atual Linha DC, Batman recusou o poder do anel amarelo, que pertence ao Sinestro, que terá papel fundamental na Guerra dos Anéis que se inicia em Setembro no Brasil.

* A Liga da Justiça começa a ser criada nessa linha paralela, com a Mulher Maravilha muito arrogante odiando os homens e tanto uma queda pelo Superman. Nessa parte da história mostra alguns heróis se reunidos mostrando a preocupação com o Batman, que chegou ao cúmulo de sequestrar uma criança e se eles deveriam intervir.

* A última edição publicada pela Panini aqui no Brasil, mostra o Coringa após uma transa, frio e sem gargalha como estamos acostumados. Psicótico mesmo. Mata a mulher a sangue-frio com as próprias mãos. Sem rir em nenhum momento. Estranho é o mínimo que se dá para pensar.

* Quando Robin encontra um uniforme, ele pensa em Robin Hood, mas não chega a escolher esse nome para sua carreira heróica e sim Capuz. Batman que debocha e o faz escolher Robin. Lembrando que na linha DC atual, Capuz Vermelho é o nome que Jason Todd, um outro Robin, escolhe quando resolve voltar dos mortos.

* É claro que não dá para levar a HQ a sério. Ele tem furos para todo lados, sem falar nestas características bizarras de algumas personalidades, como um Batman violento e “gargalhador” e um Coringa Frio e Psicótico. Mas é uma alternativa interessante a quem já se cansou da linha original de Herois. Eu diria que GA:B&R é bem contrário a política de que super-heróis tem que ser bonzinhos. Gostei muito do resultado e do clima diferente e mais adulto. Pena que os atrasos desta série afastam os fãs e sem falar que quando um roteirista atrasa muito, significa que ele está perdido a ponto de não saber o que fazer com a história, permitindo-a que fique cheia de furos e situações bizarras e algumas vezes até sem sentido.

* Não há previsão para a edição 9 ser lançada no Brasil. Mas a Panini não cancelou o lançamento. Tudo isso é culpa dos atrasos americanos.