Objetiva lança mais um livro de Luis Fernando Veríssimo, O Mundo é Bárbaro
Ontem passeando pelo shooping após ver Zohan no Cinemark, passo pela vitrine de uma livraria. Repare como 80% das pessoas que passam por uma livraria nem ao menos se dão o trabalho de ver o que há na vitrine. Não sou assim, fui educado para gostar de ler, segundo meus pais, meu falecido avó que só conheci quando criança foi um dos responsáveis pelo vício, pois me levava para passear na banca de jornal. Sou grato a ele por isso. Mesmo tendo o conhecido muito pouco em vida, já que ainda era novinho quando ele morreu, segundo me contam foi uma pessoa que conseguiu em pouco tempo moldar uma personalidade em mim: a personalidade que tem o prazer de ler. Então passei pela vitrine que nem um cachorro passa perto daquelas máquinas de frango assado, com os olhos esbugalhados e lendos praticamente todos os títulos que estavam na vitrine, em busca de algo que pudesse saciar minha fome de ler.
E lá estava, a Editora Objetiva, sem aviso prévio algum acabou de lançar um novo livros de crônicas do Luis Fernando Veríssimo, um dos maiores escritores do Brasil atual e na qual eu tenho um gigante respeito. Pena que eram 22h e aqui em Roça City, a livraria já estava fechada dentro do Shooping. Agora só me resta correr lá hoje depois das 17h30 e comprar o livro!
Como todos já sabem, o Portallos é um canal que incentiva a leitura. Publicamos todo domingo uma crônica do Veríssimo de seus livros mais antigos, que por vezes não é fácil achar em livrarias. O intenção não é piratear ou sacanear colocando-as aqui, mas mostrar para quem não conhece esse grande escritor brasileiro, e fazer vocês terem vontade de adquirir os livros, afinal 1 crônica a cada domingo não é nada comparado a um livro com dezenas e mais dezenas de crônicas. Isso porque eu sempre coloco as mais curtinhas. XD
Enfim, vamos ao jabá gratuito porque é mais do que merecido
Comprar pela Amazon BR!
Mais detalhes sobre o livro, veja no site da Editora Objetiva.
160 Páginas
Preço Base: R$ 29,90
Texto retirado direito do site da Objetiva:
Um retrato bem-humorado da sociedade contemporânea feito pelo gênio da crônica brasileira
No filme O Exterminador do Futuro, um Schwarzenegger é mandado ao passado para matar a mãe de um líder revolucionário que está incomodando o governo. Matar o inimigo pela raiz, por assim dizer. A lógica é inatacável: se não nascer no passado, o problema não existirá no futuro. Muita gente já deve ter imaginado o que faria se tivesse o mesmo poder de voltar atrás para alterar um detalhe, refazer uma escolha, corrigir uma bobagem e mudar a sua vida. Há quem diga que a primeira tarefa do hipotético exterminador deveria ser voltar 508 anos, se postar na praia e, à aproximação dos barcos de Cabral, começar a agitar os braços e gritar “Não! Não!.
Passados 508 anos, o ser-humano parece inviável, segue ateando fogo à Terra e nada indica que um superbombeiro se aproxima para a apagar o incêndio. Do meio ambiente à política, passando pela economia e pelo comportamento bárbaro das pessoas no dia-a-dia, sobram argumentos para os pessimistas. Mas nem tudo está perdido. O planeta é habitado pelo humor de Luis Fernando Verisimo e sua salvação está nas crônicas reunidas no livro O Mundo é Bárbaro.
Escolhidas num universo de 500 textos, entre os melhores que o autor escreveu nos últimos oito anos, elas discutem a ascensão chinesa, a guerra contra o terror, a candidatura de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos e o passado e o futuro do Brasil e da América Latina. Simultaneamente, fazem um raio x acurado do comportamento do homem contemporâneo.
“Esses assuntos, por mais díspares que sejam, quase sempre convergem para uma crítica aguda desta época globalizada. Nesse sentido Verissimo é um cronista da História e da memória, e também um mestre da crítica social e política”, observa o escritor Milton Hatoum.
Em O Mundo É Bárbaro, destaca-se o talento único de Veríssimo para casar assuntos que dizem respeito a toda a humanidade com outros tirados da banalidade cotidiana, sempre com os textos curtos e o olhar crítico aguçado que o tornou referência tanto para o leitor comum quanto para escritores e jornalistas de renome.
“Verissimo modernizou a crônica nacional assimilando – como Machado assimilara na ficção – a influência da literatura de língua inglesa, especialmente a de humor. Mesclando crônica e artigo, relato pessoal e análise jornalística, e sem cair nos destemperos explícitos de outros praticantes da modalidade, Verissimo renovou a crônica”, analisa o crítico literário Daniel Piza.
Para o romancista Carlos Heitor Cony, “Verissimo mergulha nas raízes de sua formação cultural, não se derrama no lirismo poético nem no humorismo datado. É um pensador que vai fundo na contemplação e análise da vida pessoal e coletiva de todos nós – ao mesmo tempo nos condena e perdoa”.
O jornalista e biógrafo Ruy Castro ressalta outra grande qualidade das crônicas de Verissimo: a capacidade de, reunidas em livro, provocarem o mesmo prazer de sua leitura nos jornais do dia-a-dia. “Muitos cronistas parecem formidáveis quando lidos dia sim, dia não, ou uma vez por semana. Mas basta reunir essas crônicas em livro para se descobrir que eles passaram anos escrevendo a mesma crônica. Com Verissimo, isso não acontece, porque o leque de interesses com que ele nos abana diariamente pela imprensa é vasto, colorido, variado. Apenas sua visão é única.”
Sobre o autor:
Luis Fernando Verissimo nasceu em Porto Alegre e é um dos mais respeitados e populares escritores brasileiros. Autor de best-sellers como O Melhor das Comédias da Vida Privada e Clube dos Anjos, da coleção Plenos Pecados, teve sua obra traduzida para 16 línguas. Quando não está paparicando sua neta, Lucinda, ele escreve crônicas para O Globo e O Estado de S. Paulo, dois dos maiores jornais do país.