Review: Battle Fantasia [X360]
Battle Fantasia não fez alarde nenhum. Foi lançado, ninguém deu bola e passou batido. O caso é que o game não foi feito por nenhum estúdio de quintal. O título vem dos criadores de Guilty Gear, série de considerável sucesso nos games. Como eu gostei da premissa “personagens em RPG num game de luta”, resolvi conferir o título.
Veja o review depois do “mais”:
Dados Técnicos
Plataforma analisada: Xbox 360
Players: 1-2 Players [off/on-line]
Desenvolvedora: Aksys Games
Distribuidora: Arc System Works
Lançamento: 16/Sep/2008
Um estilo clássico que pouco se vê…
Em meio a tantos games de luta 3D é raro ver um game de luta que segue a antiga fórmula das lutas de arcade. Apenas em 2D (mesmo que os gráficos sejam 3D), com golpes e combos de meia luta e 1/3 de lua e lá vai aquele monte de combos clássicos. O game nesse quesito é nostalgia pura.
Battle Fantasia é um game sem absulatamente nada de excepcional. É um game básico do básico do básico. Com certeza faltou muita coisa no game. A primeira coisa que não chega a chamar a atenção é a história. Totalmente narrada em telas de texto e sem nenhuma animaçãozinha o jogo inteiro. Podia ter pesquisado para conta-la aqui, mas sinceramente, estaria gastanto seu tempo.
O negócio aqui é ser prático. O que interesse mesmo é o quebra pau. BF tem uma mistura boa de personagem, de lentos à rápidos, de pequenas à enormes, de ataques a longa distância à curta. Tem para todos os gostos. Isso equilibra bem as partidas, somando-se ao sistema clássico de lutas arcades. O sistema conta com golpes fortes e fracos, pegadas, contra-ataques, um sistema de empurrão que arremesa o adversário para o canto da tela, ele bate e volta. Ainda há a barra de energia, que vai até o 3, e podem ser usadas para ativar os poderes. Quanto aos poderes, achei um tanto quanto desequilibradas. Alguns tem golpes especiais incrivelmente fortes e outros exigem que o adversário esteja próximo quando executado, o que dificulta sua utilidade numa luta. Ainda é possível estourar a barra e ativar uma aura que envolve o personagem e deixa seus golpes mais fortes.
Os modos de jogos são básicos. Tem um modo story, um arcade, um time atack e um survival. Nada de surpreendente, porém o suficiente para perder um tempinho em cada um. O game realmente vale mais se for jogado com um amigo, já que com tão pouco a fazer, logo fica meio óbvio como vencer a CPU.
Os gráficos não grandes coisa. Se parar para notar acabam sendo até inferiores que a maiora dos games do console. Simples, as vezes com alguns itens do cenários quadrados e os efeitos de luta bem básicos, inclusive dos golpes especiais. A trilha sonora não tem nada de excepcional, agrada, mas não há uma música que tenha um destaque maior. Os efeitos de luta também seguem a tendencia “padrão” do game. Somento as vozes, que são em Japoneses, dão um diferencial bacana ao game. Quanto a jogabilidade, o D-Pad do controle do X360 é meio truncada, é meio difícil fazer os golpes corretos nele, enquanto eu consegui uma exatidão muito maior no analógico, isso se você se acostumar a fazer meia-lua nele – não é tão fácil no início. E por fim, o replay não é lá grande coisa, afinal é um game de luta. A duração e diversão do game é muito mais aproveitosa se o game for jogado com amigos.
Acertos e Furadas!
* Todo o clima de RPG adiciona uma pitada de criatividade e diferencial ao gênero de luta. Isso torna a galeria de personagens diferentes e marcantes, únicos. Tipinhos clássicos de um ROG, as donzelas, os magos, os guerreiros e o vilão. O clima em RPG é o ponto alto go game.
* O jogo é comum demais. Não tem um modo de game que se destaque e marque o jogador. Ele é padrão demais. Num mercado onde a criatividade e originalidade devem ser o carro chefe na projeção de um game, ele fica devendo em todos os aspectos. Só o clima de RPG não basta.
* É um tanto óbvio que o game foi produzido para os gamers do Japão. A versão americana nem foi dublada para o Inglês. Mas isso é algo positivo, pois dá um ar mais característico ao game. Gostei muito do fato de todos os personagens não falarem uma palavra em Inglês. Os dubladores japoneses mandam muito bem nesse quesito.
* A falta de jogadores disputando partidas online. Todas as vezes que tentei jogar online, tive dificuldades em encontrar jogadores. Muitas vezes quando se conecta fica-se jogando sempre com o mesmo jogador já que não há muitos jogando online.
* O modo Story é básico e seco demais. Certamente este modo deveria ter o maior destaque e ser o que mais se destacaria no game, entretanto a falta de animações… os personagens apenas falam por textos descritos na tela, acaba ficando cansativo.
Finalizando…
Numa frase, Battle Fantasia é um game com uma idéia original, que não se arriscou nem um pouco e todos os quesitos do game foram criados de forma mais padronizados possível. Talvez um baixo orçamento ou medo de ousar. As batalhas podem sim ser acirradas, no velho estilão arcade, mas é um game fora de sua época. Atualmente os games tem que ter um tempero a mais, algo especial. Battle Fantasia é normal demais e com certeza é isso que afastou o interesse dos gamers por ele.
um dos temperos a mais é peitões que nem em soulcalibur XD
zuando, tem que ser um jogo mais elaborado, por falta de ousadia que o jogo foi recebido sem alarde