Análise: Naruto Ultimate Ninja Storm [PS3]

É raro ver uma análise de algum jogo de PS3 por aqui não é? Tive a oportunidade de jogar um Naruto diferente, com um sistema de batalha mais divertido e muito mais tático do que a porradaria a lá Smash Bros. Que a série Ultimate Ninja da Namco apresenta todo ano.

Clique em “more” e afie suas Shurikens!

capa linda né não?

Naruto Ultimate Ninja Storm foi o primeiro jogo por qual me interessei a jogar depois do Ultimate Ninja 3 para PS2. A versão que joguei, no caso foi a japonesa, então já tem bastante tempo (no PS2 a série tinha cerca de 3 anos de atraso com a japonesa). No Ultimate Ninja 3, o sistema de luta tentava ganhar uma forma original, mas as comparações com Smash Bros. Eram grandes, graças aos poucos botões de ataque, facilidade e o uso de itens. No Playstation 3 algumas coisas se mantiveram para não deixar as partidas muito metódicas, e outras mudaram (para melhor).

Se antes era tudo em 2.5D com dois planos de batalha que se alternavam, agora tudo acontece em um único plano com jogabilidade livre em 3D, mas diferente do usual, em Naruto os personagens são ninjas, e o cenário é grande, então ao invés dos combatentes andarem pelo cenário, eles correm mesmo, e utilizam de seus combos não apenas para atacar, mas para chegar perto dos seus inimigos. Os combos estão mais simplificados, os que não mudaram se mantém na forma antiga, há apenas 2 botões de ataque, um que desfere Shurikens/ Kunais e o de ataque físico. Os itens agora são usados de forma diferente. Como a jogabilidade é em 3D, só o analógico movimenta e ao início da partida escolhe 4 Itens que serão utilizados apertando as 4 direções no direcional digital. Isso deixaa a partida mais técnica sem aquela coisa de parar um combo para impedir que o adversário pegue um item de recuperação, por exemplo.

Outra adição as batalhas são os suportes, cada um contem uma barra que quando completa, permite que se utilize um golpe de ajuda por parte dos seus companheiros de equipe. (como Strikers em King of Fighters), ainda há a possibilidade de executar um golpe especial em time, se os integrantes são compatíveis aos times no anime (exemplo: Naruto, Sasuke e Sakura, o grupo 7 tem um especial junto, diferente de um grupo formado por Naruto, Ino e Kiba). Apesar de ser “batido” hoje em dia, essas adições fizeram muito bem a série.

Uma coisa que já era boa, mas ficou tremendamente melhor foi o modo Ultimate Mission, derivado do Carrer Mode (deve ser isso, quando joguei no PS2 era em japonês).Onde você anda pela vila de Konoha (vila oculta da folha) cumprindo missões para seguir na história do anime. A vila foi extremamente bem construída, com cada detalhe sendo levado em conta, e a sua exploração garante muitas surpresas. Dentro da cidade, ao conversar com moradores você consegue missões que vão de simplesmente andar determinados passos por aí até batalhar contra outros personagens, é bem divertido, mas nada extraordinário.

Os modelos estão impecáveis, e não apenas repetecos como antes ( ou igual a KoF, já citado aqui) e os cenários estão igualmente bem construídos e parecem uma versão 3D do anime, gerando imersão grotesca no mundo do desenho animado. O som também está muito bom, mas infelizmente alguns efeitos sonoros e vozes são repetidos, como o “osu” de confirmação, que vem desde os primórdios da série Ultimate Ninja.

Erros e Acertos:

Uma extrema recauchutagem no sistema de batalha +

Uma Konoha tão grande como nunca a ser explorada +

Sistema de Suporte, que garante mais fôlego para os confrontos +

Poucos personagens para escolher –

Sonoridade repetida desde o Playstation 2 –

Finalizando:

Um jogo Naruto como você nunca viu, dos jogos de anime já lançados, esse com certeza merece um lugar na sua coletânia. Só peca um pouco no fan-service, disponibilizando poucos personagens, contra os mais de 40 das outras versões, felizmente para compensar há uma gigante Konoha que aguarda muitas surpresas. Diversão garantida, principalmente em multiplayer!