Se não viu o final da 2ª temporada de True Blood, pare de ler aqui. Se resolver continuar, saiba que será recebido de braços abertos por vários spoilers da 2ª temporada. Você foi avisado!
Neste domingo nos EUA, foi transmitido o episódio final da 2ª temporada de True Blood. Foram 12 episódios repletos de suspense e muita ação! Tivemos de tudo um pouco: conflitos religiosos, criaturas mitológicas e até um vampiro milenar deprimido. Para a imaginação de Alan Ball tudo é possível. Sorte nossa, que pudemos apreciar episódios simplesmente brilhantes! Se quiser saber um pouco mais de como foi essa 2ª temporada, só continue lendo…
A temporada começou exatamente onde a primeira terminou: Srta. Jeanette foi brutalmente assassinada: seu coração foi arrancado do peito. E além disso, um estranho ferimento em suas costas tornam as circunstâncias de sua morte ainda mais misteriosa. Quem – ou o quê – seria capaz de uma crueldade como essa? Não demora muito para que a mesma criatura ataque Sookie. Tentando curar os ferimentos dela, Bill oferece seus sangue para ela beber, mas Sookie tem uma reação totalmente oposta e quase morre. Nem os vampiros sabem que criatura é essa que possui chifres e garras envenenadas e esse é um dos grandes mistérios dessa temporada.
Mas como eu disse, nessa temporada tivemos de tudo um pouco e uma outra trama diz respeito a Jason e a sua tentativa de encontrar o seu “eu interior”. Após ser salvo de ir para a prisão por um advogado da Irmandade do Sol (uma Igreja que é totalmente contra os vampiros e a sua inclusão na sociedade), Jason se torna cada vez mais fascinado pela idéia de fazer parte de uma comunidade como a deles e logo parte para um retiro espiritual da Irmandade. Lá é pregado o mais puro ódio aos vampiros e secretamente eles montam um exército para extinguir esses seres. O criador da Irmandade, Pastor Steve Newlin, odeia tanto vampiros porque eles seqüestraram e mataram seu pai. Numa tentativa de ficar quites, eles seqüestram Godric, um vampiro muito antigo e pretendem matá-lo ao amarrá-lo em uma cruz e assistirem ele morrer enquanto o sol nasce.
Esse embate ideológico da Irmandade do Sol e a Organização dos Vampiros e a iminente guerra entre os dois, para mim foi o ponto alto dessa temporada. Gerando discussões sobre a natureza humana, fé e evolução. Alan Ball conseguiu se superar no desenvolvimento dessa trama, mas uma pena que a tal guerra ficou apenas na imaginação dos fãs. O conflito se encerrou em um embate fantástico entre um grupo de vampiros e um grupo da Irmandade do Sol, onde Godric fez valer os seus milênios de experiência e conseguiu apaziguar as coisas. Só para depois, um homem-bomba explodir o covil dos vampiros e colocar mais fogo ainda na briga.
Resolvido esse fantástico arco da história, os personagens voltam para Bon Temps e encontram a cidade completamente devastada. Os cidadãos estão em um frenesi de festas sem limites e anarquia geral, liderados pela tal misteriosa criatura. Descobrimos que Maryann, a estranha salvadora de tara, é essa tal criatura e os planos dela vão bem além de tudo que imaginamos. Maryann é uma Ménade, que segundo a Wikipedia, eram mulheres seguidoras e adoradoras do culto de Dioniso (ou Baco). Eram conhecidas como selvagens e endoidecidas, de quem não se conseguia um raciocínio claro. Durante o culto, dançavam de uma maneira muito livre e lasciva, em total concordância com as forças mais primitivas da natureza. Os mistérios que envolviam o deus, provocavam nelas um estado de êxtase absoluto, entregando-se a desmedida violência, derramamento de sangue, sexo, embriaguês e autoflagelação. O propósito dela é trazer o seu Deus de volta, e para isso ela precisa do sacrifício perfeito. No caso, ela acredita que Sam é o sacrificado perfeito.
Nesse ponto da história eu já estava de saco cheio de todo esse ritual dela e só queria que terminasse logo. Embora tenha tido lá os seus momentos, acho que estenderam demais essa história, tornando-a cansativa e repetitiva. O último episódio, foi totalmente corrido para conseguirem contar a história. Bill recorre a uma Vampira Rainha para descobrir como matar uma Ménade. Ela diz que as Ménades acreditam que são imortais e por isso elas se tornam imortais. É meio confuso essa teoria, mas enfim, para matar uma Ménade ela precisa acreditar que conseguiu trazer o seu Deus e nesse ponto ela estará vulnerável. Mas para isso, ela precisa sacrificar Sam, já que ele é o tal sacrifício perfeito.
Bom, em meia hora eles correm pra resolver esse assunto: Maryann se veste de noiva em preparação para a união dela com o tal Deus e Sookie é forçada a ser uma das damas de honra. Bill vai atrás de Sam e o oferece para Maryann. Eggs (o namorado chato da Tara) apunhala Sam e Maryann se emociona, pois ele é sim o sacrifício perfeito. Sookie então surta e começa a quebrar toda a ‘decoração’ do casamento. Maryann se enfurece e corre atrás de Sookie, até que… Um boi aparece! BIZARRO! Maryann acha que o boi é o Deus reencarnado e se entrega a ele. O boi dá uma chifrada nela e a mata. O boi é o Sam transformado! Pronto! Onze episódios de história resolvidos em meia hora. Meio decepcionante, mas ainda assim satisfatório. O restante do episódio é uma enrolação mostrando os cidadãos de Bon Temps retornando a sua rotina normal e especulando sobre os acontecimentos dos últimos dias.
A coisa só melhora quando começam os cliffhangers para a terceira temporada. Sam tira uns dias de férias e vai visitar seus pais adotivos, na esperança de que eles tenham notícias de seus pais verdadeiros. A mãe adotiva de Sam o alerta, dizendo que eles são pessoas perigosas e que ele ficará a salvo se estiver longe deles. Mas o pai adotivo de Sam, que está a beira da morte, decide fazer um último ato de bondade – ou não – e entrega a ele um papel com o nome de seus pais verdadeiros. Será que os pais do Sam também são algum tipo de criatura sobrenatural? Lobisomens talvez? Um ótimo começo para a terceira temporada.
Jessica (a vampira criada por Bill como castigo por ter matado um vampiro) está dando uns beijos em um caminhoneiro qualquer e o ataca sem mais nem menos. Enquanto isso seu namorado Hoyt fica plantando na porta da casa dela esperando ela aparecer. Será que ela vai ser mais uma vilã? Confesso que achei a idéia deveras interessante! Enquanto isso, Bill e Sookie estão em um romântico jantar. Bill pede Sookie em casamento e ela tem uma crise de identidade e pede licença para ir ao banheiro. Lá, ela se recompõe e aceita a idéia de se casar com Bill. Que está sentado tranquilamente em sua mesa, quando alguém chega por trás dele com uma corrente de prata e o seqüestra! E assim termina o episódio!
Fantástico! Mal posso esperar pela terceira temporada!