Cinema: 2012 – Eu fui!

Alerta! Alerta!
Risco de spoiler! Se você é alérgico, não continue!

ROLAND EMMERICH SABE COMO DESTRUIR UM PLANETA INTEIRO!

Sabe aquele filmão pipoca, mas pipoca mesmo. 2012 é o mega-triplo pacote pipoca cinematográfico. É impossível assistir e não se impressionar em momento algum ou sentir aquela vontade sem sentido de gritar com os personagens na telona, mandando-os fazer alguma coisa diferente ou agirem de forma mais rápida.

É o filme perfeito e razoável em termos de enredo? ÓBVIO que não. A sequência que você pode ver trechos no trailer ao fim desse post é um daqueles momentos irreais, impossíveis e improváveis e mais absurdos que você pode assistir num filme, porém é a coisa mais SENSACIONAL que só o cinema pode trazer para um filme. John Cusack no papel de Jackson Curtis é mais maluco que 10 Jack Bauers ou aquele personagem de Bruce Willis em Duro de Matar. No trailer você talvez não perceba, mas toda a cena onde Jackson foge da cidade que está praticamente sendo engolida pela terra é feita numa LIMOSINE! WTF! Nem se ele estivesse numa Ferrari, ela faria o que fez com a maldita da limosine nesse momento do filme.

Mais tenso ainda são as cenas dos aviões decolando, que não rola apenas uma única vez. As pesadas máquinas voadoras insistem em voar baixo, até mesmo dentro de buracos imensos na crosta terrestre. São aviões cacilda! SUBAM! 2012 é o filme pipoca extremo! Faz anos que não vejo um filme assim. Independence Day, também dirigido por Emmerich, ficou pequeno perto deste.

O filme não é genial como eu disse. Você pode achar defeitos ou sarcamos e múltiplas interpretações em dezenas e dezenas de momento. Descaso ou falta de foco nas religiões do mundo? A hipocrisia de que só os poderosos boa-vida se salvarão e darão a bunda para os outros bilhões de humanos que não tem chance alguma de sobreviver, sendo que nem mesmo os construtores das “arcas” ganharam suas passagens nas mesmas? A morte sacana da loirinha (qualé!!)? Se você for levar a sério alguns aspectos do filme, há realmente buracos e problemas para deixar tudo consistente e plausível, mas dá tempo para fazer isso quando se está preocupado em destruir um planeta inteiro e não matar Jackson e sua família?

Alias, achei ótima a brincadeira com naves espaciais e arcas. Eu realmente fui até o fim achando que era isso mesmo. Até quando o filho de Jackson perguntou “porque âncoras em naves espaciais?”, eu tive que escutar com atenção a resposta de Jackson dizendo que era barcos gigantes. Demorou pra fichar cair que ninguém ia sair do planeta. Rá! Me pegaram de jeito! E o pior é que é mais razoável mesmo “barcos” do que “naves”.

2012 é para se divertir com os efeitos especiais. Se pecou em algum momento, foi na dramacidade demais. Existe realmente muitos momentos tristes que pretende atingir emocionalmente o espectador. Não precisava disso. Independence Day tinha mais humor e menos drama. Filmes assim funcionam com esta mistura. 2012 pende mais para o lado do drama, principalmente mais para o fim. Podia ter um escape dramático melhor arranjado.

Vá aos cinemas ver 2012! Porque é um filme que você se arrependerá amargamente de ver na sua TV pequeninha. Ver o planeta se auto-destruindo numa tela gigante… não tem preço!

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