Alerta! Alerta!
Risco de spoiler! Se você é alérgico, não continue!
Vampiros, lobisomens e um pouco mais de ação nesta sequência!
Devo confessar que apesar dos defeitos, eu gostei muito de Crepúsculo, o primeiro filme da série. Ele é um belo exemplo de filme que você começa com aversão total e que de alguma maneira acaba te cativando. Por isso não estranhei quando o mesmo aconteceu com Lua Nova, que mesmo sendo mais arrastado consegue superar o original. Embora ainda ache a Bella uma insuportável e o Edward um fresco, continue lendo para saber porque o filme acaba se tornando melhor que o original.
O filme já começa na vantagem de não ter que apresentar os personagens novamente e inicia com uma belíssima sequência de um sonho de Bella, onde ela se vê mais velha e Edward continua jovem. Acreditem, é realmente uma belíssima passagem e retrata de maneira quase brutal o maior medo da personagem de Bella e que irá se repetir por muitas vezes durante todo o filme, o que acabou me deixando na dúvida: é por amor mesmo que ela quer se tornar uma vampira ou apenas vaidade? Após quase ser atacada por um dos irmãos Cullen, tomar um pé na bunda de Edward e ser ameaçada por outro vampiro, Bella entra em um estado de depressão profunda e só começa a melhorar quando encontra consolo em seu amigo Jacob.
A direção de Chris Weitz, não é digna de um Oscar mas merece crédito por conseguir inserir alguns bons momentos na trama. Como a já citada cena de abertura e uma cena que retrata a passagem do tempo apenas mostrando as estações do ano pela janela (claramente inspirada no filme “Um Lugar Chamado Nothing Hill), mas infelizmente ele não consegue manter esse mesmo nível durante todo o filme. Diferente da trilha sonora, tanto a original quanto a licenciada, que são simplesmente geniais. A original é discreta e consegue ditar o clima das cenas sem esforço. Já a trilha licenciada conseguiu reunir nomes como Death Cab For Cutie, Thom Yorke, The Killers e Muse, garantindo um espaço reservado na minha coleção. Aproveitando que estamos falando de grandes nomes, o filme parece se tornar outro em seu terceiro ato, quando surgem em cena o Clã dos Volturi. Michael Seen e Dakota Fanning simplesmente roubam a cena e me deixaram querendo saber muito mais sobre o passado – e futuro – desses personagens. Talvez Stephenie Meyer se canse do romantismo exagerado de Edward e Bella e escreva um livro dedicado apenas aos Volturi, isso sim seria interessante.
Aliás, as participações especiais de Seen e Fanning só servem para ressaltar a falta de talento de Kristen Stewart e Robert Pattinson. Stewart se torna extremamente insuportável com o seu tique de morder os lábios e Pattinson retrata um vampiro tão apático, que me pergunto se ele não se mantém jovem através de repetidas injeções de Botox. O restante do elenco se mantém na mediocridade também.
Mas como eu disse no ínicio deste post, mesmo sabendo que o que está passando na sua frente é algo de qualidade duvidosa, você acaba entrando no clima do filme e torcendo pelos personagens, isso é algo inexplicável. Se recomendo o filme? Para as mulheres – e alguns homens – recomendo fortemente (Taylor Lautner aparece descamisado em 80% das cenas). Para os homens, recomendo com cautela, o filme não é tão meloso quanto o primeiro e tem um pouquinho mais de ação, mas o pano de fundo continua sendo o amor ‘impossível’.