Hora do Tio Patinhas. Para quem perdeu os posts anteriores aqui: Zé Carioca, Pato Donald e Mickey deste mês. O lançamento da revista foi no dia 10 de Fevereiro, nos estados de SP, RJ, MG, ES, SC, PR, RS. Os outros estados em geral recebem com alguns meses de atraso. A revista tem 84 páginas de histórias inéditas e custa R$ 4,95. Este mês temos uma situação incomum na revista do Tio Patinhas. Há apenas 03 histórias nesta edição, não que seja um ponto negativo, mas é raro ver a revista com apenas um trio. Mas melhor falar individualmente sobre cada história:
* Roubo na Eurocopa (34 Páginas) – Roteiro de Riccardo Secchi e Desenhos de Alessandro Perina. História produzida em 2008. Fica claro que esta história foi produzida em virtude da Eurocopa de 2008, mas como é ano de copa e infelizmente não temos mais um estúdio brasileiro para produzir histórias próprias, não é uma má solução usar uma da Eurocopa. Admito que é um pouco estranho, mas não faz mal, pois é realmente uma HQ bacana. Curioso é que ela foi publicada na Topolino na Italia, quando produzida, e nunca saiu em nenhum outro país ou revista. O Brasil é o primeiro a se utilizar da história.
* A Dança da Chuva não pode Parar (12 Páginas) – Roteiro de Kai Vainiomaki e desenhos de Vicar. História produzida em 2008. Eu sei que há bastantes fãs brasileiros do Vicar. Eu particularmente não vejo nada demais no desenhista. Os desenhos na Dinamarca tem mesmo um estilo “Barkaniano”, e Vicar não foge da regra. Mas o mérito desta história fica no, até então desconhecido por mim, do roteirista Kai Vainiomaki. O inducks começa a lista seus trabalhos a partir de 2005, ou seja, é um talento realmente novo nos estúdios da Disney. São apenas 18 roteiros desde então. Pouco, mas se todos foram como a história desta edição de Tio Patinhas, merece o restante ser publicado aqui no Brasil o quanto antes. O enredo lembra muito o estilo de Carl Barks. Não vou dizer Don Rosa, porque este cria histórias ricas em detalhes e com muito humor exagerado (não é algo ruim, por favor). Já não chega a ser o caso desta edição. É algo realmente bem parecido com a “fase Donald” de Carl Barks. Uma ótima história com bom humor. Nem vou comentar sobre detalhes do enredo para não perder a graça do mesmo. Gostei mesmo desta história. O traço Barkaniano de Vicar somado à este novo roteirista da Disney ficou perfeito.
* Tio Patinhas contra o Projetista (32 Páginas) – Roteiro de Giorgio Pezzin e desenhos de Marco Rota. História clássica produzida em 1974 e nunca publicada no Brasil. Interessante notar que este é o velho Marco Rota, quando o mesmo ainda adotava um traço italiana, parecido muito com o de Romano Scarpa (até achei que a história fosse dele, antes de ver os créditos). Atualmente Marco Rota tem um traço e um estilo próprio em suas HQs. Na verdade eu prefiro o Marco Rota atual, mas não nego a raridade que é esta história de 74 e fico feliz de ver ela sendo publicada no Brasil. Não me importo dela ser velha. Alias devo comentar um detalhe, as vezes eu vejo o pessoal da Comunidade dos Quadrinhos Disney dizendo que quando a história é muito velha, nunca se deve mudar as cores do original. Fiquei curioso e dei uma olhada nas páginas antigas dessa história que ficam no arquivo do Inducks e pelo que vi, as cores clássicas foram mantidas na publicação brasileira, o que é um ponto positivo. Vou ficar mais atento a isso a partir daqui, porque relamente não estava atento nesse detalhes em histórias muito antiga.
No próximo mês: A edição de Março de Tio Patinhas tem uma dinâmica diferente desta edição de Fevereiro. São mais histórias (nenhuma de futebol), 5 no total, e aos fãs de Don Rosa comemorem, pois uma das últimas histórias que ainda se mantinha no Brasil como inédita, finalmente será publicada: Uma Questão de Gravidade. E ela é absurdamente genial! Sem falar que podem esperar mais um clássico de Romano Scarpa nunca publicado no Brasil. De 1970: Tio Patinhas e a Micropublicidade Perigosa. E William Van Horn também entra na edição com uma aventura espacial! Em Tio Patinhas 536… 😉