ATENÇÃO: Este texto não representa uma análise completa do game. Tudo que for dito aqui não serve como uma avaliação final do game. É apenas uma conversa descompromissada sobre as duas primeiras horas de jogo. Spoilers? São mínimos, se você ainda não jogou, pode continuar lendo sem problemas, porque fiquei bem no comecinho do game, ainda naquele climão de tutorial. Não vou revelar nenhuma grande surpresa do enredo que as pessoas já não tenham visto nos trailers oficiais.
Pois é, já comecei a jogar Final Fantasy XIII neste final de semana. Não muito, apenas as duas primeiras horas, o suficiente para fazer um bate papo e comentar as primeiras impressões e contar para os leitores aqui do blog como começa o game. Depois de tantos anos em desenvolvimento, tantas mudanças, tantos atrasos, tantas modificações já sabemos que o resultado final não acabou ficando como todos esperavam. O jogo tem seus problemas, conforme apontado pelos vários reviews internacionais, mas nem foi o sufiente para me convencer a desistir dele. Afinal, um Final Fantasy é um Final Fantasy!
Antes da tela de Start aparecer, a Square criou uma bela montagem com as muitas animações em CG (Computação Gráfica) que fazem parte da tradição da série de ter. Tudo muito bonito e sem grandes spoilers, para dar aquela sensação de jogo épico, sabem? Muito bacana mesmo.
Depois de uma apresentação, o jogador já fica no clima certo para começar o game. Bem só para deixar claro, como não tenho um Playtsation 3, optei pela versão de Xbox 360. Tenho uma TV de LCD de 37 polegadas. É fato que o jogo sofreu alguns processos de compressão para dar em 3 DVDs, já que o console da Microsoft não possui suporte ao Blu-Ray como o PS3, mas não ficou nada visivelmente ruim na minha TV, dizem que nas TVs acima de 42 polegadas, seja possível perceber, mas como a minha é um pouco menor nada me incomodou. Digo isso comparando a animação com outros jogos existentes no console. Não ficou nem pior e nem melhor das animações em CG que já existem em tantos outros games no X360. Quanto aos momentos ingame, me incomodou um pouco a má qualidade do cabelo da Lighting, mas são poucos os momentos em que o jogo deu close no rosto dela, num ângulo que ficasse visivelmente perceptível, como apontando pela comparação da Gametrailers (neste link). Fora isso, fiquei satisfeito com a qualidade visual da versão. Fico feliz do jogo ter saído no X360 para que os gamers que não possuem PS3 possam jogar essa clássica franquia.
Antes de começar o game, na opção “New Game”, talvez seja uma boa ir em “settings” e configurar as legendas do jogo. Apesar de ter um bom ouvido para inglês e ter uma boa noção da língua, legendas sempre caem bem quando os personagens falam rápidos ou há muito barulho acontecendo durante as falas. Dá para configurar isso depois, mas aí a animação de abertura depois do “New Game” rola sem legenda, só quando o game habilitar o menu do game é que torna possível ligá-las.
E o jogo começa com uma bela animação, num estilo bem cinematográfico, sem explicar com muitos detalhes quem é quem, mas temos a protagonista, Lighting, entre alguns supostos prisioneiros, arrebatando um monte de soldados e tentando escapar dali. Aos fundos o jogo apresenta Sazh, aquele personagem negro com cabelo afro que possui um “pintinho” Chocobo. Tudo num clima de ação frenética, nem cenário bem futuristo de ficção científica. O trem onde ambos estão acaba sendo descarrilhado por uma máquina gigante e o jogo apresenta ao jogador a primeira batalha do game através de um tutorial explicando como as coisas funcionam.
O sistema alias é bem simples no início. Não há muitas opções. Passei praticamente as duas primeiras horas do jogo apenas apertando “A” no controle e deixando o jogo fazer o resto. Não há muito desafio, mas isso é proposital para que se acostume com o sistema de turnos em tempo real. A batalha não para nunca, mas o jogador só pode atacar quando a barra de ATP estiver cheia. Dependendo do tipo de ataque for escolhido é possível atacar uma ou duas vezes sucessivamente. Por exemplo, Lighting tem um ataque chamado Blizt, que gasta os dois pontos da barra ATP, porém o ataque simples custa apenas um ponto e por isso quando a barra se enche, ela pode atacar duas vezes. Quanto tempo leva para a barra encher? 2 a 3 segundos. É bem rápido, mas como é em tempo real, vale lembrar que isso serve para os inimigos que atacam sem parar. Se o jogador ficar boiando no menu pensando no que escolher (no começo não há apenas duas opções), a barra de ATP fica cheia, e o seu personagem fica parado, esperando pelo jogador e o inimigo continua atacando sem parar. Ou seja, não dá para ficar pensando para sempre nas batalhas, quando mais rápido for a navegação pelos menus, mais rápido o personagem vai se movendo e atacando.
Os menus tem uma opção chamada “auto-battle”. Escolhendo essa opção, o game escolhe para o jogador a melhor forma de atacar os inimigos, inicialmente ou com dois ataques simultâneos ou com o Blizt que atinge mais inimigos, caso estejam próximos. É uma opção bacana se a batalha apertar e você não conseguir se reorganizar nas idéias, mas deixa tudo meio prático demais. Mas é uma função útil até que o game ganhe maiores opções de ataques e os menus ganhem maior complexidade. Um outro detalhe interessante é que ao usar o menu de item, o mesmo não gasta a barra de ATP e a “potion” que recupera HP não cura apenas um personagem, mas todos que estiverem na batalha.
Falando em personagens em batalha, o jogador controla apenas Lighting. Há momentos em que nem me toquei haver um outro personagem lutando comigo, no caso de Lighting o suporte vem de Sazh, que possui no início de game um ataque bem fraquinho e também não usa item para recuperar HP. Houve um momento em que Sazh estava quando morrendo e vi que ele não estava se recuperando, então tive que usar o potion eu mesmo. Também aconteceu algumas vezes da Lighting sobre o meu controle precisar recuperar HP e Sazh não o fez, então tive que parar a batalha para usar o menu item. Claro que acredito que mais à frente do game, seja possível dar alguma direção aos personagens suportes, dando indicações de como devem se comportar durante as batalhas. Mas no comecinho de tudo, eles ficam por conta própria. O interessante é que quando um personagem está com baixo HP (energia), a tela pisca em vermelho e apita, indicando que o jogador precisa ficar atento quanto a isso. Alias inicialmente notei que os inimigos tem o hábito de atacar com maior frequencia o personagem secundário e não o líder da batalha, que é controlado pelo jogador e se o líder morre: Game Over.
Mas como muitos sites e reviews apontaram, se uma batalha é perdida, o jogo volta no exato ponto da batalha. E a cada batalha vencida, a HP retorna à 100%. Não é tão ruim como foi afirmado em vários reviews. Particularmente achei uma boa idéia, tendo em vista que a perda massiva de energia em cada batalha é inevitável. Talvez por isso não tenha, pelo menos inicialmente, uma opção de se defender dos ataques inimigos.
Continuando. Em termos de história, as coisas não se desenvolvem muito. Lighting admite ao Sazh que já foi uma soldada, mas ainda não é o momento de apresentar seu passado ou como toda a mitologia da história de FF13 funciona. Eu até sei, pois li várias coisas na internet, mas inicialmente o próprio game não deixa claro como tudo funciona na história. Porque as pessas estão sendo perseguidas, quem são os soldados e como funciona esse mundo que o jogo se passa. Tem no menu, uma opção de datalog que explica um pouco sobre estes assuntos, mas ele vai se abrindo aos poucos e são páginas e páginas de leitura, então nesse momento inicial, optei apenas em dar uma ligeira passada com os olhos, sem me aprofundar na leitura.
O interessante nestas duas horas de game é que o jogo se apresentou bem diversificado em termos de personagens. Você passa uma parte jogando com Lighting e depois de um certo tempo, a história dela dá uma pausada e o jogo apresenta o Snow, que parece liderar algumas pessoas contra os soldados inimigos. Snow tem alguns camaradas que auxiliam nas batalhas como secundários, mas eles não fazem parte do time principal de personagens do game, nem possuem status no menu do game ou HP disponível nas batalhas, mas auxiliam nas batalhas e até chegaram a me curar na batalha contra um sub-chefe. Achei mais interessante Snow do que Lighting, ele possui um ataque onde uma granada é lançada no meio dos inimigos e todos tomam um belo dano em suas HPS, deve ser por isso até que nessa parte do game, mais inimigos aparecem nas batalhas. E a história do Snow é mais agitada que a parte de Lighting, ele tem alguns companheiros e um acontecimento importante acontece (não vou dizer) e isso influenciará outros personagens do game. Quando as duas horas estavam chegando ao fim, o game mudou novamente a perspectiva da história, agora focando Hope e Vanille, os jovenzinhos do elenco principal. Vanille é bem “maluquinha” e age sempre impulsivamente, enquanto Hope é o mais tímido até agora, mas fiquei curioso para ver o que acontecerá com os dois. Lutei um pouco com Vanille como líder do time e ela pode atacar três vezes consecutivas, pois sua barra de ATP tem três pontos.
Acabei terminando o primeiro capítulo de FF13. Todos os personagens caminham para uma criatura ou algo assim que surge na história (seria o fal’Cie se não fiz confusão). Lighting e Sazh, Snow e Vanille e Hope acabam indo para lá, cada um por suas próprias razões e motivos, apesar de não estar muito claro o porque de cada um. Snow está atrás de sua noiva pelo que dá a entender. Sazh está seguindo Lighting porque ela é terrivelmente forte e pode protegê-lo. Hope quer alcançar Snow por causa de um acontecimento momentos antes no game e Vanille, bem ela é maluquinha, conforme mencionei.
Depois de duas horas, gostei do clima do game, de poder jogar com vários personagens e apesar dos mapas serem particamente linhas retas (sério, porque não colocar umas curvas? ainda assim seria linear, como a Square alega ter planejado). As batalhas até agora não são complexas e basicamente servem para se habituar ao game aos poucos. Cada personagem tem particularidadades e óbvimente a Square se preocupou bastante com o enredo do game, dando-o mais atenção do que à própria jogabilidade. Mal posso esperar para as coisas se complicarem ainda mais. Vamos ver quanto tempo demora para isso. Mas foram 2 horas bacanas. Com Final Fantasy, não dá para ter pressa. certo? 🙂
Pequeno update em 15/03/2010:
Já alcancei a marca de 5 horas de jogo. O sistema de batalha está bem mais complexo, apesar de que ainda não posso eu mesmo montar meu time (Mas o jogo varia bastante com os personagens). O Cristaruim que upa o level dos personagens é muito interessante, pois além de upar HP, Magia, Ataque, ele também serve para fortalecer as classes dos personagens a escolha do jogador e ao mesmo tempo libera as magias de cada tipo de classe, deixando tudo bem mais complexo, diversificado e estratégico na hora das batalhas.
Junto ao sistema de Cristarium, surge também os Paradigmas, que permitem mudar em tempo real nas batalhas as classes dos personagens e assim as estratégias do grupo. Extremamente útil e importante isso. Você muda de ofensivo para defensivo num clique de botão, assim como muda de “guerreiro” para “mágico” ou de “mágico” para “médico”. E batalhando em tempo real isso é muito bacana e deixa as lutas bem mais complexas.
Ainda não abri o mundo principal do game, mas também ainda não se fez necessário, porque nas locações, os inimigos aparecem numa boa variedade, mas como o jogo ainda está me ensinando a lutar e apresentando novas ferramentas a cada partida, seria bobeira liberar o “open world”.
Vanille é a personagem mais camarada do game até agora. Snow é o herói cabeçudo. E Lighting é rabugenta pacas! Rá! Interessante…