Segunda Opinião | Call of Duty: Modern Warfare 2 – Terminei! (Impressões)

Por mais que alguém queira negar, a competência da Infinity Ward na franquia Call of Duty Modern Warfare é inegável. Por enquanto não darei spoilers, então pode continuar lendo.

Mais um jogo finalizado! E que grande jogo! Call of Duty: Modern Warfare 2 é, sem dúvida alguma, um dos melhores FPS’s que já joguei – não só pelo excelente modo online mas também pela encantadora campanha que o jogo oferece. É muito raro encontrar um jogo perfeito mas Modern Warfare 2 chegou perto da perfeição. Eu já estava pensando em fazer um post sobre as impressões que tive do jogo, mas nunca tinha tempo para escrever o post com calma. Agora consegui. Aqueles que já jogaram, por favor, deixem as impressões que tiveram do jogo nos comentários e vamos discutir sobre o jogo e o que poderia ser melhorado/ alterado em uma futura sequela.

Analisar uma obra de arte como essa produzida pela Infinity Ward não é fácil. Tentarei não esquecer de mencionar nada, mas se esquecer sempre dá para completar na parte dos comentários com mais detalhes e impressões que eu tenha tido – é para isso que os comentários servem mesmo: para enriquecer o post e criar interação entre todos. Vamos ao que interessa então!

Terminei o jogo há algumas semanas. Queria jogá-lo mas não era uma prioridade. Mas como a minha irmã se apressou em comprar o jogo, eu não perdi tempo e comecei a explorá-lo. Não escrevi esse post só para quem já terminou o jogo, então haverá  um alerta spoiler para que os alérgicos possam evitá-los. E assim que terminar o spoiler, deixarei um aviso para que os alérgicos continuem lendo. Após os parágrafos de spoiler assinalados, há a conclusão e a referência ao modo multiplayer online. O jogo já foi lançado há algum tempo (ano passado, aliás), verdade, mas um jogo de qualidade sempre vale a pena comentar!

Assim como o seu antecessor, Modern Warfare 2 apresenta um ambiente de guerra intensa (até bem detalhado), uma variedade de armas satisfatória e uma jogabilidade viciante. Ao contrário dos outros jogos da série Call of Duty (excluindo o Call of Duty 4), Modern Warfare 2 abandona o passado e situa-se numa guerra do presente com recurso à tecnologia. As expectativas para o jogo eram enormes dado o sucesso do seu antecessor, mas acredito que mesmo assim a sequela não tenha decepcionado a maioria dos jogadores – pelo contrário! Infelizmente, o modo campanha com um estilo cinematográfico não é tão longo como eu queria que fosse, mas a duração não estraga o jogo de forma alguma. Aliás, uma crítica rápida: os jogos pareciam durar mais tempo há alguns anos atrás. Não penso que seja apenas impressão minha, ou é?

A jogabilidade não é muito diferente daquela que conhecemos em Modern Warfare, mas tem as suas particularidades. Durante os jogos teremos as missões que são indispensáveis neste tipo de jogo, mas teremos também ambientes lotados de inimigos com uma inteligência artificial desafiante (se o nível de dificuldade selecionado não for baixo!). A história do single player mode  é muito melhor que a história do Modern Warfare antecessor. A inteligência artificial é agradável e capaz de proporcionar grandes desafios, mas isso também depende do grau de dificuldade que você escolhe. Mas não se preocupe muito com isso porque você passará, logo no início do jogo, por um teste que diagnosticará o seu grau ideal de dificuldade. Em Modern Warfare 2 também há missões de cautela, nas quais você terá que passar camuflado por áreas inimigas – nada novo se compararmos ao primeiro Modern Warfare.

No que diz respeito aos cenários, aos ambientes do jogo, há aspectos garantidos em todas as fases: muita acção (guerra intensa), tiroteios, ambientes cheios demais (de inimigos) e os computadores inimigos que estão espalhados pelas fases para que o jogador os possa colecionar. De resto, os cenários são bastante diversificados.  Há gritaria, há civis vulneráveis em alguns lugares explorados no jogo, há muitas explosões, e claro, destruição e mortes.

O jogo começa no Afeganistão, depois passa por outros locais como o Rio de Janeiro. E isso quero destacar e comentar! Adorei jogar o jogo no Rio de Janeiro,  as janelas, as lajes, os detalhes do interior das casas, participar de perseguições na favela e ouvir os traficantes falarem português. Sempre que ouvia algum deles falar algo, já sabia mais ou menos o que fazer (eles avisam quando vão usar granada e fazem algumas referências à estratégia que vão utilizar). Mesmo assim, não pense que é fácil passar pela favela! Aguarde muita emoção, adrenalina e  carregue bem as suas armas! Já havia jogado jogos em português, como Uncharted, mas nunca havia jogado no Rio de Janeiro neste contexto! As favelas acredito que estejam bem retratadas (embora as conheça muito pouco). Nas favelas, o jogador consegue visualizar, de alguns lugares, o Cristo Redentor e parte da cidade maravilhosa. Uma bela paisagem! Se considera como spoiler o vídeo com um pouco de gameplay na Favela, por favor não o assista.

Momento Spoilers

[ALERTA SPOILER!] Se for alérgico, passe para o fim do post, para o aviso de fim de spoiler, a partir do qual haverá uma segura referência ao modo multiplayer e a conclusão.

O fim do jogo é emocionante e empolgante. No fim do primeiro Modern Warfare, temos que atirar nos inimigos de dentro de um veículo em movimento e terminamos o jogo à beira da morte e com uma simples pistola pronta a nos servir na última missão do jogo: matar Zakhaev e seus dois guardas. Em Modern Warfare 2 poucas coisas são alteradas na natureza dos acontecimentos finais mas surpreendentemente estas alterações fazem toda a diferença. Na última missão suicida, MacTavish e Price perseguem Sheperd – o traidor – dentro de um barco. Durante a perseguição, o jogador assume o controle de MacTavish e tem que conduzir o barco ao mesmo tempo que mata os inimigos que tentam detê-lo. Por fim, derrubamos o helicóptero de fuga no qual Sheperd havia entrado. Temos que o encontrar por entre os destroços e matá-lo com uma faca. Quando o encontramos, ele nos ataca e golpeia com nossa própria faca. Assistimos a uma luta brutal entre Sheperd e Price. Depois retiramos a faca do peito (pressionando o quadrado repetidamente no PS3) e temos que atirá-la em Sheperd. Sim, no fim conseguimos derrotá-lo pois acertamos a faca bem no olho – um show de sangue sendo derramado. E não, Price não é morto. O jogo termina misteriosamente após sermos conduzidos a um helicóptero com o apoio da equipe. Quem jogou já sabe de tudo isso. Tenho que dizer que o fim é espectacular. O sangue do jogo está bem feito, a forma como o jogo altera as emoções do jogador, o deixando ansioso e muito próximo das personagens, está fantástico.

Pois é! Apesar do fim ser bom, o jogo termina deixando a história bem em aberto. Deixa o jogador imaginar o que acontecerá em seguida. Contudo, teremos que esperar por uma sequela – se de fato houver uma – para confirmar nossas teorias e matar a curiosidade. Muitos dizem que este fim marca um ponto negativo do jogo. Talvez a Infinity Ward tenha feito isso de propósito para incentivar e motivar os jogadores a adquirirem uma próxima sequela – não que a sequela precisasse disso para vender aquando do seu lançamento.

Quanto às personagens, o jogador assume o controle de cinco personagens ao longo da campanha (se a minha memória não me engana). Um dos personagens mais utilizados é o “Roach”. Os traços das personagens são bem definidos mas para conhecê-las é preciso jogar o jogo. Muitas personagens já são conhecidas desde o Call of Duty 4, como por exemplo o Captain Price. A versão PC teve uma pontuação mais baixa no Gametrailers, mas o jogo deve continuar sendo bom – mais não posso garantir pois não joguei a versão para PC (nem a versão para xbox 360). Sei que há críticas ao modo online na versão PC.

As missões no gelo são bastante interativas (aliás, a interatividade é grande durante todo o jogo e de formas distintas). Nelas o jogador escala montanhas de gelo utilizando alternadamente o R e o L, (versão do PS3) passa por parapeitos que dão vista para uma linda paisagem entre montanhas brancas e conduz um veículo para descer uma montanha coberta de neve e repleta de outros veículos inimigos em estado ofensivo.

Algo que gostaria de v0ltar a ver em uma futura sequela é a parte de fuga, em que o jogo se torna um pouco semelhante a Mirror’s Edge e nós temos que fugir correndo apenas, sem armas. Na missão da Favela, somos confrontados com essa situação.

Outra missão muito interessante é a “No Russians“. Mas por outro lado, essa missão pode ser muito chocante. O jogador entra acompanhado por terroristas no Zakhaev International Airport e participa de uma actividade terrorista na qual assassina todas as pessoas inocentes que encontra no ambiente. Um banho de sangue e de assassinato frio. É um nível perfeito para quem gosta de jogos que apresentam massacre e pura violência, mas bem pesado.

O jogador ainda tem a oportunidade de jogar de dentro de um helicóptero (eliminar inimigos a tiro dentro de um castelo, por exemplo) e de se infiltrar no mesmo castelo para resgatar o Captain Price. Há também momentos no jogo que exigem a utilização de explosivos para destruir paredes e invadir determinadas salas/ espaços. Após a explosão, o jogador pode matar em slow motion os inimigos e até resgatar reféns.

[Fim do Spoiler!] A partir daqui pode ler sem se preocupar com spoiler.

Continuando…

Enfim, os ambientes do jogo melhoraram, estão mais carismáticos e variados relativamente ao primeiro Modern Warfare. Relativamente aos gráficos, alguns erros como falhas de textura persistem – nada que não possa passar despercebido mais uma vez.

E claro que no modo campanha há troféus! Apenas comento isso porque os troféus constituem para mim algo muito positivo na experiência dos jogos no PS3.

Até agora só falei sobre o modo campanha e o post já está extenso. Farei uma breve referência ao Specs Ops e depois comentarei o modo multiplayer online. Continuando: após terminar o jogo, você ainda poderá ter mais diversão com diversas missões em diferentes graus de dificuldade. O Specs Ops está dividido em diferentes categorias que são desbloqueadas conforme as missões do Spec Ops vão sendo completadas. No Specs Ops, a primeira missão é igual ao teste pelo qual o jogador passa no início do jogo – percorrer, o mais rápido possível, um percurso matando apenas os inimigos e não os civis.

Multiplayer Offline e Online

O jogo possui modo multiplayer offline para até quatro pessoas. Porém, o destaque pertence ao multiplayer online que é esplêndido! No modo online o jogador pode criar classes (conjunto de equipamentos, itens e armas) e jogar diferentes modos de jogo online, desde Domination até Free-For-All. A diversidade dos ambientes agrada muito.

Ao longo da experiência online, o jogador acumula pontos, é promovido e ganha títulos e emblemas.Há muitos títulos e emblemas para serem conquistados e estes são conquistados através de pura diversão! Há missões, goals, objectivos para o jogador cumprir durante as partidas (os challenges). Não há muita novidade, mais o que há de novo torna a experiência online ainda melhor e mais viciante.

Quando o jogador consegue um determinado número de mortes provocadas consecutivamente, ele ganha permissão para usar ataques aéreos, armas fixas e automáticas, e ainda requisitar apoio aéreo e abastecimento de munição. Confesso que não sou ótimo no multiplayer online, mas mesmo assim posso garantir que o online é um dos pontos mais fortes do jogo! Raramente tive problema com lag.

Finalizando…

Call of Duty: Modern Warfare 2 é um exemplo de experiência FPS online e possui uma campanha magnífica! Qualquer um poderá ser envolvido pelo jogo com facilidade.

Só quero deixar claro mais uma coisa. O modo campanha (single player) é definitivamente ótimo! Deixa o jogador mergulhado no jogo, na guerra, no caos e com uma missão nas mãos que parece cada vez mais importante de ser executada.

Pontos fracos: história (não é ruim, é até melhor que a história do primeiro Modern Warfare mas também não é maravilhosa ainda!) e “curta” duração do modo campanha (não é tão curta assim, só que podia ser um pouco maior).

Pontos Fortes: Ambientes diversificados, Experiência do modo campanha maravilhoso, Spec Ops e Multiplayer Online. O jogo vai te fazer “suar”!

Recomendo, com atraso é verdade, Call of Duty: Modern Warfare 2! O jogador fica bem servido! E que venha a sequela (nem que seja uma nova equipe de produção responsável desde que seja competente)!

Não esqueçam de deixar as suas impressões sobre o jogo caso já o tenham jogado.

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