Aproveitando o gancho do lançamento oficial do filme no Brasil e o especial do Portallos sobre literatura, essa semana, tinha que fazer uma resenha de Alice no País das Maravilhas – de Lewis Carroll.
O livro não é para o público infantil, como a maioria pensa. Mas, também não é algo estritamente adulto. Talvez, para os mais intelectuais, Alice esconda muitos signos em suas entrelinhas, símbolos, significados diferentes, interpretações etc.
Eu li a história e absorvi apenas como uma história. Uma louca, divertida, non-sense história, mas, ainda assim, somente uma história.
Alice é uma garota entediada que acaba perseguindo um coelho falante e que tem um relógio de bolso (e nem ao menso acha isso estranho). O poço que ela cai por conta dessa perseguição é tão longo, tão longo, que dá tempo dela pensar como seria a China, pegar coisas no caminho e outras tantas reflexões malucas de Alice.
Ao finalmente chegar ao fim do poço, Alice se vê num mundo em que todos são loucos e ela cresce, diminui, cresce de novo, estica e confronta os personagens mais estranhos, cheios de significados, mas, acima de tudo, fascinantes. Alice se afoga em suas próprias lágrimas, literalmente, conversa com todos os tipos de animais, explora sua própria imagem e tenta se descobrir de verdade, sua função na vida, o que ela é, quem é e pra que serve.
Pra mim, uma boa história tem que ser criativa, com personagens carismáticos e inovadora, de alguma forma. E Alice no País das Maravilhas tem isso tudo e muito mais (só não vamos falar do muito mais e vamos deixar que os “críticos de verdade” falem como todo o papo intelectual)!
É um livro curtinho, provando que tamanho, no caso da arte, não é mesmo documento.
Eu indico que comprem a edição da editora Zahar que além das ilustrações oficiais traz ainda Através do Espelho e o que Alice Encontrou por Lá por R$17,90 on-line e tem excelente acabamento e tradução premiada!!