Agora que o Mesa dos Quadrinhos está oficializado, pelos próximos dias pretendo colocar em dia meus comentários e opiniões a respeito de alguns lançamentos de mangás nacionais que acompanho, começando hoje com três volumes de Bleach. Sei que o volume 34 já foi lançado faz algumas semanas, mas infelizmente ele ainda não chegou aqui em Jacareí-SP e ainda não tive a oportunidade de comprá-lo online. Alias desde já, segundo uma nota que li no site Jbox, parece Bleach a partir de agora é um mangá bimestral pela Panini. Recado dado.
Aos curiosos, os mangás que pretendo escrever nos próximos dias são os volumes nacionais de Naruto, Hunter x Hunter, D.Gray-Man, Ranma ½ e o recém lançado pela Panini: Morango 100% (Aka Ichigo 100% – eu sei… eu sei – falarei sobre o nome quando apresentar o primeiro volume aqui no blog). Por ora são estes, gostaria de falar mais, mas mangá é caro e dinheiro até o momento não dá em árvore (o que é uma pena, não?). Claro que se alguma editora tiver interesse em enviar material aqui para o blog, para que possamos resenhar mês a mês, basta fazer contato.
Três volumes de Bleach, três batalhas insanas que fecham uma das muitas fases que a mega-meio infinita-saga do Hueco Mundo possui. Uma recap dos acontecimentos, e a minha opinião sobre os eventos e curiosidades contidas nos volumes “Paninescos”. Após o continue. 😉
Volume 31 – Dont’t Kill My Volupture
“Diga que me odeia mais do que tudo no mundo.”
Se fosse para escolher qual dos três volumes deste post é o melhor, sem sombra de dúvida, o 31 ficaria na terceira posição. Não que eu não tenha curtido a luta do Szayel Aporro contra Renji e Ishida (que chega neste volume, sempre com uma entrada dramática), o problema com essa luta é que ela foi totalmente picotada pelo Tite Kubo. Ela começa nesse volume, meio como um aquecimento, depois no volume 32 não há praticamente nada e retorna no volume 33, onde também não é concluida ainda. Não vou mencionar o volume 34 porque não está em pauta aqui (apesar de saber como ela termina e tal).
Ainda sobrou espaço no volume para a Orihime espancada pelas garotas-arrancar que nem tive capacidade de decorar o nome. Me pergunto até hoje se isso era realmente necessário. Pra mim ficou meio como um fetiche do autor, espancar a mocinha, arrancar as roupas e tal. Sei lá, a Orihime sempre foi uma personagem tão simpática, descontraída e engraçada, até hoje me preocupo com toda essa carga pesada que o autor jogou em cima dela, como se ela nunca mais volte a ser a mesma.
O volume termina com um pequeno e rápido confronto entre Grimmjow e Ulquiorra, mas de Grimmjow eu já comento no volume à seguir!
Volume 32 – Howling
“O Rei corre.
Afugentando as sombras
Tilintando a armadura
Esplhando ossos
Sorvendo sangue e carne
Ele ruge
Enconbrindo seu coração.
Sozinho, ele dá o passo
Rumo ao horizonte longínquo.”
Já devo ter mencionado, mas menciono novamente: Adoro estas frases de efeito, poemas, citações ou seja lá como o autor do mangá classifica estes pequenos e curtos textinhos que abrem o mangá. Alguns eu entendo, outros eu viajo, mas acho uma coisa original e bacana. Só Bleach dos mangás que acompanho tem isso.
Enfim, o volume praticamente é sobre Grimmjow. Sinceramente, não ficaria surpreso se caso a saga do Hueco Mundo e de Falsa-Karakura acabar, se Grimmjow não acabe retornando novamente ou como aliado ou nem se seja só para ajudar ou lutar contra Ichigo. O personagem, junto com o Ulquiorra foram os grandes destaques desta saga. Pra mim vilão bacana é como o Grimmjow. Grita, parte pra cima sem lenga lenga, se enfurece, pressiona o adversário etc. A luta de Ichigo contra esse Espada é uma das melhores do mangá.
Nesse volume a Nel dá uma patada na Inoe depressiva, vide o que mencionei acima. A personagem não é mais a mesma, Ulquiorra já andou afirmando isso, fico curioso é para onde o Tite vai com isso.
Extra: Com o lançamento do segundo filme de Bleach no Japão na época que o volume 32 foi lançado por lá, Tite Kubo resolveu contrar num capítulo extra um pouquinho da história do passado do capitão Hitsugaya Toshiro. Eu fico me perguntando o quanto Bleach é um mangá planejado e estruturado, a ponto do autor poder criar estas mini-arcos do passado assim do nada. Não estou reclamando, mas as vezes sinto que o mangá é uma colcha de retalhos mal contada, o autor guarda para si vários momentos do passado dos personagens e conta quando quiser ou quando tiver oportunidade, como se não houvesse planejamento destas coisas. Quanto ao passado de Toshiro, é bacana, do jeito que eu esperava que fosse mesmo. Casa perfeitamente com o personagem.
Volume 33 – The Bad Joke
“Somos bichos.
Vermes rastejando sob maldade não-volátil.
Erguendo a cabeça
mais alto do que a lua
Só para não precisar olhar
para vocês, miseráveis.”
Conforme mencionei lá no volume 31, o volume 33 tem um baita trechão com o 2º round da batalha entre Szayel contra Renji e Ishida. A batalha se intensifica e a pressão do Espada sobre os dois mocinhos da história deixa a idéia de vitória impossível. Preciso admitir que quando li esse trecho do mangá pela primeira vez não chegou a ser uma total surpresa pra mim essa reviravolta, era algo que já estava esperando, claro que não imaginava o que aconteceria à seguir na história, mas tudo bem, a prova de que Bleach merece ser acompanhando, mesmo com a sua narrativa lenta, é que ele ainda consegue me surpreender de tempos em tempos, mas a surpresa na qual falei, só vai acontecer no próximo volume, então não vou comentar agora.
Extra: No final do mangá, tem os esboços criados pelo próprio autor para os personagens fillers do animê da série. Aquele horrível do “Shusuke Amagai, o novo capitão”. Tite afirma que não ajudou muito no roteiro dessa saga nada a ver com o mangá. Ele apenas participou da etapa inicial do roteiro, mas pelo visto os esboços dos personagens é criação do próprio. Uma curiosidade interessante, provando que desde essa época, o autor já tinha se tocado que os fillers da série precisariam um pouco de sua ajuda, pena que ele não participou tanto desta vez e esse mini-arco ficou incrivelmente descartável.
————-
Observação: Eu sei que os textos ficaram grandes, mas é a empolgação do final de semana, sabem? De qualquer forma, eu pretendo colocar os mangás em dia aqui no blog justamente para não precisar fazer estas matérias gigantescas, que eu sei que de certa maneira é fica cansativo. Nos próximos posts sobre o Bleach Panini, não pretendo tratar de três volumes de uma só vez. A idéia é fazer de um em um ou no máximo com dois volumes, quando não der tempo ou não conseguir o volume em tempo hábil. Hoje foi só para esquentar e colocar as coisas em ordem. 😉