A versatilidade criada em Super Mario Galaxy 2 | Algumas impressões iniciais

Super Mario Galaxy 2 é tudo aquilo que você espera de um Super Mario e vai muito além do jogo que deu origem a série Galaxy. Com o games em mãos já a alguns dias e boas horas de jogatina, atingi 50 estrelas conquistadas, parece muito, mas na realidade não é, pois só desbravei os três primeiros mundos do game e garanto que me surpreendi com muita coisa criada nesta sequência, assim como morri muito mais vezes do que jamais morri no primeiro Galaxy. Shigeru Miyamoto chega dando uma lição de verdade em como criar uma sequência que ultrapasse a simples ideia de um game ser a “sequência” de um jogo. Galaxy 2 pode muito bem ter o número dois ao lado do nome, mas é um jogo totalmente novo e se você não acredita, desafio-o a experimentar o jogo e dizer que estou errado. As minhas primeiras impressões, após o continue:

Distribuição de fases!

Me recordo de quando joguei o primeiro Galaxy e não gostei como deveria, cheguei inclusive a comentar por aqui no blog algumas vezes (aqui, por exemplo). O mundo principal era linear não superando antigos games 3D do encanador, as fases sempre começavam do mesmo jeito ao entrar novamente para pegar a segunda estrela e quase não havia qualquer tipo de exploração e o jogo inteiro era extremamente fácil, tirando as vezes em que se morria pode não estar acostumado com o sistema gravitacional do jogo. E parece que eu realmente estava correto em achar ruim tais detalhes significativos, pois em Galaxy 2 tudo isso foi modificado e melhorado.

Chega da mundo principal, o bom e velho sistema de mapas sempre funcionou em Super Mario, todo mundo adora, é clássico e deixa dinâmico a escolha das fases na qual o jogador quer jogar, sem a necessidade de ficar indo e vindo num mundo principal linear como o primeiro game. E ainda assim o mapa é bonitão, com as galáxias em alto destaque, para que você saiba qual é qual sempre precisar ficar passando pelo mapa para se lembrar qual é aquela fase com o Yoshi, qual a que se usa o Drill, qual é a de puzzle e assim por diante. Como seria estranho ver Mario andando num mapa espacial com galáxias como ponto de fases, a Nintendo criou a uma nave espacial com seu rosto e pronto, você tem a mesma sensação que todo clássico da série tem ao andar pelos mapas do jogo.

Cada mapa tem seis galáxias e um castelo. Cada galáxia tem de duas à três estrelas, incluindo aí as estrelas cometas, ao completar todas aparece a mensagem “Galaxy Complete”. Ainda não descobri quantos mundos há no game, e nem quero saber, mas se for seguir a tendência de outros games da série, deve ter entre 7 à 9 mundos ao todo, mas quando eu chegar lá no fim, voltarei aqui para contar. Quanto ao sistema de distribuição de fases e castelos e mapas, não há realmente do que reclamar, se fosse pra arriscar uma reclamação, diria que a Nintendo poderia muito bem ter colocado dois castelos por mapas, igual ao que fizeram em New Super Mario Bros Wii, apesar de que se você procura por grandes chefes, também encontrará nas galáxias regulares.

Versatilidade

O que realmente me surpreendeu no game foi a versatilidade. Ao contrário do primeiro game onde a maior parte das estrelas tinham como objetivo ir do ponto A ao ponto B ultrapassando plataformas e se adaptando a gravidade de cada lugar, as estrelas de Galaxy são muito mais flexíveis e divertidas, graças as novas adições do game e principalmente ao Yoshi e aos power-ups,  quer desta vez são utilizados em larga escala.

Há ainda fases onde o objetivo é ir de um ponto A à B, porém a forma como o caminho é percorrido é bem mais extrovertido do que o game anterior. O jogador usa o Yoshi, usa power-ups, resolve pequenos puzzles, encara inimigos, chefes ebons e melhores desafios no estilo plataforma, na perspectiva 3D e na 2D, esta última em muito mais destaque do que as pouquíssimas fases do game anterior.

Os Yoshis coloridos foram uma das idéias mais gênias em termos de diversificação para o game. As fases com o Yoshi vermelho por exemplo são absurdamente insanas e com um alto nível de desafio. A primeira vez que joguei com esse Yoshi eu perdi a conta de quantas vezes morri e quantas vezes precisei fazer o mesmo percurso seguidas vezes até acertar o timing. Ele é extremamente rápido e não pode bater em nada, é íncrivel mesmo. A estrela cometa de speed run desta primeira fase é algo absurdo. Quanto ao Yoshi azul, ainda não tive muitas vezes com ela, e as que joguei foram fáceis demais, nem se compara com o “Ballon” de Super Mario World (quem se lembra?), mas nem por isso não foram fases divertidas. Já o Yoshi amarelo, na qual tinha certas dúvidas de como funcionaria sua habilidade, fiquei impressionado com a minha vontade de explorar o ambiente invisível na qual ele pode percorrer e ainda assim ficar tenso quando a habilidade começa a dar indícios que está chegando ao fim e não há fruta alguma por perto, é realmente tenso! Fora isso, jogar com o próprio Yoshi verde é a maior curtição, ele pula alto, pega inimigos com a maior facilidade, gera muitas star bits (e você precisará delas para abrir fases extras) e quando Mario e Yoshi sofrem algum tipo de dano pelo inimigo ou ambiente, Yoshi sai correndo na melhor estilo clássico da franquia. Perdi as contas das vezes em que morri tentando alcançá-lo. Há inclusive um castelo na qual ele é de extrema importância.

Quanto não se está utilizando Yoshi, o game divide o restante das fases com power-ups, novos e os já conhecidos do game anterior. O que mais me chamou a atenção até o momento foi a flor de nuvem, que cria o “Cloud Mario”. As fases com este power-up requer muita habilidade em plataformas, pois o poder cria apenas três nuvens e depois disso você fica por conta própria, até achar outra flor mais à frente. Para quem está acostumado com plataforma 3D não chega a ser um desafio impossível, eu mesmo tirei de letra estas fases, mas ainda assim são fases divertidas.

As próprias galáxias são versáteis também, muito mais do que o primeiro game. Há galáxias verticais, horizontais, com vários mini-planetas, plataformas diferentes (e criadas exclusivamente para o game), boa diversidade de inimigos (muito que nem apareceram no primeiro), a já citada perspectiva 3D e 2D, os ambientes também influenciam na forma de desbravar certas fases. Um destaque para a fase do escorregador que apareceu em vários trailers desde que o jogo foi anunciado, tem uma estrela cometa nele onde o jogador precisa colher 100 moedas roxas enquanto desce, nossa, eu perdi as contas quantas vezes morri tentando conseguir esse estrela e quantas vezes deu Game Over na tela.

Luigi também aparece logo mais cedo neste game do que no game anterior. Pra mim ele apareceu no terceiro mundo, não sei se foi pelo número de estrelas obtidas ou pela fase, de qualquer forma no começo ele não é destravado por completo (e não sei se será) permitindo ao jogador que avance por algumas fases com o personagem ao invés do Mario. As diferenças entre um irmãos é bem pequena, mas ainda assim Luigi parece pular mais alto e porém é mais escorregadio, morri algumas vezes até me acostumar a parar de correr com ele perde de algum precipício. Jogar com Luigi na galáxia das Boos, por exemplo, não tem como descrever a ótima sensação que isso dá aos fãs de Luigi’s Mansion (do Gamecube). Alias essa galáxia é fantástica, honra com louvar a lembrança das antigas mansões de Super Mario World.

As estrelas cometas também são ótimas. Estão bem mais diversificadas do que no primeiro game, onde a maioria se limitava a speed run e a vencer certo chefe sem tomar nenhum dano. Estas ainda existem, mas outras diferentes foram criadas. Muitas inclusives levam a novas áreas das galáxias, que as estrelas comuns não levaram. As que mais me chamaram a atenção foram os desafios contra os Shadow Marios. Você começa um game, os clones de sombras vão aparecendo, e começam a fazer o mesmo percuso que o Mario de verdade fez, e o jogador não pode parar um minuto sequer pois senão a sombra o alcança. Muitas vezes são criadas vários clones, deixando uma trilha de clones perseguindo o protagonista, sendo que algumas vezes você precisa voltar por onde passou e para isso é necessário desviar dos clones, é uma loucura em determinados desafios.

Bem, acho que já deu para dar a idéia da versatilidade do game, como ele se propõem a surpreender o jogador a cada nova estrela. Ao todo são 240 estrelas, ou seja, eu ainda tenho muito pelo que percorrer, mas voltarei aqui em breve para comentar outros pontos do jogo e ao terminar, criar uma análise completa sobre o mesmo. 😉

Fecho o post com um vídeo de uma fase 2D do primeiro mundo (a música dessa fase é ótima)!

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