Histórias do Vol. 02 de Clássicos da Literatura Disney! [MdQ]
Opa, segunda semana de Clássicos da Literatura Disney, terminei agora pouco a leitura do segundo volume e assim como fiz semana passada, segue um pequeno post com a minha opinião sobre cada história desta edição. Para quem perdeu o post durante a semana com fotos e as informações iniciais deste volume, basta clicar aqui. E o esquema continuará até o término da coleção, toda quarta/quinta, fotos com o novo volume nas bancas e no final de semana as impressões e opiniões sobre as histórias do volume. E os clássicos deste volume são:
A Ilha do Tesouro
História produzida em 1959 (Inducks)
Roteiro de Carlo Chendi e Luciano Bottaro com desenhos de Luciano Bottaro
80 Páginas
HQ Inédita no Brasil
Marujos Intrépidos
História produzida em 1996 (Inducks)
Roteiro e desenhos de Guido Scala
30 Páginas
HQ Inédita no Brasil
O Fantasma de Canterville
História produzida em 1990 (Inducks)
Roteiro de Alessandro Sisti e desenhos de Roberto Marini
26 Páginas
HQ publicada originalmente em Tio Patinhas Especial 09
Sobre as histórias, a gente conversa sobre elas após o continue. 😉
* A Ilha do Tesouro é mais uma relíquia histórica da década de 50 dos quadrinhos Disney que até então permanecia inédita por aqui. No geral a história não me agradou muito, bem menos alias a dos Três Mosqueteiros que abriu o volume anterior, não que seja ruim, mas era o jeito dos quadrinhos italianos da época pelo visto. O traço ainda não é agradável para os leitores habituais e até mesmo aos novos, mostrei o volume ao meu irmão e a primeira coisa que ele me perguntou era porque o traço era tão feio nesta história. Porém os quadros de uma página inteira se destacam acima do resto do material, é algo realmente raro nos quadrinhos Disney e dão um belo efeito no clima de aventura que a história exige.
No geral a trama parece que não sai do lugar, mesmo com as reviravoltas típica de histórias de pirata, no final das contas é uma maluquisse quase que sem sentido, não é à toa que o Donald é taxado de maluco ao final da história. Mesmo assim, volto novamente a afirmar, vale mais pelo valor histórico ao colecionador da publicação e não pela história em si. O interessante aqui é comparar a evolução que os quadrinhos italianos teve desde a década de 50 até os anos 90, na qual são as duas histórias que completam o volume.
* Marujos Intrépidos se tornou neste volume a minha história favorita. E note que o traço, apesar de não ser arredondado e perfeitinho como um Giorgio Cavazzano atual é muito mais rico em detalhes e efeitos do que a história da Ilha do Tesouro. Houve um melhora em termos visuais. Mas o que me agradou mesmo foi a história, não conheço essa obra literária, mas ainda assim achei simpatica a trama onde Donald junto com o Peninha aprendem o valor do trabalho, assim como os perigos do mar. Ver o Tio Patinhas chorando pela suposta morte de seus sobrinhos foi um momento único. Boa história, visual e ambientação bem feita e os personagens casando com suas personalidades habituais.
* O Fantasma de Canterville encerra o volume. O quadro que apresentam a história (ao lado) é bem esquisito, mas fora isso a história também é tão divertida quanto a dos Marujos. O traço desta história é o melhor do volume, mesmo que ela tenha sido feita seis anos da história anterior do volume, isso realmente vai de artista a artista, uns acabam aprimorando melhor do que outros. E caraca, a Pata Lee participa desta história! A Pata Lee é uma personagem criada pelo italiano Romano Scarpa em 1966 e não costuma frequentar muito as histórias da família Pato aqui no Brasil, talvez por culpa da influência de Carl Barks por aqui, na década de 90 lia muito as histórias criadas no Brasil com ela e uma turma de personagens feitos aqui em terrinhas Tupiniquins. O traço pode ser um pouco diferente, mas é a mesma personagem.
Também gostei desta história, o Donald casa perfeitamente com o fantasma atrapalhão da história. E o fim é ainda engraçado, com o Tio Patinhas do jeito avarento de ser. Alias o personagem é participa de todas as histórias deste volume com um destaque próprio. Está mais do que correto ele encabeçar a capa desta volume. Quando se vala de tesouros no universo Disney, tem que mesmo que se pensar em Tio Patinhas. Por fim, apesar de ser uma republicação esta última história, ela saiu por aqui em 1991, há muito tempo atrás, numa edição alias que não tenho em minha coleção. Pra mim, valeu a pena ela aparecer novamente nesta coleção!
Ah, para terminar, preciso elogiar as páginas extras deste volume, que contam as informações a respeito dos contos que originaram as histórias do volume. Desta vez elas ocuparam o dobro de páginas e ficaram muito mais ricos em informação e curiosidades do que o volume anterior. Dando uma maior sensação de imersão nos contos, pelo menos pra mim.
Créditos das imagens das páginas deste volume ao hotsite da Abril para a Coleção. 🙂