Cruzeiro do Destino e Guerra Editorial: Boas republicações! [Tio Patinhas Férias nº04] [MdQ]
36 páginas. Este é o número de páginas que as revistinhas da linha “Férias” da Disney possui. Por R$ 1,50 não chega a ser um mal negócio. Como são 4 revistas (Mickey, Pateta, Pato Donald e Tio Patinhas) são ao todo 144 páginas de histórias por R$ 6. O único pesar mesmo que tenho a respeito destas revistas é que elas trazem apenas republicações. Entendo que o objetivo seja atrair novos leitores e ter mais edições do universo Disney em banca, mas me pergunto se não seria ainda melhor se estas revistas trouxessem pelo menos uma história inédita a cada edição. Assim incentivaria quem gosta de um material inédito, que também deve comprar as mensais. Eu compro simplesmente para colecionar, porque como as republicações atualmente em geral são do período de 2000-2005, eu tenho tudo na minha coleção. Apenas para dar uma força mesmo a Ed. Abril.
Neste post, vou comentar apenas sobre a edição de Férias do Tio Patinhas. Ainda esta semana pretendo comentar sobre as outras assim como as mensais normais. Antes da minha opinião, as histórias desta edição são:
O Cruzeiro do Destino
História produzida em 2000 (Inducks)
Roteiro de Gorm Transgaard e desenhos de José Colomer Fonts
16 Páginas
HQ publicada originalmente em Tio Patinhas 433 (2000)
Cimentando a Fortuna
História produzida em 1967 (Inducks)
Roteiro de Vic Lockman e desenhos de Tony Strobl
05 Páginas
HQ publicada nas seguintes revistas:
* O Pato Donald 850 (1968)
* Zé Carioca 1657 (1983)
* Almanaque Disney 356 (2004)
A Guerra Editorial
História produzida em 1999 (Inducks)
Roteiro de Kari Korhonen e desenhos de José Massaroli
10 Páginas
HQ publicada originalmente em Tio Patinhas 416 (2000)
Sobre as histórias, a gente conversa sobre elas após o continue. 😉
* O Cruzeiro do Destino: Pra mim esta é a melhor história da edição. Ela é interessante por vários aspectos, principalmente porque alguns dos temas abordados na história não são exatamente infantis, o que é normal ter nos quadrinhos Disney, que são para várias idades. Na história um dos muitos setores de negócios do Tio Patinhas está dando prejuizo, o turismo. As pessoas estão cansadas de ver as mesmas coisas pelo mundo. Uma premissa interessante. O que o pato mais rico do mundo resolve fazer então? Cria um programa espacial para turismo de milionários, um Cruzeiro Espacial mais precisamente. E uma das atrações do Cruzeiro é um Buraco Negro, um dos maiores mistérios da astronomia. São pequenos detalhes que uma criança que lê a história talvez não pesque, mas tem um certo charme com os adultos.
Um outro aspecto da história é ver Donald meio depressivo, aceitando incluse ser engolido pelo buraco negro pela trapalhada causada na história, assim como um Patinhas disposto a afundar com seu navio para salvar todos que estão dentro da nave quando tudo dá errado. Pode parecer complicado falando assim, afinal é uma história curtinha, de apenas 16 páginas, tem sim sua dose de humor e as personalidades de cada personagem corresponde ao básicos de cada um, como Donald sem noção querendo pilotar a nave depois do Tio Patinhas tem mandando ele ser auxiliar de cozinho ou o próprio muquirana economizando com as naves salva-vidas. É uma ótima história, dentro do limite do que o universo Disney permite e que diverte uma faixa etária grande para que é fã da Disney.
* Cimentando a Fortuna: Ainda me pergunto o que diabos esta história está fazendo nesta revista. Por ter apenas 05 páginas, acredito que o objetivo dele seja apenas para tapar buraco, ou seja preencher a cota de páginas da edição. Ela já foi republicada uma porrada de vezes, sendo que a última foi em 2004, o que aumenta muito as chances de alguém já ter lido a mesma. Além disso, se a edição de férias visa atrair novos leitores ou entreter por mais algum tempo quem já lê as revistinhas Disney, esta história não cumpre nenhum dos propósitos. É antiga, da década de 60, ou seja, o traço não é nem um pouco atraente e até mesmo a história não é lá grande coisa. Pra mim, foi um erro a escolha da mesma. Por sorte, ela ocupa apenas 5 páginas da revista.
* Guerra Editorial: A última história que fecha a edição é bacana, só não é melhor que a primeira.Mac Mônei resolve escrever sua autobiografia e dedica um capítulo inteiro a difamar o Patinhas, o que cria a típica situação de guerra entre milionários. Tio Patinhas resolve não processar Mac Mônei, porque a publicidade acabaria atraindo interessados pelo livro do milionário vilão, então a solução é respondar na mesma moeda, com Patinhas também lançando a sua autobiografia. Só que ambos os milionários não querem que ninguém mais leia o livro de seu respectivo rival e começa a corrida para comprar os livros sem que a população tenha acesso. É uma típica história de bizarrice milionária, onde só é possível aos que possuem uma Caixa Forte cheia de dinheira. A graça é ver as proporções que a disputa vai tomando, até o desfecho final. XD
Tio Patinhas Férias #4 ganha então duas boas histórias e uma dispensável. Reforço um pouco a minha opinião do começo do post. Não faria mal algum, se estas revistas de republicações trouxessem pelo menos uma história inédita. Só para atrair mais leitores e deixar a dinâmica da revista muito mais divertida. E não deve faltar histórinhas de 10 páginas ou menos dos estúdios da Disney da Dinamarca para cumprir essa função.