Cuidado! Risco de spoilers!
Se você é alérgico – ou ainda não viu o filme – se afaste!
Estamos vivendo um momento sem muita originalidade de Hollywood, filmes reciclados e re-adaptados, histórias baseadas em livros, ou jogos, ou qualquer outra mídia. Fúria de Titãs é mais um desses filmes e pega carona na adaptação de um filme antigo, ao mesmo tempo em que anda na maré da onda 3D, mas será que vale a pena?
Fúria de titãs tem aquele ingrediente que faz nós fãs de anime ficarmos curiosos para ver o que o filme tem a oferecer. A mitologia grega é fascinante e sempre me chama a atenção, e isso não sei dizer se é herança de Cavaleiros do Zodiaco, mas creio que não. Assisti ao filme normal, não ao 3D por recomendação de amigos, e até por experiência própria, pois até agora não vi graça alguma no cinema tridimensional.
Bem, a história é bem previsível ao mesmo tempo em que tenta inovar trazendo elementos um tanto diferentes, e unido várias histórias mitológicas. Vemos figuras como Perseus, Andrômeda, Medusa, Pegaso, e tantos outros.
Perseu é interpretado por Sam Worthington, o ator tem uma interpretação convincente, um homem que foi criado por seu pai um humilde pescador, após ser resgatado do alto mar dos braços de sua mãe, mais tarde descobre ser na verdade o filho de Zeus e se tratar de um semi-Deus, mas isso não o abala e se mantém fixo no objetivo de vingar a morte de sua família cruelmente assasinada por Hades.
Hades, interpretado por Ralph Fiennes deixa a desejar, usando uma voz rouca o personagem ainda não convence, mas é satisfatória. Mas a melhor interpretação no filme fica por conta de Gemma Arterton (a mesma atriz de Principe da Pérsia, que surpresa, assisti a dois filmes num fim de semana com ela), a atriz faz o papel de Io, uma guia espiritual para Perseu, e o espectador fica o tempo todo naquela torcida para que Perseu a tome em seus braços.
Outra boa atuação fica pelo pai adotivo de Perseu, por Pete Postlethwaite, mas ele sempre faz bonito com suas atuações. Zeus em contrapartida encarnado por Liam Neeson, esse nem atua tão bem assim, nunca gostei muito do ator mesmo, mas convence de certa forma, mesmo sem deixar uma marca no personagem.
O filme usa muitos dos recursos de CG atuais e cria uma atmosfera brilhante ao mesmo tempo em que aposta em velhos clicês, mas que sempre dão certo. Uma história original, pelo menos para quem não assistiu ao clássico, como eu, mas dispensável com atuações duvidosas, mas que consegue divertir com um filme para a família, e para os amantes da mitologia grega. Eu gostei, mas podia ter sido melhor.