Fringe: Ano 2, Episódio 22-23. Foi exibido no Brasil, pelo canal Warner, dia 01º de Junho: “Over There”
Enquanto isso nos EUA: O final da temporada acabou por lá no dia 20 de Maio.
Aviso: Continue apenas se você já assistiu ao episódio 2×22-23 de Fringe. Haverão spoilers!
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Eu sei que estou um pouco atrasado com este PdS, mas este mês está sendo uma correria que só, com finais de temporada de um monte de séries e todas estas novidades com a E3. Ainda assim não tinha como não comentar por aí o excelente final de temporada de Fringe, que mexe com um dos mais famosos temas de ficção científica: Dimensão Alternativa!
Fringe ainda não é uma série que caiu no gosto de todo mundo, a história ainda tem seus problemas e muitas vezes tem muita encheção de línguiça, não permitindo que o enrendo avance de forma a tornar a série um programa imperdível. Tanto que para chegar na jornada deste final de temporada foram necessários 43 episódios, pare e pense quantos episódios nessa pilha foram realmente importantes para a trama ou foram “épicos”, daqueles que você nunca mais irá esquecer. Não foram muitos pra mim se for contar. Vale comparar com Lost (já que ambas foram criadas com a ajuda do J.J.Abrams), o quanto a série já havia revelado, mostrado ou acrescentado à trama quando já havia sido exibido 43 episódios. Ainda sim, Fringe é um ótimo programa e conforme a história progride, as coisas tendem a melhorar ainda mais.
Na minha opinião, esta temporada foi muito melhor que a primeira. Teve alguns momentos de tédio e sem importância na qual me fizeram até mesmo desligar a minha atenção em torno da história, mas depois do episódio 15 (Jacksonville), a série me acordou e não consegui mais tirar a atenção da trama. Esse episódio com os prédios de dimensões alternativas se fundindo foi um dos episódios mais divertidos, criativos e curiosos desta temporada americana de séries. Achei simplesmente sensacional. Depois disso a história só poderia esquentar mesmo.
Walter também tem seus méritos para a melhora de Fringe, o personagem ganhou sua devida importância, os pontos de seus passado foram finalmente explicados e com tudo isso às claras, fica muito mais fácil acreditar no personagem. Não digo torcer por ele, porque Walter é um personagem ambíguo, fez muita coisa ruim no passado, é responsável por quase destruir uma dimensão inteira, porém como puninr um cara que já se puni diariamente pelos pecados do passado? Como alguém pode querer mal do Walter atual? John Noble é um excelente ator! E eu ainda nem cheguei no “Walternativo”.
O especial de duas horas do final desta temporada de Fringe abre finalmente espaço para se criar um nota mitologia em cima das dimensões paralelas. Finalmente a série teve a ousadia de levar a história para um novo nível. Os mesmos personagens com outras personalidades, um mundo totalmente novo com dezenas de diferenças mostradas de formas bem sutis por todo o especial (notas de dinheiro, prédios, quadros etc). Genial, é algo que vai deixar os fãs desse tema bem animados.
Adorei ver William Bell (Leonard Limoy) de volta à série. Achei que o ator não voltaria mais, depois que andou reclamando que estaria chateado com a má utilização de seu personagem na trama (reclamação mais do que justa) e como ele também se aposentou recentemente. De qualquer forma, foi ótimo que ele tenha topado voltar, nem que seja para uma última participação (assisti achando que ele morreria no fim, estava claro para mim isso). Bell e Walter realmente formam uma ótima dupla e todas as cenas com ambos ficaram excelentes. Gostei muito no final quando Bell diz à Walter que ele retirou pedaços de seu cérebro a mando do próprio Walter, que não estava gostando da pessoa que estaria se tornando. Clichê, mas ainda assim relevante e satisfatório.
Em contraste a esse ponto do Walter meio maluco, temos o “Walternativo”, o Walter malvado da dimensão alternativa. E novamente aqui tenho que elogiar John Noble, que realmente fez uma versão alternativa de seu personagem realmente ameaçador. Uau! Ficou muito legal a série ter criado um vilão como o Walternativo e ele é realmente ruim, o que provavelmente aconteceria com o Walter se Bell não tivesse retirado os pedaços do cérebro do mesmo. E o melhor é que provavelmente o Walternativo será um dos grandes vilões da próxima temporada e assim espero que os produtores resolvam explorar um pouco mais sobre a dimensão alternativa e também crie novas referências culturais alternativas, assim como fizeram nesse especial.
Quanto a Olívia, Peter e outros personagens, não tenho muito o que dizer. Eu gosto da Olívia, mas não acho uma excelente personagem. Foi legal ver duas personalidades diferentes, uma Olivia triste de nossa realidade e uma feliz, porém meio com cara de psicótica da realidade alternativa. O final com a troca das Olivias foi totalmente clichê e acho que estava mais do que óbvio que isso acabaria acontecendo. Não fiquei nem um pouco surpreso com isso. Apesar que a cena com a luta das Olivias no apartamento ficou muito bem filmada e montada, claro tem as clássicas cenas onde só aparece cabelo, sem o rosto de uma das duas, mas ainda assim foi uma filmagem bem montadinha para uma série de TV. Também gostei do fato dos roteiristas terem trazido o personagem Charlie para uma versão alternativa, já que o mesmo morreu no começo desta temporada e deixou o elenco fixo da série.
Já em relação a Peter, o ator ainda me lembra muito o Pacey da velhaça Dawson’s Creek, mas sei lá, melhorou um pouco desde que a história do passado foi revelado e ainda que tenha achado melodramático demais ele ter resolvido fugir uns capítulos antes do final da temporada, pelo visto o personagem tem uma tremenda importancia para a trama daqui para frente, o que também está ligada aos observadores e ao aparelho que pode destruir a nossa dimensão. Achei meio forçado o fato de que apenas ele seja responsável por tanta coisa, mas entendo os motivos para tal. E de uma forma ou de outra, Peter funciona como uma opção romântica para Olivia.
Enfim, o final desta segunda temporada de Fringe, abre algumas novas portas de enredo e história para o terceiro e futuros anos da série. Chega um pouco dessa temática de terroristas com tecnologia além do imaginável atacando randonicamente os EUA e vamos para algo ainda maior, um combate, uma guerra contra nós mesmos, porém de uma outra dimensão. Agora é torcer e ver como os roteiristas irão inovar mais ainda no terceiro ano da série.
Olha só, um excelente vídeo que dá o tom exato do clima na qual Fringe se encontra atualmente.