O Invencível Homem de Ferro estréia sua nova revista mensal! [Panini] [MdQ]

Com certeza, você já deve ter visto Homem de Ferro 2 no cinema. Eu vi três vezes, sendo uma vez só para aplacar minha curiosidade em saber como ficou a dublagem nacional, novamente conduzida por Guilherme Briggs. Mas isso é papo para uma outra oportunidade.

Hoje vamos acompanhar a mais nova revista Marvel que a Panini lança: O Invencível Homem de Ferro. A revista não foi só lançada em virtude do atual destaque do latinha na mídia, mas também pelo motivo de sua história principal ser muito, muito boa! E você já sabe, se não leu, tem spoilers xará!

Vamos falar sobre isso agora e já, portanto,

A VINGANÇA DO CHICOTE NEGRO parte 1

O Homem de Ferro merece sim uma revista exclusiva tanto quanto o Homem-Aranha, mas nem por isso a revista deixa de ser digamos, “influenciada” pela ótima produção hollywoodiana.

A primeira história conta a origem (atualizada) do Chicote Negro. Sim, é o vilão que Mickey Rourke interpretou no segundo filme, muito embora ele nunca foi chamado pelo codinome. O cenário é uma vila remota pertencente na época em que se passa os acontecimet dentro da União Soviética.Anton e seu pai estão na vila que subitamente é arrasada pelo Homem de Ferro. Anton se recusa a se esconder e tenta deter o Homem de Ferro usando uma ara criada pelo seu pai. Não dá muito certo, pois a casa onde seu pai é explodida pelo ataque do Homem de Ferro, e ele morre. Anton consegue no último momento atingir O Homem de Ferro, que se despedaça no chão, e para surpresa de Anton, a armadura está vazia.

A corte penal internacional tenta incriminar Stark, que fora capturado pelo Guardião Vermelho e o Dínamo Escarlate (na verdade, Potts o convenceu a se entregar para que pudesse ter meios de tentar provar sua inocência). Enquanto isso, em seu laboratório, Anton faz uma engenharia reversa da tecnologia da armadura do Homem de Ferro que destruiu, e com isso cria um exoesqueleto dotado de potentes chicotes de energia.

O história conduzida por Marc Guggenheim é bem mediana, não empolga muito, mas em compensação é bem dinâmica e não enrola em nenhum momento. Os desenhos de Phillipe Briones lembram o estilo do Art Thibert com uma pitada de Arthur Adams. A arte possui um bom ritmo, mas poderia ser mais ousada, parece meio retrô ás vezes.

No geral, a história com a “nova” origem para o Chicote Negro funciona, pois cria um elo de ligação entre herói e vilão, justificando assim a decisão de Anton em se vingar de Tony Stark.

O MAIS PROCURADO DO MUNDO parte 5 – A sofisticada tecnologia de destruição moderna

A segunda história da revista é a cereja do bolo, trazendo a quinta parte do arco “O Mais Procurado do Mundo”. Osborn quer os dados de todos os super-heróis que Stark possui somente em sua mente, e Stark é caçado impiedosamente enquanto deleta suas memórias. Não é toa que esse arco foi muito premiado, ele mexe muito com o leitor, apresentando três linhas narrativas: Stark fugindo e deletando os arquivos de sua cabeça, Maria Hill em busca de um item que Stark precisa, e Pepper Potts envergando a armadura de resgate Starktech.

Muito legal Osborn usar Namor para tentar capturar Stark, já que Namor nunca foi derrotado pelo latinha. E a presença do Namor já melhora consideravelmente qualquer história. E para escapar, Stark usa um truque literalmente “sujo”, eu gostei.  Mas claro que enfrentar Namor em uma profundidade tão grande do oceano é algo muito arriscado. Stark se sente um peixe forá d’água nesse confronto. No fim, não sei se o Namor estava só fingindo para o Osborn, heih? Achei que ele pegou muito leve… Detalhe importante: a cada vez que Stark apaga sua memórias, ele fica mais “burro”, e tem que usar armaduras mais antigas, pois as novas ele já não sabe como usar, fica algo muito muito complexo, e isso rende um monte de piadas e gags.  É extremamente interessante como a história aborda os aspectos da notável inteligência de Stark. Outra parte que ri muito foi o jeito que Osborn ficou maluco de raiva pela armadura de Pepper Potts não ter nenhuma arma, já que é uma armadura de resgate. O duende maluco não se conforma e acha que Stark está lhe enganando de novo!

O roteiro brilhante de Matt Fraction e a arte soberba de Salvador Larroca tornm esse arco em leitura obrigatória.

VIÚVA NEGRA: ORIGEM FATAL parte 1

A terceira história também é sobre uma origem de uma personagem que aparece no segundo filme do ferroso. Se você pensou na estonteante Viúva Negra, acertou em cheio.

A origem é contada agora com base nos novos elementos que as recentes histórias do Universo Marvel introduziram na cronologia geral, principalmente a atuação de Wolverine como espião e de Bucky transformado no Soldado Invernal.

Na Rússia dos dias de hoje, é acionado um tal de Protocolo Quebra-Gelo, e parece que ele tem a ver com a Viúva Negra, pois seu “pai adotivo” é morto tentando alerta sobre a quebra do protocolo. Nisso, entram em cena as recordações de Natasha, lembrando do período em que treinou no exército tendo como mentor o baixinho-invocado-mutante-canadense-que-é-o-melhor-naquilo-que-faz, o camarada Logan. E pelo que entendi, Bucky treinou junto com ela antes dele se tornar o Soldado Invernal por completo.

Caramba, treinada por Wolverine e pelo pupilo do Capitão América, não é toa que a Viúva Negra é letal em combate. Sua trágica história de vida é empolgante, gosto de notar o quanto Natasha é uma pessoa capaz de renunciar a si mesma em prol de objetivos maiores.

O roteiro de Paul Cornell é intenso, mostra muita coisa acontecendo em pouco tempo, é como se fossem memórias sendo descarregadas em nossa mente mesmo. Os desenhos do “presente” da Viúva são de Tom Raney, que é bem fraquinho, ele consegue a proeza de desenhar a Natasha como uma mulher feia! Já arte do “passado” ficaram a cargo da mão talentosa de Jonh Paul Leon, com seu estilo rebuscado e carregado, torna não só a leitura mais agradável, mas também altamente recomendada.

Por enquanto ficamos por aqui, mês que vem tem mais Homem de Ferro, com as três sagas em andamento a revista vai ficar cada vez melhor!

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