Todos os filmes da Pixar me emocionam sempre. Os personagens são sempre muito legais e tudo, desde o movimento de cada um (observe como andam os “cabeças de batata” no filme), as piadas, o roteiro intrigante, o clímax, a animação em si (fotografia, escolha de tons, cores, caracterização etc) e até as lições de moral (por que não?) são sempre sensacionais!
A maioria das pessoas se assusta com continuações – eu também! Ainda mais assim, quando se pega um já consagrado clássico, primeiro grande filme com animação 100% computadorizada nos cinemas mundiais, que deu origem a desenhos animados e que gera milhões e milhões em vendas de produtos…
Mas, posso afirmar que Toy Story é uma franquia que não decepciona nunda e, é claro que a Pixar não ia fazer feio!
Se Toy Story apresentou o mundo dos brinquedos do Andy e Toy Story 2 mostrou mais dos personagens e suas relações (entre si e com o garoto) e também suas origens, Toy Story 3 foi uma grande despedida – do público e do próprio Andy.
Afinal, o garoto está indo para a faculdade e faculdade não é lugar para brinquedos. Sofrendo o dilema de ser guardado no sotão ou ser jogado fora, os brinquedos, por conta de um engano, vão parar… Bom, eu não vou continuar aqui para não estragar. Quem já viu, basta continuar pra comentar também!!
O que acontece é que para um adulto ou jovem, o filme não é surpreendente. Os vilões são vilões, claros, na lata! Mesmo escondido na fofura, dá pra ver o que vai acontecer e como a história ia terminar – afinal, a lindinha e fofinha “Bobby” tinha tudo para ser a nova dona dos brinquedos velhos do Andy. Dá pra saber quem vai trair quem, o que vai acontecer (no geral da história) do início ao fim.
Mas, como tudo na vida, os detalhes é que dão o charme. É poder ver Buzz em suas fugas absurdas e espetaculares, falando espanhol e cortejando a cowgirl com muita dança Gipsy – após voltar a programação inicial de patrulheiro e não somente brinquedo. É ver também o casal Cabeça de Batata, especialmente quando o Cabeça de Batata acaba trocando de corpo com uma tortilha e depois com o pepino enorme. E, sem sombra de dúvida, os Ets doidos idolatrando sempre o famoso “Garra”, resposável por salvá-los do “áquario” dos jogos de ficha.
Dos personagens novos, um porco-espinho ator se destaca totalmente – tirando risos altos de quem está no cinema!
Tudo fruto também de uma excelente dublagem que manteve a equipe original de grandes atores dubladores e pela qual eu não tenho nenhuma ressalva!
Toy Story 3 é um filme para todo mundo ver! As crianças terão pesadelos com o bebê de brinquedo que é o capanga de um urso de pelúcia! Também sofrerão com as histórias contadas por um palhaço – sombrio por natureza. E nós, jovens e adultos, teremos que ver pessoas chorando ao lado da nossa cadeira com o poder que Pixar tem de sempre passar algo, além do entretenimento. Neste caso é que tudo um dia acaba – por mais difícil que seja de aceitar.
Eu não queria aceitar que acabou…