Algumas impressões sobre Blur da Bizarre Creations! Elementos conhecidos, mas com cara de novo! [X360]
Tive a oportunidade de jogar nesta duas últimas semanas o game Blur (também lançado no PC e no Playstation 3), ainda não coloquei a mão em Split/Second, que foi o concorrente do game no mês de lançamento, mas digo que fiquei satisfeito com a jogabilidade e toda a mecânica de Blur, pelo menos agora no começo (estou com umas 5/6 horas de jogo apenas).
O game basicamente se aproveita de um monte de elementos já conhecidos de games de corrida. O mais conhecido talvez seja o combate de veículos que por alguns momentos lembra bastante a intensidade de Mario Kart e seus itens de trapaça. Mas ao invés de mascotes divertidos e pistas coloridas, Blur aposta em gráficos mais reais, com carros e cenários inspirados do mundo real. O jogo ainda uma uma paleta de cores mais sombrias para as pistas, pois assim, os itens quando utilizados ganham um efeito visualmente de cair o queixo, daí o nome “Blur” (que significa uma espécia de efeito visual).
Mais algumas considerações e detalhes iniciais de Blur, após o continue!
O inteligente em Blur é que os produtores do game resolveram um grande questão dos games com itens de trapaça, que é o desequilíbrio entre os compatidores, com itens mais apelões saindo para os últimos colocados e os em primeiro lugar ficando com os itens menos eficientes. Em Blur não há aleatoriedade de itens, o que significa que os itens são fixos e não mudam de lugar, e eles aparecem em ótimas quantidades pelas fases, é quase sempre impossível ficar sem pegar um e também existe a possibilidade de acumular três e usá-lo na ordem que quiser. Ficou sensacional a liberdade de escolha assim.
Claro que existem itens mais apelativos, porém eles aparecem em menor quantidade pelas pistas e ainda assim o mais apelão, o raio, pode afetar até mesmo o competidor que usar tal item, pois ele enche à pista de raios, mas coloca-os bem à frente da pista, e você acaba sendo obrigado a passar no meio deles também. Outros itens, como o Nitro, muito bom para ganhar posição não é tão frequente assim nas pistas e muitas vezes acaba ditando o caminho a seguir, não dando espaço para pegar outras coisas ou cumprir certos requisitos que todas as pistas possuem.
Mencionando estes requisitos, toda corrida em Blur tem um pontuação para ser obtida, que se conquista usando itens, ficando em primeira posição, fazendo curvas com precisão etc. Ao final da corrida, os pontos são somados num medidor chamado “Fan Target”, que seria quase uma barra de Level do jogador, quando mais vezes ela encher, mais itens são destravados no game. Além disso toda corrida em Blur tem um treco chamado “Fan Run”, que é um item na pista que habilita 12 “gates” (portões) para ser passado pelo meio deles, e que também geram Fan Target e uma generosa pontuação. Inicialmente parece fácil passar pelas 12 gates, mas conforme o joga avança e novas pistas são liberadas, essa missão extra na corrida acaba se tornando mais desafiadora.
Blur também não se resume apenas à corridas. Gostei muito dinâmica de gameplay do jogo, que intercala corridas com missões extras, como correr sozinho contra o tempo em pistas de checkpoint, ou correr atirando em carros à sua frente para obter segundos e com isso não deixar o tempo acabar ou até mesmo no mano-a-mano com um carrão ganhando aquele que detonar a energia do outro primeiro. Pois é! Em Blur todos os carros tem uma barra de energia, quanto mais dano for tomando pelos itens, mais quebrado o carro vai ficando. Se ele quebrar por total, ou seja, se a barra acabar, o game não acaba, mas o carro para e perde-se segundos preciosos numa corrida, o que pode significar de 1º colocado a último colocado. Outra invenção bacana para deixar o sistema de combate ainda mais competitivo.
Se for para reclamar de alguma coisa, só fiquei um pouco decepcionado com a opção de customizar os carros, que é bem limitada, deixando apenas a opção de mudar as cores dos carros e alguns nem isso é possível. Hoje em dia, deveria haver uma maior preocupação com esse tipo de opção num game. Mas em compensação, há uma boa variedade de carros diferentes e cada um corre de um jeito. Jogar com o fusquinha é divertidão.
Bem, este post é apenas uma impressão inicial. Eu ainda quero destravar as classes de carros, tem o multiplayer que ainda não pude experimentar e ainda só habilitei dois dos nove mundos que o modo carreira possui, ou seja, ainda tenho muito pelo que explorar em Blur. Mas a minha impressão inicial foi ótima. É o que todo game precisa ser: dinâmico, equilibrado e acima de tudo, divertido. Realmente fiquei surpreso como as corridas ficam equilibradas com essa coisa de itens fixos nas pistas e como o jogo meio que implora para que cada missão do modo carreira pede para que se jogue mais de um vez, com a existência do “Fan Target” e do “Fan Run”, como requisitos secundários para se cumprir em cada corrida. E intercalar as corridas com outros tipos de gameplay impede que o game fique monótono. Gostei mesmo.
Fecho o post com o vídeo da primeira pista do game, alias note que antes do jogo começar, é exibido um rápido vídeo explicando como as coisas funcionam no universo da série. Ele vai aparecer várias vezes nas primeiras horas de jogo, mas sempre quebrando com gameplay, impedindo que fique irritante e ao mesmo tempo ensina com facilidade certas coisas importantes dos modos de jogo e gameplay.