Conheça Batman: City of Scars, mais um fan-film que mostra o verdadeiro Cavaleiro das Trevas!
A maioria dos bat-fãs com certeza já assistiu a Batman: Dead End, um fan-movie impressionante que foi produzido por Sandy Corolla. Inclusive eu já fiz um post sobre ele. Caso não tenha visto, recomendo que você veja Dead End naquele post e depois volte a continuar lendo aqui.
Bem, Dead End agradou muito, ao ponto de muitos o elegerem como o melhor filme do Batman já feito. E essa aceitação deve ter incentivado Asron Schoenke a seguir o mesmo caminho de Sandy Corolla , e o resultado é Batman: City of Scars.
City of Scars é mais longo que Dead End, embora seja também intenso. É um pouco inferior tecnicamente, mas conta com soluções criativas, como uma bat-moto adaptada que não ficou estranhamente bizarra como o Bat-Pod. A história segue uma linha mais tradicional, sem muitas novidades. Porém, é igualmente fascinante, apresentando um Batman ainda mais realista do que o Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan.
Um ponto muito interessante que podemos notar nos dois curtas é que neles o Batman não usa armadura, e sim um uniforme de tecido. Essa característica diferencia muito o personagem do Batman em relação às produções comerciais tradicionais.
Um Batman trajando um uniforme baseado em uma armadura blindada é algo que sempre me incomodou. Essa “modinha” teve início com Batman – O Filme, de Tim Burton. Na época, a justificativa do Batman usar uma armadura era que Michael Keaton era baixinho e magrelo, e assim sua presença física na tela não era boa. No início da produção, Michael Keaton até fez testes com uma roupa de tecido, mas realmente o resultado não foi satisfatório visualmente para Burton. A solução foi criar uma armadura para o herói. Assim, Keaton “cresceu” na tela.
Eu acho que o uso de armadura nos filmes do Batman é uma opção ruim, e as armaduras bizarras dos filmes posteriores dirigidos por Joel Schumacher tornaram o uso delas degradante no que diz respeito ao visual do Batman. Coisas como cores bizarras e coloridas, peitinhos e bundas delineados, máscaras sob olhos maquiados com lápis de olho e outras bizarras fazem do modelito usado por Adam West um uniforme menos cõmico!
Quando Nolan assumiu o novo reboot da franquia com Batman Begins, as primeiras imagens de divulgação nos fizeram acreditar que a idéia do uso de armadura fora deixada de lado, mas pouco tempo depois Nolan revelou que seus filmes também iriam se aproveitar desse subterfúgio. Por mais que a armadura tenha melhorada na sequência O Cavaleiro das Trevas, Batman nunca parece ágil durante os combates, e nem de longe se parece um lutador. Em Begins, o modo como a máscara era confeccionada impedia Christian Bale de virar o pescoço, para se ter uma idéia do nível do absurdo.
Tanto Dead End quanto City of Scars mostram que é possível fazer um filme onde o Batman usa um uniforme de tecido ao invés de uma armadura. Fica algo muito mais bonito visualmente, e o movimento do Homem-Morcego não fica “travado” como nos últimos filmes comerciais lançados.
Caramba, até mesmo se fosse feito um uniforme nos moldes do usado por Batman no jogo Arkham Asylum já seria um belo avanço, pois mesmo sendo um tecido reforçado ficou bem resolvido esteticamente, e o visual ficaria mais parecido com a versão dos quadrinhos, além de mostrar Batman desferindo golpes que sua contra-parte blindada nunca seria capaz de fazer. Lembro-me de uma antiga história que li onde Superman falava do respeito que tinha pela coragem do Batman em lutar com um uniforme comum, enquanto o kryptoniano, tinha o corpo protegido devido à sua condição super-humana derivada da exposição aos raios do nosso Sol amarelo.
Enfim, fica aí a minha campanha “Deixa de ser fresco, Bátima”, para que no cinema o Cavaleiro das Trevas encare suas batalhas como deve: de peito aberto; ou melhor, só com uma malha cinza e um morcego no peito.
Por sinal, o Robin iria adorar, Rá!