Estilo shonen de batalhas e uma premissa bem bacana da história nesse primeiro volume, que já promete esquentar as coisas no mês que vem! Vejamos tudo de bom que a Yellow Tanabe passou pra mim nessas primeiras 188 páginas de Kekkaishi! É depois do continue. 😉
As primeiras páginas são isso mesmo, Yoshi reclamando da vida de kekkaishi e tentando matar as ayakashis. “Kekkaishi” é algo como “mestre de barreiras”, e as lutas se dão com isso mesmo, barreiras. Houi para marcar o alvo, jouso para traçar a barreira em volta dele, ketsu para capturar, metsu para destruir e tenketsu para mandar os restos pro outro mundo através dos bastões que carregam.
5 anos depois
Como assim? Já tava tudo tão legal e de repente voamos cinco anos adiante? Gostei! Yoshi parou de reclamar e visivelmente amadureceu. Madarao também está mais parceiro e menos professor, e o clima é mesmo de um típico mangá da Shonen Jump (embora Kekkaishi seja publicado na Shonen Sunday). Como Naruto, parece que o Yoshi tem poder de sobra, digamos, “chakra” de sobra, e desperdiça ao fazer as barreiras gigantes, ao contrário de Tokine, que é mais eficiente e parcimoniosa. Gostei disso também, abre espaço para que ele aprenda técnicas fortes mais pra frente!
Nesse momento do volume, vemos pela primeira vez o ambiente escolar e os colegas de Yoshi. Ninguém sabe o que diabos é um kekkaishi, nem porque o “vagabundo” do Yoshimori dorme em todas as aulas. Ichigo em Bleach?
O amorzinho meio platônico por Tokine é divertido também, mas é mais como um ciúme pela amiga de infância que agora meio que o despreza e dá uns passa fora nele. É legal que, pelo menos por enquanto, Tokine realmente não demonstra o menor interesse por Yoshi, e como ele é pior que ela como kekkaishi, também não o admira. Apesar de que até se surpreendeu com o ataque suicida dele contra aquele Tsuchigama que enfrentaram.
E antes disso ainda teve aquele espírito humano corrompido que o Yoshi derrotou com mini kekkais colocadas em lugares específicos do corpo para ir explodindo! Achei genial! Do tipo, “ahá! Usando as kekkais para atacar!”; um poderzinho que me lembrou o ataque dimensional do mangekyou sharingan do Kakashi, em Naruto, porém sem efeitos colaterais e toda aquela dificuldade pra usar.
Ainda sobre esses capítulos mais atuais, não li nada porque quero evitar spoilers, mas os ataques tão bem impressionantes, fiquei animada com o futuro do mangá. E falando nisso, a deixa desse primeiro volume mostra uma mulher e uma enorme mão bizarra com o que parece ser uma carta, que segundo a legenda é para a Tokine, vinda da “misteriosa organização” Urakai. Hum… devem ser os inimigos!!! Pensei eu, e torço muito pra que seja algo estilo Akatsuki (Naruto) ou Ryodan (Hunter x Hunter). Por falar em HxH, o quadrinho de explicação de como usar as kekkais me lembrou bastante o jeito do Togashi de mostrar os novos ataques de nen.
Kekkaishi me surpreendeu positivamente, é muito gostoso de ler e acho que promete muito. No Japão ainda está em publicação (sem previsão de encerramento) e já foram lançados 29 volumes, sendo que os de número 19, 20 e 21 ficaram em terceiro/quarto lugar na lista dos mais vendidos no país. O mangá também recebeu o prêmio Shogakukan de melhor shonen em 2007.
Enfim… não é meu trabalho convencê-los a comprar, mas minhas impressões foram as melhores possíveis! A tradução também está do jeitinho que os puristas preferem: salvo engano, todos os termos originais foram mantidos, apenas deixando explicações no glossário (que ficou bem grande) ao fim do volume, e com os comandos das kekkais sendo acompanhados pela tradução, assim como a editora faz com os jutsus em Naruto. Ah, alguém aí viu o animê? Caso estejam se perguntando, ele cobre apenas os eventos dos primeiros 13 volumes, mas não sei se é bom/fiel, pois não assisti.
Kekkaishi é mensal, tem média de 200 páginas, custa R$ 9,90 e está sendo trazido ao Brasil pela Panini. Altamente recomendado!