Por Fabio Franco!
Kinect, o novo sensor de movimento da Microsoft, nem foi lançado e já é alvo de várias críticas. Após rumores de que o é necessário ficar em pé e a uma distância mínima de 2,5 metros do aparelho para que o mesmo funcione corretamente – o que sem dúvida o torna inviável para muitos gamers -, começou a pipocar na internet que, assim como a grande maioria dos homens, o Kinect prefere mulheres que usam roupas curtas e apertadas.
Não, caros leitores, este humilde concorrente a blogueiro estagiário que voz fala não está ficando maluco. É que, segundo o site GamerZines, uma mulher trajando saia longa passou por uma experiência frustrante ao tentar jogar Kinect Sports, pois o sensor de movimento do aparelho não conseguiu detectar suas pernas!
É claro que não há como saber se todos esses problemas de fato ocorrerão na versão que chegará às lojas no final do ano. Porém, nunca é demais lembrar que, um ano antes de formar parceria com a Microsoft, a empresa israelense 3DV Systems chegou a oferecer sua tecnologia de câmeras com sensor de movimento à Nintendo, que recusou o projeto devido ao alto custo de desenvolvimento e problemas de latência.
Não sou nenhum gênio de marketing, mas sei que nunca é bom colocar obstáculos entre um produto e seu público-alvo. E, se forem realmente confirmados, esses problemas, por si só, já limitam bastante os futuros usuários do Kinect a pessoas com bom preparo físico, amplo espaço em suas casas e dinheiro o bastante para comprar, no pior cenário possível, não só o novo periférico como também um Xbox 360 e, para aproveitar todo o potencial gráfico do console, uma TV de alta definição.
Após a conferência da Microsoft na última E3, ficou mais claro do que nunca que o público-alvo do novo periférico são os chamados “jogadores casuais”, e eu realmente duvido que muitos deles estejam interessados em investir tanto dinheiro num bundle de Xbox 360 + Kinect, quando podem ter experiências semelhantes no Wii por pelo menos metade do preço. De fato, faz muito mais sentido a estratégia da Nintendo, que optou por um produto final relativamente barato e compatível com praticamente qualquer TV para apelar aos não-jogadores e jogadores casuais na tentativa de expandir o mercado de videogames (e foi muito bem sucedida nisso).
Ainda há muito tempo até o lançamento oficial do Kinect, previsto para 4 de novembro deste ano na América do Norte -, e até lá muitos desses problemas podem ser corrigidos. Porém, não vai ser nenhuma novidade se a Microsoft realmente lançar um produto defeituoso no mercado, afinal de contas estamos falando da empresa que precisou de cerca de três anos e várias tentativas frustradas para lançar uma placa mãe para Xbox 360 que não sofresse problemas frequentes de superaquecimento – o que, segundo algumas pesquisas, chegou a afetar mais de 50% dos consoles fabricados.
Observação (Por Thiago): Primeiro peço desculpas ao Fabio, este post dele foi enviado na segunda, antes do anúncio oficial do preço do Kinect pela Microsoft e por isso o assunto não é citado na matéria, e o atraso foi porque o e-mail acabou caindo na caixa de spam do Portallos e só agora é que me dei conta, senão já o teria publicado antes.
Quanto ao anúncio do preço do Kinect (U$ 150), entre os bundles anunciados, não se preocupem, estou preparando alguma coisa para ser discutido aqui no blog neste final de semana. A Kotaku levandou pontos interessantes sobre valores e custos de todos os acessórios de movimento atual e eu quero mostrar algumas coisas por aqui, por isso não fiz um “post às pressas” sobre o assunto. 😉