Power Gig: Rise of the SixString entra na disputa com guitarra elétrica! [X360/PS3]
A disputa entre Rock Band e Guitar Hero existe e a tentativa de conquistar o mercado ganhou mais um concorrente proposto pela Seven45 Studios, Power Gig: Rise of the SixString. Quer dizer, já temos Guitar Hero e Rock Band, haverá espaço para mais um jogo que segue o mesmo estilo? Se Power Gig: Rise of the SixString fosse exatamente igual em termos de jogabilidade, o jogo talvez ficasse sobrando, mas não é o caso.
Sempre acreditei que os games tentassem recriar virtualmente a realidade com o propósito de obter uma arte de entretenimento. No entanto, há jogos que apostam em realidades que não seriam possíveis senão recorrendo ao mundo virtual – ainda bem. É louvável estimularmos a nossa imaginação e não apenas representar a realidade, mas também criá-la. Estou escrevendo sobre o grau de realidade de um jogo porque Power Gig: Rise of the SixString aperfeiçoou a jogabilidade, fornecendo instrumentos mais próximos dos reais utilizados pelos músicos. É ótimo termos uma guitarra com cordas e podermos utilizá-la como um instrumento para jogar, mas não tenho tanta certeza se a maioria dos gamers buscam por uma jogabilidade tão fiel à realidade física.
Power Gig: Rise of the SixString promete elevar a dificuldade de jogo do mesmo estilo de seus adversários no mercado. A característica que marca definitivamente a diferença é a utilização de uma verdadeira guitarra elétrica. Os músicos que queriam pôr as suas habilidades musicais à prova durante a diversão dos games podem ter sido escutados e terem recebido finalmente a oportunidade. Nos periféricos atuais não há como aprendermos a tocar, mas a agora a situação parece ter se alterado por completo. Já na última E3 o potencial do jogo foi comprovado, agora resta esperarmos pelo jogo para tirar as próprias conclusões.
O estúdio de desenvolvimento está constituído por profissionais que já trabalharam em reputadas empresas de desenvolvimento de jogos e ainda recebe o apoio da First Act, uma fabricante de instrumentos musicais. Não foi por acaso que a Seven45 Studios desenvolveu periféricos realistas para o jogo. Assim como nos outros jogos do estilo, haverá uma história, atuações, concertos e um conjunto de notas a serem executadas. A diferença estará no realismo que no modo avançado exigirá que o jogador ponha o dedo nos locais certos das cordas para executar as notas. Foi provado que não é impossível termos uma guitarra adaptada aos controles de X360 e PS3 com seis cordas, afinadores e necessidade de palhetas para jogar!
Para além da guitarra, o jogo também trás um microfone e uma bateria. Infelizmente, a bateria entra em completa desarmonia com a ideia da guitarra. Digo isso pela simplicidade e falta de semelhança com uma bateria de verdade. O periférico consiste em quatro pratos com sensores de movimento que captam o as baquetas em movimento, levando o jogador a mover as baquetas no ar. Achei iso um pouco decepcionante pela falta de realismo, a aparente aposta principal do jogo.
O sucesso no jogo não exige que o jogador saiba tocar os instrumentos. Existe modos de jogo para os diferentes jogadores, deixando o jogo acessível tanto para quem nunca utilizou uma guitarra antes como para um músico profissional. A dificuldade e o realismo tornam o jogo em um desafio maior, mas acessível.
Mas será que os gamers estarão à procura de tanto realismo em um jogo deste género? Algumas vezes o realismo aliado à dificuldade excessiva pode pesar negativamente, até mesmo porque os jogadores buscam em um jogo, acima de tudo, diversão. Se o realismo excessivo interferir com a diversão, ele poderá ser destrutivo. Por outro lado, jogos que ousam criar uma dificuldade elevada mas capaz de motivar a jogabilidade atingem um maior público. A vantagem de Power Gig: Rise of the SixString é permitir a aplicação de conhecimentos musicais durante o jogo, atraindo principalmente, mas não exclusivamente, os músicos. Quem não souber tocar, terá que aprender ou jogar em um modo acessível e mais fácil. De qualquer modo, o jogo promete qualidade.
Há jogos realistas e divertidos, uma coisa não exclui a outra. Mas se o realismo for excessivo e aliado à uma dificuldade muito elevada, poderá isso ter algum impacto na diversão? Se o realismo estiver nos periféricos de forma equilibrada como parece estar em Power Gig: Rise of the SixString, tenho certeza que isso será uma boa aposta.
EDIT (por Araphawake): Quando faço referência ao estilo de Rock Band, considerei os instrumentos utilizados até agora, sem incluir Rock Band 3 que terá uma guitarra do mesmo género. Tanto Rock Band 3 como Power Gig serão lançados em Outubro.