Histórias do Vol. 10 de Clássicos da Literatura Disney! [Cruzadas] [MdQ]

Ahh, esqueçam, não vou conseguir colocar a leitura da coleção Clássicos da Literatura Disney em dia tão cedo, quando a coisa descontrola já era. Isso que dá acompanhar uma porrada de mangás e HQs mensalmente. Nem as edições regulares dos quadrinhos Disney de julho eu li ainda. Vou continuar tentando, mas enquanto não consigo, vou soltando os reviews e os posts de fotos dos volumes sempre que possível. Alias o post com a prévia do volume 12 só não foi ao ar hoje porque as fotos ficaram num outro PC, amanhã sem falta eu o faço.

Mas vamos brincar um pouco. Para quem está comprando a coleção CLD toda semana regularmente, em quanto tempo vocês conseguem ler os volumes? Eu nunca fui um leitor daqueles que devoram um revista numa só tapapa, sabem? Eu gosto de ler aos poucos, a menos que eu não tenha nada para fazer, o que é sempre raro de acontecer, aí eu coloco a leitura em dia, do contrário, a minha leitura acaba sendo em doses homeopáticas. Em geral leio as páginas de documentários da edição, para ficar por dentro do contexto literário do volume. Aí paro, em geral só tenho um tempinho por dia para ler algo, então a continuação fica para o dia seguinte. Aí no dia seguinte eu leio mais uma história, dependendo do tamanho dela, até leio duas. Como a coleção às vezes tem histórias de 20/30 páginas, eu consigo ler duas, mas algumas na coleção tem 50 à 80 páginas, destas, só uma por dia mesmo. Nisso, lá se foram de 3 a 4 dias para ler todo o volume. Parece uma tortura, né? Não sei porque não leio tudo de uma vez. Como vocês fazem? Com mangás meu ritmo é um pouco diferente, geralmente leio por capítulos, de 4 em 4 mais ou menos. A menos que a saga seja boa, já que mangá é que nem novela, a história uma sequência só. Já as edições regulares leio metade num dia e metade no outro, também não curto acabar a edição numa tapada só.

Enfim, vamos à lista das histórias:

Donald Furioso
História produzida em 1966 (Inducks)
Roteiro e desenhos de Luciano Bottaro

64 Páginas
HQ inédita no Brasil!

Tio Patinhas em A Lâmpada do Paladino
História produzida em 1990 (Inducks)
R
oteiro e desenhos de Giorgio Bordini
21 Páginas

HQ originalmente publicada no Brasil em:
* Tio Patinhas 309 1 (1991)

Donald em Patópolis Libertada
História produzida em 1967 (Inducks)
Roteiro de Guido Martina
e desenhos de Giovan Battista Carpi
67 Páginas
HQ inédita no Brasil!

* Donald Furioso: Neste volume, voltamos duas vezes para as histórias italianas da década de 60. Aqui na história que abre e na que fecha o volume. Quase 70 páginas cada uma das história. Mas em relação a primeira história alguns momentos bem enrolados. É legal ver aquela personalidade de Donald explodindo ao final da história, uma característica típica do personagem, mas o percurso que o leva a isso é demorado demais.

Acredito que até dá para dizer “tudo não passou de um sonho” e por isso certas reviravoltas e situações da história ficam com aquela sensação de falta de eixo, mesmo que tudo tenha sido orquestrado pela bruxa Vanda. Achei que ficou estranho a Margarida acabar ficando com o Gansolino, mesmo que essa seja a deixa para deixar Donald fora de seu juízo normal. E aquele final, com a viagem à lua é fantasia demais pra minha cabeça. Soma-se isso ao fraco traço da época em que a história foi feita e o resultado não me agradou muito.

* Tio Patinhas em A Lâmpada do Paladino: A segunda história do volume continua nesse ritmo de situações irreais e na linha “tudo é um sonho”. Porém ela é mais curtinha, o que deixa o ritmo dela muito mais divertido de se apreciar.

Chega até a ser curioso como o Patinhas do sonho consegue até o último minuto vencer todos os desafios sem deixar que a luz do “lampião” se apague frente à todos os desafios que surgem em sua jornada até o tesouro, o que alias combina com o personagem. A mensagem ao final sobre o perigo que uma vela pode causar também é verdadeira, alias quando comecei a ler a história pensei nisso, no perigo que existe dormir lendo com a vela pregada no livro. Não sabia que isso ia ser levado à sério no final da história. Mesmo que hoje em dia não deve existir muitas pessoas que lêem livros com qualquer objeto como uma vela ou um lampião, alias eu nuncas vi um treco como aquele que o Tio Patinhas usou na história. Tio Patinhas é tão muquirana que nem mesmo compra um abajur pra si. A participação de Brigite também me agradou, eu gosto da personagem, está certo que o Tio Patinhas tem aquela queda pela Dora Cintilante das histórias de Barks, mas a Brigite me parece uma personagem bem mais “real” nas histórias do que a Dora, que é mais uma daquelas paixões passageiras da juventude.

* Donald em Patópolis Libertada: Cheguei à última história. Já mencionei aqui o quanto gosto de ver Donald e Mickey interagindo numa mesma história. Apesar de que assim como as duas primeiras histórias do volume, tem muita coisa viajada aqui também, como o Mickey e o Pateta “dirigindo” um Dragão. Quanto à Patópolis ser dominada pelo Bafo e Metralhas, é um enredo interessante, ver como Mickey e Donald resolveram o problema de entrar na cidade, que estava protegida por uma cúpula invisível inventada pelo Pardal até que não foi ruim, melhor mesmo foi o Donald chutando pra longe o papagaio robô do Pardal que ia explicar toda a situação. Rá! Esse sim é o Donald que conhecemos. A história certamente tem muito por a ver com literatura e é totalmente surreal, como mencionei, mas ainda assim tem uma dinâmica toda fantasiosa, como era marca dessa época em que foi feita nos quadrinhos da Disney.

Dentro dos padrões da coleção e de limitações, acredito que este volume tenha sido bacana. Muita fantasia e situações fora do comum, não dava por exemplo para estas duas histórias da década de 60 serem publicadas nos gibis de linhas atuais, só mesmo aqui. Por isso, com certeza é uma edição válida.

Créditos das imagens das páginas acima ao hotsite da Abril para a Coleção. 🙂

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