Sexo com robôs, criação do universo, Da Vinci, teoria da evolução e mais Futurama! (6×03~09)
Futurama: Ano 6, Episódios 03 à 09! Foram exibidos nos EUA entre 01º de Julho à 12 de Agosto:
6×03 – Attack of the Killer App!
6×04 – Proposition Infinity
6×05 – The Duh-Vinci Code
6×06 – Lethal Inspection
6×07 – The Late Philip J. Fry
6×08 – That Darn Katz!
6×09 – A Clockwork Origin
Enquanto isso no Brasil: Ainda não há previsão da estréia da novíssima temporada de Futurama por aqui. Atualmente é o canal Fox que eventualmente reprisa alguns velhos episódios de temporadas passadas.
Aviso: Continue apenas se você já assistiu aos episódios 6×03~09 de Futurama. Haverão spoilers!
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Attack of the Killer App!
Fazendo mais um PdS sobre a nova temporada de Futurama, que está em exibição apenas nos EUA por enquanto. Sei que comentei que faria de dois em dois episódios, peço desculpas por isso. Mas foram tantas idéias interessantes que não podia deixar nenhum episódio sem comentar por aqui. Alguns foram fracos outros geniais. Esta nova temporada de Futurama tem sido uma montanha-russa, mas ainda assim a qualidade do show vem mentando o mesmo padrão de qualidade que os fãs, como eu, curtem.
Sobre o terceiro episódio, a história brinca com pouco com uma paródia sobre o futuro da Apple, pela visão das indústrias da Mamãe, a mesma que controla praticamente tudo relacionado a tecnologia dentro da série. Gostei bastante deste episódio e ainda mais da idéia dos roteiristas para aparelhos de redes sociais como twitter, you tube e afins. Seria realmente muita loucura ter um negócio assim enfiado dentro dos olhos. Quando o Fry foi congelado no ano 2000 não havia muito das redes sociais, que ainda estavam engatinhando, assim como a própria internet, então deve ser por isso que os produtores não se preocuparam em mencionar sobre o passado dessa tecnologia e sim em adaptá-la ao mundo do ano 3000.
Também gostei da idéia do “planeta lixão” e dos seres que vivem lá. E o programa continua investindo um pouco no relacionamento de Fry e Leela, que é um elemento novo na série. No fim, foi um episódio bacana, daqueles onde ficamos imaginando como seria legal se a tecnologia realmente evoluisse a tal ponto.
Proposition Infinity
O quarto episódio da temporada na minha opinião foi o mais polêmico até aqui. Mesmo que não tenha sido muito engraçado. Na verdade a Amy não é uma das minhas personagens favortitas na série. As piadas com ela são sempre as mesmas, ou com o relacionamente dela com Kiff ou com seus pais “cowboys” de Marte ou de promiscuidade. Gosto de Futurama pelo teor futurísco mesmo da série e a Amy difícilmente entre nessa idéia do show, mas neste episódio ela faz uma parte importantíssima da trama, ao começar um relacionamente, mais sexual do que amoroso, com Bender. E aí rola todo aquele debate de humanos e robôs e de preconceito que são temas universais, acredito que estas coisas sempre existirão.
Um episódio bacana nesse sentido, de mostrar as indiferenças de seres. Bender como sempre está ótimo nesse episódio. Alias note que nesta temporada o Bender começa a ter muito mais atenção do que o próprio Fry, que deveria ser o protagonista principal da série, onde deveriamos ver o futuro pelos seus olhos, mas na realidade, em alguns episódios da temporada, ele mal aparece. Detalhe para a cena no Planeta Tornado nesse episódio, que ficou muito bacana, assim como efeito onde o tornado some dentro da cúpula, a aparece Bender e Amy rodando (imagem acima).
Este é um daqueles episódios que mostra que Futurama não é realmente um desenho para crianças e que o tom da série está bem mais adulta. Ah, apesar da trama do episódio, fiquei satisfeito que o relacionamente de Amy e Bender não tenha durado mais do que isso, e que a personagem tenha voltado ao Kiff. Apesar dos pesares, gosto deles como um casal.
The Duh-Vinci Code
Parádio de O Código de Da Vinci, um pouco já tarde para isso, mas como Futurama não existia quando o livro e o filme explodiram, não acho ruim que os produtores tenham só agora a oportunidade de brincar com o tema. Leonardo Da Vinci está vivo! E vive num planeta cheio de nerds! Essa é boa. O primeiro ato desse episódio, com o robô San Tiago e com Fry, Bender, Leela e o Professor Farnsworth procurando pistas para a solução do enigma deixado por Leonardo ficou muito engraçado. O segundo ato nem tanto assim, na qual Da Vinci se revolta contra seu planeta natal, não sei dizer o porque, mas não fiquei muito impressionado na história, mas o visual da cidade de Da Vinci estava dentro do padrão de qualidade da série.
Ah e foi bacana a série tem mostrado a Itália no futuro. Nem me lembro se Futurama já havia mostrado outras partes do mundo, além de regiões dentro do Estados Unidos, mas foi uma boa idéia, pois há ainda muitos lugares na Terra onde os roteiristas não mostraram exatamamente como estão.
Lethal Inspection
Este e o próximo episódio são, até então, um dos meus favoritos até agora nesta sexta temporada. Praticamente um episódio inteiro com Bender e Hermes atrás do inspetor que aprovou o “selo de qualidade” em Bender. Episódio engraçado, com uma trama que junta elementos passados da série, em especial essa coisa de ser um burocrata no futuro e sobre a própria personalidade de Hermes. A cena com o “cubo-escritório” que gira na vertical e na horizontal posicionando os cubílicos dos burocratas ficou muito louca.
Gostei também da idéia de que Bender não é imortal, e que a sua unidade de backup não existe. A cena onde ele está no México e entra em desespero porque tem que passar a lidar com a morte ficou muito boa, passando o sentimento necessário, mesmo que seja uma animação de comédia. O fim, com a revelação de que Hermes era esse burocrata que aprovou “Bender-Bebê” foi genial. Eu não tinha sacado essa idéia antes da musiquinha tema começar e o flashbakc surgir.
Um episódio fabuloso, brincou com o passado, voltou a mexer com burocratas, teve a Mamãe perseguindo os dois, perseguição em cima de um trem, México e muito Bender, que parece mesmo estar se tornando a estrela principal da série, que antes pertencia ao Fry, conforme mencionei mais acima.
The Late Philip J. Fry
O que eu gostei deste episódio é a genealidade na qual os roteiristas explicam o fenômeno do universo, assim como mostram o futuro em milhares e bilhares de anos à frente do próprio milênio 3000. Não sei se foi uma paródia proposital com aquele filme A Máquina do Tempo, onde o protagonista avança para o futuro tentando achar uma resposta para a morte de sua paixão, e também acaba encontrando uma civilização super avançada e depois uma em frangalhos. E é mais ou menos isso que acontece em Futurama, o Professor Farnsworth inventa uma máquina que só avança para o futuro e assim eles começam uma jornada para o fim do universo.
Isso porque eles só iriam para um minuto no futuro, mas claro que algo daria errado. Eles veem vários futuros, na esperança de que em algum tempo mais à frente, alguém tenha inventando uma máquina do tempo, até que avançam demais e com isso encontram a extinção da raça humana. A Idéia desse meio tempo de mostrar Leela e os outros empregados da Planet Express tendo sucesso a mais de 30 anos à frente da cronologia da série dá um chamer único a este episódio.
Por fim, achei o máximo a idéia de que se for além do fim do universo, o que vem a seguir é o recomeço de tudo, como se o ciclo da vida fosse um estrada circular. Bastou que eles avançassem até o fim do universo para ele recomeçar novamente e estacionarem no ano 300o. Além de novamente brincarem com aquela idéia de paradoxo temporal. Bender enterrando eles mesmo no final do episódio foi engraçado. E aqui novamente tem o relacionamente de Fry e Leela em uma certa perspectiva. A mensagem que Leela deixa na caverna para Fry foi um toque ótimo para ligar as duas tramas em paralelo.
That Darn Katz!
Já este episódio foi um dos mais fraquinhos até agora. Achei ridículo a idéia dos gatos tentando roubar a energia rotacional da Terra para moverem seu próprio planeta. E Amy e Nibbler, que novamente volta a falar. Dentro da idéia de Futurama, acho bacana que os roteiristas tentem encaixar a idéia de que Nibbler, apesar de ser um ser dotado de raciocínio, gostar de ser o bichinho de estimação de Leela, o que eu não gostei mesmo foi da história deste episódio, muito boba essa história dos gatos.
E as piadas foram bem fracas, apesar do tema de ficção desta episódio, sobre a rotação da Terra e de que poderiamos aproveitar desta energia como fonte de energia para outras necessidades do planeta, bem interessante. Amy fica mais séria neste episódio, mas ainda assim não acho ela tão bacana quando Fry, Bender ou Leela.
A Clockwork Origin
E mais ciência dentro da história de Futurama, desta vez sobre a Teoria da Evolução de Darwin. Inteligente e interessante, mas não vence o episódio do fim do universo que comentei mais acima. A idéia de nanos robôs evoluindo e criando “vida” num planeta e de forma acelerada foi um boa idéia, e as piadas com os personagens vivendo como homens das cavernas idem. Mas ainda assim, achei a trama um pouco óbvio e sem aquela criatividade que Futurama tem.
Ao menos o Dr. Zoidberg ganhou uma trama paralela. Gosto desse personagem e ele sempre fica em segundo plano, e nesta temporada ele não anda aparecendo muito. Até Amy teve mais destaque do que a lagostona da série. Mas o episódio tem mais três elementos que gostei, a cena da escavação, que possui boas piadas, a cena do julgamento feito no planeta robô, com Bender como advogado e como os robôs evoluiram no fim, num estado acima da consciencia física. Interessante o conceito, apesar de que duvido que a evolução chegue a isso. Mas esse é o legal de Futurama, a imaginação e a insinuação do Futuro sem limites, onde tudo é possível.
Futurama, no fim, continua ousada, polêmica, criativa, original e engraçada. Não tem como não curtir!
Com isso, ainda não estamos exatamente no meio do temporada, continuo empolgado e mal vejo a hora desta temporada ser lançada em Blu-Ray, pois o traço e os efeitos 2D computadorizados estou muito superiores as temporadas passada. Vai ser ótimo tê-la na coleção. É isso pessoal, até daqui alguns episódios. Vou tentar não acumular tantos assim de um única vez. 😉
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