DGM, vol. 11, continua a saga da destruição da arca de Noah, onde a trupe de Allen Walker chegam em mais uma nova sala e novos inimigos surgem para impedir que eles continuem. Maiores detalhes e opinião, após o continue!
D.Gray-Man – Volume 11 – Palco Escarlate!
Como disse no começo, este volume dá continuidade a saga da destruição da arca de Noah, mas nada da deixa do volume passado é revelado aqui, ou seja, não sabe-se ainda o que diabos aconteceu com o Kanda e não é o objetivo do volume responder a isso, agora a história segue seu rumo mostrando Allen, Lenalee, Krory e Lavi chegando à próxima sala e com isso o embate inevitável com mais membros da família Noah, desta vez, Jasdero e Devit, dois personagens que já haviam aparecido antes, mas estavam caçando o mestre de Allen, o Cross Marian.
Alias uma coisa que ainda não entendi nesta saga é porque diabos o Conde do Milênio armou tudo isso para que os exorcistas ficassem presos dentro da arca e logo depois, ao invés de deixá-los lá, o pessoal da família Noah fica se intrometendo, alias porque eles estão dentro da Arca, arriscando a possibilidade de terem suas existências apagadas. Tudo bem que o Tyki entregou uma pista e um dica aos exorcistas, em relação as portas e chaves, mas quem garante que eles achariam a saída antes da destruição caso os Noah não se intrometessem? Não sei, pra mim esta saga é puro entretenimento, não tem muito razoabilidade de história. Está sendo útil para vermos a força dos exorcistas, que os Noahs podem sim morrer e mais sobre a personalidade de cada um, tanto é que o volume começa com Tyki, Jasdero, Devit e Road chorando pela morte de Skinn, que lutou com Kanda no volume anterior. Como o Conde não tomou ciencia do que está rolando dentro da Arca? Pra mim o objetivo desta saga ainda não foi corretamente explicada. Não que ache isso ruim, pelo contrário, este volume mesmo foi sensacional ver Allen e Krory, assim como a habilidade de Lavi, mas já comento sobre cada personagem daqui a pouco.
O volume dedica-se inteirinho a chegada e a saída dos exorcistas através de uma única sala/porta. Será que os próximos volumes serão assim? Bem, quanto a Jasdero e Devit, que depois a frente se transformam em Jasdevit, putz, que personagem irritantes! Claro que é meio proposital essa personalidade de moleques esquentadinhos que se acham, mas acho que devo ser tão velho quanto o Krory, pois assim como o personagem ficou irritado com a atitudes dos pequenos vilões, tive o mesmo sentimento. Eles realmente são irritantes, mas possuem uma habilidade muito diferente e divertida dentro da idéia de um shonen. Deixar os personagens cegos hoje em dia não é algo tão brilhante assim, mas a idéia de materializarem o que quiserem é brilhante, as possibilidades são grandes e dentro deste volume, eles usaram bastante coisas diferentes.
Também faço um elogio ao humor do volume, que está em maior quantidade que o anterior. Só podia ao juntar o trio Allen, Krory e Lavi. A revolta do Allen quando a duplinha de vilões cobram deles as dívidas que Cross deixou em nome deles foi ótima, alias a cena em que Road toma conhecimento disso e cai de rir no chão também é muito engraçada. Cross deve ser uma figuraça, espero que futuramente ele participe mais ativamente no mangá.
Mas quem merece a estrela da edição é mesmo Arystar Krory. Muito bom vê-lo em sua melhor forma. Pegando os pequenos Noah desprevinidos, trabalhando em parceira com Allen para acertá-los enquanto estavam invisíveis, e se sacrificando pelo grupo. Um exorcista realmente mostruoso. A parte que ele sai correndo pela parede de livros é incrivelmente engraçada, ao mesmo tempo que você torce dentro do clima de batalha! E Krory toma muita porrada neste volume, principalmente quando Jasdevit aparece. A idéia do sangue na garrafa foi interessante e a cena da última, quando não se sabe quem irá pegá-la é totalmente tensa, quase gritei “PEGA” com o próprio mangá (é normal gritar com coisas inanimadas não? nunca gritou com a TV ou o videogame?). Allen também mandou bem como suporte, mas a verdadeira luta mesmo foi de Krory. Pena que o final dela tenha acabado do jeito que acabou. Passei a respeitar muito mais o personagem depois deste volume do mangá, até então só o achava meio engraçado. Agora sei que é um exorcista muito legal e no tom perfeito de humor para sua personalidade.
Também gostei muito da atitude de Lavi e até mesmo da rápida colaboração dele na luta. O seu martelo gigantesco cria quadros e angulos bem impressionantes dentro do mangá, mas o que gostei mesmo foi essa face de “bookman” em Lavi, quando ele se reune no centro da sala para encontrar a verdadeira chave da portae em meio a milhares de outras falsas. Incrível o turbilhão e a autora criou uma situação de climax, onde Jasdevit não pode ser derrotado antes que a sala seja destruida, e Allen e Krory precisam segurar os vilões, enquanto Lavo procura a chave. Perfeita forma de se trabalhar com múltiplos personagens.
Outro momento que merece um pequeno destaque é a cena de resgate de Lenalee pelo Allen. O clima romantico entre os dois só aumenta. Não sei o que esperar desse relacionamento. Estamos falando de mangá, então ou a coisas vai ficar enrolada, ou algo tramático irá acontecer. O protagonista do mangá não vai ter um final feliz enquanto a história continuar. Mas que a autora trabalha cada vez mais nestes sentimentos e com isso os personagens crescem, é realmente uma ótima idéia. Quanto comecei a ler D.Gray-Man, em nenhum momento pensei em Lenalee com o Allen, nem imaginava tal interessa romantico.
Outro ponto que merece muitos elogios são as páginas extras do mangá, um dos mais recheados e completos da Panini atualmente. Freetalk colorido, as páginas extras ao final de cada volume são histórinhas extras dentro da história e de bastidores da produção do animê, na contra-capa do volume tem outro quadro em formato tira da autora e ainda o capítulo extra comédias da vida privada de D.Gray-Man, uma espécie de autobiografia da autora, Katsura Hoshino, que é muito engraçado mesmo, inclusive a forma que a mesma se retrata nas páginas de mangá. Dá de 10 a zero colecionar um mangá com tantos extras assim, um incentivo sensacional aos japoneses para ler o volume encadernado e não ficarem apenas na Jump com os capítulos avulsos. Todo autor de mangá deveria ter esse carinho e cuidado com sua obra. Parábens a Panini também que encaderna tão bem a versão nacional, trazendo tudo isso para cá.
Palco escarlate melhorou muito o ritmo da história do volume anterior, o traço fico mais condizente com o que eu espero da série e agora mal posso esperar pelo volume 12. Krory morreu? Allen & cia chegaram a próxima sala? Jasdevit irá perseguí-los? Não gosto muito de chutar eventos futuros de mangás encadernados e lançados por aqui, porque sei que muitos acompanham pela internet e ficam tentados a spoilar (não façam isso), mas eu ainda não acredito na morte de Kanda ou Krory. Pra mim é mais um clichê de mangá, idem aos clássico as doze casa dos cavaleiros de ouro em Cavaleiros do Zodíaco, no fim, todo mundo, menos o principal, caiu, mas no fim, tudo se dá um jeito e ninguém morre. Acredito que D.Gray-Man vai rolar a mesma coisa. MAS quem sabe não me conte. Deixa eu ter a surpresa de descobrir sozinho lendo os próximos volumes. XD
Fico por aqui! Até o próximo MdQ!