Animê: Ga-rei Zero! Amor, amizade e muito sangue! (Recomendação)
Desde de que vi esse animê em 2009, sempre quis escrever um texto sobre ele, afinal ele merece. Criado como um prólogo para o mangá chamado Ga-rei, Ga-rei Zero mostra o relacionamento entre Kagura e Yomi, e como tudo levou ao estado em que as coisas se encontram no começo do mangá. Para os que não leram o mangá (assim como eu na época) não há problema. O animê se auto apresenta muito bem, e como se trata de um prólogo não há como se perder.
A história conta sobre um órgão de governo responsável pelo controle de criaturas e eventos sobrenaturais. Yomi e Kagura são membros de duas famosas famílias de exorcistas, e logo após a morte da mãe de Kagura ela é levada para viver com a família de Yomi. Juntas elas trabalham no órgão de combate a eventos paranormais e criam um grande laço de irmandade.
Continue lendo para ver todos os motivos de minha recomendação de Ga-rei Zero!
Ao começar a ver o animê, de cara eu já levei um grande choque. Os dois primeiros episódios são nada mais que o décimo episódio, onde se encontra o clímax, visto de um outro ângulo. A partir do terceiro episódio a história volta alguns anos e mostra os acontecimentos que levaram aos dois primeiros episódios.
É incrível como o animê consegue fazer com que nos apaixonemos pelo seu “vilão”. No final, tudo o que queremos é que Yomi tenha um final feliz, porém desde o primeiro episódio já sabemos que isso não irá acontecer. A apresentação do final logo no começo do animê nos faz agonizar a cada momento do desenvolvimento do relacionamento de Yomi e Kagura. Saber o que acontecerá no final, aliás, foi uma grande sacada dos produtores para prender, não só os fãs do mangá, mas também os espectadores de primeira viagem, além de aumentar um pouquinho o nível de drama durante a série.
A estrutura do animê pode gerar alguns problemas para os fãs mais radicais de shounen. Ga-rei Zero não é um animê puramente de lutas, assim como não é um animê puramente de desenvolvimento de personagens. No começo e final a ação é predominante, mas no meio da série não espere muitas batalhas épicas.
Por falar em batalhas épicas, as lutas são um show à parte. A animação é muito bem feita, e somada à extrema violência, exagero de sangue e tensão dramática imposta durante a série, a torna portadora das melhores batalhas que já assisti em animações. É claro que também devo comentar sobre o armamento usado pelos personagens. Além das comuns espadas e pistolas, também somos presenteados com batalhas de furadeiras, maletas, e até mesmo um ferro de passar roupa carregado de água-anti-demômio que é usado para combater fantasmas e zumbis. Isso sem falar da fantástica katana de Kagura que usa o impulso de uma pistola para fortificar o corte da espada (sim, eu quero uma pra mim). Outro elemento das batalhas são as invocações. Ambas as famílias possuem demônios que invocam para as ajudarem nas lutas. Ranguren, o demônio da familia da Yomi, é invocado através da espada de Yomi, já Ga-rei, o domônio da família de Kagura (daí o nome do animê), é invocado a partir de um selo nas costas de seu portador.
Como em qualquer shounen, Ga-rei Zero também traz uma dose exata de humor, que cai perfeitamente para descontrair a parte mais parada da série. Geralmente usadas nos personagens secundários que por sinal não são muito trabalhados durante o animê. Porém a comédia não é nem de longe predominante. Muito pelo contrário, o drama é o principal foco. E mesmo na batalha mais esperada do animê você torce para que tudo consiga ser resolvido sem lutas e ferimentos.
Mortes também é algo comum por aqui. Não que isso as torne irrelevantes. Cada uma traz um peso grande na série, talvez pela forma violenta que ocorrem ou pela carga emocional que cada cena de morte trás. A cena entre Yomi, Noriyuki e Kazuki no décimo episódio é uma das mais emotivas que já vi em séries e animês. E olha que esse nem é o centro dramático da série.
“Você mataria alguém que ama, por amor?”. Com esse slogan, Ga-rei Zero nos trás, em 12 episódios, uma das mais belas obras do formato. Caso esteja procurando algo com um final feliz, este certamente não é o que você deveria ver. Caso você não se importe com isso e goste de um bom drama com boas lutas, armas, espadas e invocações, vale a pena dar uma olhada!
Veja a abertura logo abaixo (eu adoro essa música!):
Vale lembrar que existem duas versões do animê. Uma censurada (que foi ao ar na TV) e outra não censurada que foi liberada em DVD. Porém a censura é mínima, há somente alguns borrões amarelos em cima das cenas mais violentas e não chega a estragar o animê.
Agora me deem licença que escrever sobre o animê me deu vontade de reassisti-lo.
assisti esse anime e assistirei de novo! depois que comecei a conhecer o relacionamento entre Yomi e Kagura, saber o que as esperavam ao ver os ep 1 e 2 me deixou com o coração na mão! E realmente, isso foi genial por parte dos produtores! ~isso mexeu comigo mais até que a morte de Yusuke Urameshi em Yu Yu Hakusho de cara no 1º ep~ :'(