O primeiro capítulo, apresenta as mesmas coisas que a maioria dos Shonens mostram: Sonhos, apresentações, um pouco de sangue, e o objetivo principal da série. É interessante pois no início vemos um ponto de vista de um garoto fraco, tímido, típico do estilo, mas na verdade logo descobrimos que este não é nosso héroi, mais sim o que aparece logo depois, como o título do primeiro capítulo exemplifica, um nerd ruivo. Manabizaki Kyo é bem badass no estilo de figurões como Ichigo, mas uma coisa de novo é mostrada o personagem “mais forte” do mangá é um nerd!
A palavra Swot é usada com o sentido de nerd. E me veio a cabeça, será que tem coisa mais apelona? O personagem é fortão e ainda sabe pensar? Até pensei, como foi mostrado no início que ia ser muito sem graça esse tipo de personagem, mas as coisas realmente melhoram depois.
Depois do continue, saiba mais e veja uma avaliação pequena sobre o que a série mostrou até agora!
Manabizaki, o protagonista real, é muito egoísta, e o principal motivo de ter entrado na temida Skeleton high, a escola que se destaca por mais da metade dos alunos serem delinquentes, pois achava que a mesma tinha uma boa aprovação na Toudai, que pra quem não conhece é uma das melhores faculdades do Japão. Apesar de meio batida a piada, Rosario+Vampire possui uma semalhante para justificar a entrada de seu protagonista na escola de youkais, me arrancou um sorriso, mas o que realmente me fez rir foi o sonho do rapaz: construir um disco voador funcional! Rá!
Gosto muito desses sonhos bizarros para protagonistas, como por exemplo o sonho de Yoshimori do mangá Keikkashi de construir um castelo de bolo, e da uma pitada boa de humor recorrente que pode ser usado ao longo dos capítulos pelo autor, que aliás são geralmente boas. O mangá possui um humor semelhante ao de One Piece, bem estilão japonês mesmo. Iwashida, o guri que usa um capacete de proteção está sempre fazendo uma piadinha sobre Kyo e sua paixão óbvia por Hasuno. Gostei bastante também da piadinha da prova! Largou uma prova para salvar sua amada? e só tirou 8 ao invés de 10! Nesse ponto acho que o mangá está na medida tem um humor bem adequado que não é forçado, mas um mangá Shonen não vive de piadas, certo?
Hasuno entra na história cumprindo seu papel de “musa do mangá”, além disso se mostra uma ex-delinquente, e logo puxa o gancho para o 2° capítulo. Agora além de estudar para cumprir seu sonho bizarro o mangá parece entrar nos eixos shonens, com a meta de acabar com todos os arruaceiros da escola para que possa estudar em paz. O mangá realmente é precário nos dois seguintes capítulos, mais umas batalhas e a principal contra um sujeito com um bastão com uma cruz em cima.
O one-shot previamente publicado na Jump apresentou algumas mudançascomo os cabelos de Manabizaki e de Iwashita. Algumas pessoas até andaram reclamando que prefiriam as cores antigas, mas eu sinceramente acho que ficou menos gritantes, pois o cabelo de Manabizaki por exemplo era branco, eu não havia gostado muito, mas gosto é gosto!
SPOILERS! Continue apenas se você já leu todos os 11 primeiros capítulos!
A entrada de um rival, outra necessidade shonen, não mostra nada de novo, mas sem dúvida o mangá começa a aquecer suas engrenagens, assim esperava, para começar realmente com o objetivo definitivo do mangá, aquele que rege a história principal. Até este ponto temos uma história semanal com cara de oneshot, eu realmente li sem motivação além do belo desenho de Naoya, e as piadas sempre mantendo um bom nível.
Yamikura Koori possui um design bem com a cara de vilão maléfico, e arruaceiro de gangue ainda mais com aquela bandana preta! Gostei muito do estilo do personagem, porque afinal, se é shonen tem que ter uma espada né? Afinal estamos no Japão, em que seus maiores guerreiros das eras antigas, na épocas dos Damiôs, senhores da guerra, dominaram as terras à sua volta, e defenderam suas próprias. Ele é o primeiro personagem a apresentar algo mais, digamos assim, sobrehumano, e gostei realmente do rumo que a série começou a se encaminhar pois aquelas lutas estilo mais real depois de um tempo ficam sem sal, e sem novidades…
É perceptível que SWOT não nos apresenta nada de novo, é o que podemos chamar de shonen instantâneo, a história nos leva a este caminho. Difícilmente fui incentivado a continuar a ler a série, pela sua história bem batida e fraca. Outra coisa que já comentei superficialmente acima, são os traços de Naoya, que eu particulamente gosto muito, são traços típicos de mangá, e muito parecidos com os de Bleach, que aliás é uma das únicas coisas que mantiveram o padrão da série, e sim me refiro as duas supracitadas.
De certa forma foi interessante a luta de Manabizaki depois que ele foi enganado por um suposto amigo de Hasuno. Mas a real importância do capítulo foi a luta de Manabizaki vs Yamikura, que serviu para o autor demonstrar a igualdade entre os dois e o modo de vida “samurai” do lado de Koori, que vive para lutar, são as lutas que o fazem viver. Bem manjado este estilo Zaraki de ser mas ainda assim achei boa a inclusão de um personagem aparentemente amigo que luta de verdade e sem um objetivo além de lutar.
Continuando o ritmo monótono de lutas, temos mais uma vez coisas menos reais, a cena em que Manabizaki e seu inimigo quebram a a parede reforçam a ideia de fantasia, mas que ainda é muito ruim, e mais uma batalha monótona, só que dessa vez com 1726317265 inimigos. O aparecimento de mais 4 personagens apimentou bastante a história, e a inclusão de objetivos concretos e condizentes com o mangá foi aparentemente uma medida que o autor lançou mão para levantar a auto estima do mangá que, a esta altura, estava ficando quase sempre nas últimas posições dos questinários da Jump, e só não corria o sério risco de ser cancelado, por enquato, como a série que precocemente foi cancelada e que Swot tomou o lugar, Lock-On, porque a Jump dá cerca de uns 12 capítulos para o mangá se firmar e realmente começar pra valer a sua participação nos questionários. Mais é óbvio sem uma prévia base sólida , não há como se manter em boas colocações após o término deste curto período.
O conceito de Teppen, se misturou muito bem ao universo já criado e apresentado por Naoya. E é bem simples até, como deve ser o objetivo central de um mangá. O chamado “topo” é o posto alcançado pelo maior e mais forte arruaceiro, e este é o objetivo de todas as gangues que existem por aí. O interessante é que o autor deixa meio vago se esse topo confere algum tipo de vantagem ou prêmio real a seu conquistador ou se é apenas uma hierarquia dentro do mundo das gangues.
O autor começa também à manejar as histórias paralelas de melhor forma, coisa essencial. O passado de Hasuno com Okiku ficou deveras simplificado no mangá e achei que o aprofundamento poderia ser maior, até porque dificilmente um mangá shonen hoje em dia não tem aprofundamentos nessas partes, e é algo que se bem feito sempre gera capítulos bacanas e com um bom nível de história. Foi uma pena o autor ter feito isso superficialmente neste ponto, mas talvez não nos tenha mostrado tudo ainda vamos torcer para isso.
Achei muito bom o aparecimento de uma gangue realmente poderosa e não aquelas gangues que Manabizaki derrota com o dedão do pé. A Pandemonium é famosa, tem nome, regras, e prova que não está atoa em busca do Teppen. Gostei muito do clima que a partir deste ponto conseguiu uma melhora surpreendente na profundidade em si e o autor conseguiu finalmente gerar dúvidas na cabeça do leitor, o que acontecerá com Okiku? O que realmente é o Teppen? Será que a chamada resolve é realmente importante?
O autor começa a desenvolver a personalidade do personagem principal e transformar finalmente o personagem num herói, que começa a ter uma atitude referente a realidade e os amigos, e sem pestanejar como no início do mangá entra de cabeça nas lutas, e começa a não considerar as probabilidades.
Começo de uma nova história?! A força de vontade para mudar!
Quando Manabizaki começa sua luta com o garoto com o bastão de Baseball, somos apresentados rapidamente ao diretor da escola, que deixou mais um ar de místerio, e aliás me lembrou muito o Gouken, da série Street Fighter. XD
Nosso héroi pela primeira vez no mangá apanha de verdade, e é interessante como o personagem com o bastão de baseball (me perdoem não lembro o nome dele, quem quiser pode deixar aí nos comentários), é bem construído, o que apaga um pouco da insegurança quanto a variedade de poderes e inimigos que a série poderia oferecer.
Resolve é como se fosse o Ki do mangá, e como é a materialização da força de vontade do indivíduo pode assumir diferentes formas, e tipos, mais ou menos semelhante aos poderes existentes em HunterxHunter, de Yoshiro Tagashi. O poder do grandalhão por exemplo é maximizar sua força, o do cara do baseball é de aumentar a propulsão de seus rebatimentos, e por aí vai.
Acho que partindo deste ponto o universo e os caminhos da série se expandem muito, pois agora o limite da realidade não está mais imposto ao autor. Conjuntamente com este poder temos também agora articulações políticas de outras gangues que começam a ficar de olho no swot, e aproveitam o momento para acabar com a já conhecida Pandemonium. O líder dos Owls passa realmente o ar de vilão que a série estava precisando para seguir em frente, e continua a prepação do mangá para chegar ao seu clímax que falarei mais a frente.
E se a série ainda não tinha tudo para dar certo, ainda temos a cobertura que é a formação de uma nova gangue, eu diria , digna de qualquer tripulação pirata de One Piece, com Manabizaki, Iwashita, Hasuno, Yamikura e os membros da Pandemonium. Fiquei muito animado com a criação de um grupo de protagonistas cheios de potencial, e com poderes variados. Ainda temos Iwashita que faz o papel de…não sei! É uma das espectativas que tenho de ver como ficará o personagem agora nesse mundo de lutas incessantes, qual será o seu treinamento e o processo de amadurecimento do mesmo. Ainda temos de ver todas as Resolves e suas respectivas habilidades despertarem, ou seja muita coisa está por vir.
E pra finalizar aplausos para atitude de Manabizaki de buscar o Teppen e que inicia uma nova era no mangá! Só dois personagens no mangá inteiro possuem a Reverse Resolve, e um deles é nosso protagonista que agora buscará, mesmo que contra sua vontade, um dos três Wrath of God, os melhores arruaceiros da nova geração, e depois rumo ao Rei do Teppen Owari! Que venham mais capítulos de SWOT!
Recomendo baixar lá do fansub Red Hawk, pois é o que está mais próximo do japão, mas está em inglês. Em português não faço idéia daonde, alguma sugestão?
Esse foi o primeiro post de uma das minhas manias que é ler coisas novas na Shonen Jump, ou até coisas que normalmente são ignoradas em decorrência da grande tríade ou até de mangás de mais sucesso fora dela como Reborn. Gostaria de saber se gostaram do post e da recomendação, se gostariam que fizesse isso mais vezes aqui no blog, eu particulamente gosto muito até porque Bleach, Naruto e One Piece não vão durar pra sempre! (Ou pelo menos Naruto e Bleach né? XD)
EDIT: É pessoal, coincidência ou não hoje o site do Red Hawk saiu do ar, mas eles já estão procurando um novo site. Felizmente continuaram a postar seus lançamentos, nesse meio tempo, no IRC deles. Segue o link informativo sobre a situação deles e as informações do IRC que a Dakini me passou: aqui.