How I Met Your Mother: 6ª Temporada, Episódio 3! Foi exibido nos EUA dia 4 de Outubro: “Unfinished”
Enquanto isso no Brasil: How I Met Your Mother (Como conheci a sua mãe) é exibida pelo canal pago Fox Life!
Aviso: Continue apenas se você já assistiu ao episódio 6×03 de How I Met Your Mother. Haverão spoilers!
Não conhece o Papo de Série? Basta clicar aqui e ficar por dentro do projeto. Depois do “continue”, a gente conversa mais.
“Crianças, durante meus primeiros dias como professor, eu tinha um objetivo: dar uma aula que mudasse a vida de alguém…”
Então, objetivo concluído com sucesso! A série da CBS já teve 115 episódios, mas fico satisfeito que ainda consiga entreter, afinal algumas séries não aguentam por tanto tempo. Entre outros elementos, podemos começar pela fórmula adotada: uma personagem desconhecida e misteriosa que participa invisivelmente (esposa de Ted Mosby), muita comédia, personagens cativantes e, para completar, momentos filosóficos – uma boa combinação.
Porém, por outro lado, os primeiros episódios da sexta temporada não foram tão bons quanto se esperava. Devo, inclusive, destacar a inacreditável pobreza de conteúdo do episódio 6×02 que ficou, pelo menos para mim, com um nível de qualidade bem inferior se comparado ao habitual! Felizmente, o episódio “Unfinished” (6×03) chegou a tempo de compensar os fracos episódios que deram início a nova temporada. E que belo episódio! Não digo isso sem argumentos, óbvio, mesmo que pudesse o ter assistido, aproveitado a sua qualidade e concluído que o episódio foi ótimo sem pensar muito detalhadamente no assunto – é mais algo que se sente com toda a história e a filosofia envolvida. Mas vamos desmembrá-lo e ver alguns aspectos que realmente destacaram esse episódio.
Primeiro, obviamente que a palavra “Unfinished” (inacabado) teria um significado importante senão não teria conquistado tantas utilizações no episódio. E se juntássemos as peças, a aula dada por Ted que mudaria a vida de alguém estaria relacionada com alguma lição sobre o “inacabado”. Houve momentos de humor, algo normal para a série, mas o melhor foi não terem investido apenas no humor, mas terem apresentado também uma raiz intelectual desde o início.
Where’s the poop?
A metáfora de Lily claramente se enquadra com a situação e contribuiu bastante para a versatilidade da história. Quem acompanha a série, sabe que Robin teve um caso com Don Frank (jornalista com o qual ela trabalhou) até ele ter que abandoná-la diante de uma proposta de trabalho. Bem, memória reestabelecida e continuidade referida, a relação com Don ainda não tinha terminado inteiramente para Robin e eis que surge um dos momentos mais engraçados do episódio: após beber bastante, Robin liga para Don e o resto você já sabe – ela diz tudo que vem na cabeça dela numa tentativa de intelectualizar as suas emoções.
A verdade é que todos nós temos algum buraco, problemas, assuntos mal resolvidos com os quais nem sempre sabemos lidar. E isso foi um passo imprescindível para o desfecho final do episódio do qual falaremos mais adiante. E só de imaginar a quantidade de lixo físico que podemos deixar acumular, esquecemos de reciclar também o lixo virtual e emocional/ intelectual (não palpável) – guardamos mais e mais informações. Quantos contatos telefónicos do seu celular você precisa de fato? Segue a política da Lily!
Se posso apontar algum aspecto irrelevante, para mim foi Lily na aula de karate. Isso já não achei tão engraçado ou merecedor de grande análise. Contudo, sei que alguns momentos desnecessários dão outro molde àqueles que se seguem e que realmente importam – designaria por “conectores”. Ademais, a referência que Lily faz à época do “wazzup” é interessante (gostei).
Barney sempre consegue o que quer: “Sim” como resposta!
Berney Stinson merece respeito! No caso, não estou falando da sua lista de mulheres conquistadas. O que estou querendo dizer é que de fato não é mentira que ele sempre (melhor, quase sempre) consegue aquilo que ele quer e arrancar um “sim” de Ted para que ele negociasse o seu projeto arquitetônico com o GNB foi uma jornada agradável. Ele chegou a dar em cima do Ted com as mesmas estratégias que ele utiliza com as mulheres! Hilário não foi só isso e a atuação de Marshall como seu wingman, mas também o encontro de Ted com Barney e Rachel quando ele sai no meio de uma aula sua e vai direto para o escritório do Barney. Sim, deve ter percebido que estou deixando escapar uma parte perfeita do episódio que relaciona o início com todo o resto: Ted aceita trabalhar para o GNB e faz Barney quebrar uma de suas regras de ouro (sair para jantar antes de completar 3 “encontros”.) Nada tem um fim até que lutemos para dar um suposto fim àquilo que ainda está em aberto.
Após dois episódios fracos, fiquei muito satisfeito com “Unfinished”. E sem dúvida temos uma certa tendência a nos rendermos aos obstáculos, mas ultrapassá-los pode ser uma opção mais eficaz para deixarmos nossos problemas resolvidos embora fique sempre algo em aberto. O objetivo é resolver aquilo que está ao nosso alcance e aproveitar as oportunidades enquanto ainda existem. Agora, que venham os próximos episódios que nos aproximam cada vez mais do momento em que Ted conheceu a mãe dos seus filhos.