Hmm, nada demais nesse volu- opa, opa, opa! Kendô e personagens novos?! [Buso Renkin Vol. 3] [MdQ]
E o título diz tudo. O terceiro volume de Buso Renkin é dividido em sete capítulos mornos e dois bem interessantes, que, estrategicamente ou não, são os dois últimos, o que acaba nos deixando na vontade de ver o que acontece em seguida. A inclusão de dois novos personagens com objetivos ainda misteriosos e as cenas no clube de kendô fizeram a leitura valer a pena, salvando a narrativa que parecia estar começando a estagnar novamente. Os detalhes é depois do continue.
Watsuki é muito feliz quando cria quadros cômicos com os personagens, sempre rio das piadinhas e o humor dele tem um estilo próprio (as primeiras quatro páginas estão especialmente inspiradas dessa vez, assim como a apresentação da Tokiko aos colegas e as cenas no “Aberração Burger” XD), mas em contraste a isso, acho que um dos problemas de Buso Renkin é a dosagem das coisas. Como o próprio autor comenta em relação ao capítulo 21, cenas de comédia acabam sendo inseridas em lutas que deveriam ser tensas, e vou além dizendo que o mesmo acontece em momentos de reflexão que deveriam ser angustiantes e nos monólogos dos vilões que deveriam deixar o leitor ansioso, e aí a impressão que fica é de que o mangá nunca se leva muito a sério, o que é negativo num shonen desse tipo, que tenta, sim, proporcionar momentos emotivos e mais sérios também.
E isso também está presente na aparência dos personagens, não só em suas personalidades. O Guerreiro Líder, por exemplo, que no perfil o autor descreve como sendo um personagem do qual ele ficou bastante orgulhoso e que era pra ser um símbolo de “personagem adulto que um garoto tem que superar para se tornar um homem” e que o fez pra ninguém botar defeito, eu particularmente acho que tem um design horrível quando seu Buso Renkin está ativado. Aquela capa é tudo menos intimidadora ou “cool”, que era a ideia do personagem.
Ainda falando nele, tenho meus problemas com a forma como foi incluído na história. No volume passado, chegou salvando a Tokiko da morte e aí acabou o capítulo, então ficamos sem explicação alguma, mas nesse volume ele simplesmente se muda para a cidade do Kazuki e começa a trabalhar de supervisor do alojamento… assim, o núcleo ficou legal e engraçado, e ele sem aquela roupa estranha tem uma personalidade interessante, mas não é o “líder”? O que ele faz longe da Organização cuidando de adolescentes de uma escola? A explicação de que os homúnculos priorizam esses lugares não me convenceu a esse nível, daria muito bem pra mandar qualquer outro guerreiro de patente superior à da Tokiko pra lá, então achei bem forçado mesmo.
Seu encontro com o Papillon idem. O Kazuki não lutou com ele ali porque ambos ainda não estavam totalmente recuperados e ficaram só conversando, mas se o líder estava junto e ainda por cima sendo muito mais forte, por que não fez nada? Só pra voltar pro alojamento e aí dizer que o plano é atacá-los antes de serem atacados? Achei mesmo que a narrativa ficou bem pouco coesa em vários pontos relacionados ao líder, o que tira o realismo das situações e, portanto, dá menos relevância às emoções dos personages.
Mudando de foco para o Papillon, sabe que gostei de ele ter voltado? Acho que toda a esquisitice dele faz bem pro mangá, e apesar de ser um vilão estranho, ele é, sim, “malvado”, e gostei da birra pessoal que ele e o Kazuki tem agora, a rivalidade ficou interessante. Ele, contrastando com seu trisavô (que coisa bizarra aquele bigode em forma de borboleta, quem vai levá-lo a sério?) e com o Líder, consegue ter uma personalidade bem definida e ainda assim protagonizar vários momentos engraçados sem prejudicar sua imagem.
Tivemos, nesse volume, o clássico momento decisivo em que o personagem principal deve decidir entre voltar à sua vida banal ou virar um guerreiro/shinigami/escolhido/salvador do mundo e lutar contra o mal até o fim da história, mas não foi dado tanto destaque pras dúvidas do Kazuki, então o centro emocional acabou sendo a releitura da Tokiko de sua postura como guerreira, e apareceu até um flashback dela revelando um massacre no que pareceu ser sua escola original antes de entrar pra Organização. O rapaz que aparece de costas nessa cena não tinha me chamado atenção como alguém importante, mas depois o autor comenta “Quem será Nishiyama?”, então certo que ele vai aparecer depois, junto com o passado dela.
Bom… depois de explicar o porquê de esse volume quase ter sido classificado como ruim, já posso falar dos dois capítulos finais. Os irmãos Hayasaka saíram, literalmente, do nada, e a primeira aparição da Ohka me deixou em dúvida se ela seria passageira boa ou má ou permanente e possível segunda pretendente do Kazuki. No fim, quer dizer, o fim não sabemos ainda, mas a identidade dela e do irmão como aliados dos homúnculos vai criar uma situação bacana de superação e eventos interligados no próximo volume. Ohka caçando a Tokiko enquanto Kazuki treina com Shusui sem desconfiar de nada e os homúnculos indo atrás dos gêmeos para roubar suas Kakuganes. É meio previsível o que vai acontecer, com Kazuki e Tokiko juntando forças com os irmãos pra derrotar os homúnculos e então tornando-se aliados, afinal, eles tem um “motivo” para estarem obecendo essas ordens, então vai ser só uma questão de persuasão. Ou melhor, essa é a minha aposta, né.
As lutas de kendô também ficaram ótimas, mostrando que Watsuki não perdeu o dom de desenhá-las que nos mostrava em Samurai X, e é até triste pensar que provavelmente isso só vai durar até o fim dessa saga, mas ao menos aproveitamos até lá. É interessante como, em dois capítulos, o autor prendeu minha atenção e me deixou curiosa e confabulando sobre os eventos futuros considerando que passei por outros sete sem me interessar muito pela história, apenas acompanhando e rindo das piadas. Por estarem no final, garantiram ainda uma impressão geral positiva, ainda que seja difícil de acreditar depois de eu ter enumerado pontos negativos nos parágrafos acima, mas é verdade.
E assim, fico no aguardo do próximo volume pra ver como as coisas vão se desenrolar. Já deu pra perceber que Buso Renkin é bem instável em qualidade, mas que quando acerta fica muito gostoso de ler, assim como foi com o volume 2 praticamente inteiro, então certamente vou continuar acompanhando. E é isso. Até o mês que vem! (Ou até daqui uns dias, caso você leia os MdQs de Ranma ½ e Kekkaishi também.)
Comprei meu 3 volume de Buso Renkin hj ;De meio que discordo de algumas coisas no seu post XDEm minha opiniao a serie vem melhorando no seu ritmo (Achei o volume 3 o melhor ate agora) Acho a serie um pouco acima da media daria nota 7 sei la XD Porem concordo na parte em que você diz que o humor da serie precisa de uma dosagem Ja que sao poucos os momentos de tensao que sao realmente levados a serio nele e ate um pouco nos design dos personagens O_onao da pra levar a serio um vilao com bigode de borboleta muito WTF ate mais que a sunginha :xGostei bastante do personagem Bravo Personalidade bem interessante geralmente gosto muito desses “mestres’ do protagonista E as lutas desse volume foram as melhores ate agora ;D Espero que hajam mais lutas no estilo essa do kendo
Ah nem tinha notado esse botao “Editar” bem pratico XD
acrescentando algumas coisas sem muito importancia no meu comentario XD
1º Pensava que a Busou Renkin do Bravo seria uma “pistola” visto esse visual mais faroeste dele XD
2º Nao sei pq mas eu ri muito na parte da “senha”
Terminei hoje a leitura do terceiro volume, agora chega um pouco no momento que larguei o anime e as coisas pra mim começam a ficar mais interessantes. Eu discordo um pouco do ponto de vista da Dakini, não acho que Buso Renkin precisa realmente criar momentos de grande tensão ou drama, até porqueveja o estilo dos personagens, o designe, se o autor não brincar com o humor, fica complicado levar a série um vilão com máscara de borboleta.
O que eu mais gostei desse volume 3 é que além do autor expandir mais o universo da série, assim como deixar determinados pontos mais amarrados e sério, é que na mesma dosagem, ele aumentou alguns picos de humor. Eu casquei de rir no começo do volume quando o Kazuki aparece na TV, e os amigos dele assim como a sua irmã vão ficando mais engraçados a cada vez que aparecem. Em determinada parte do volume quando ele está dormindo na escolha, a cena de futebol com ele sangrando pra tudo quanto é lado é impagavelmente hilária. E eu como fã desse humor tosco dos mangás, adoro isso.
Claro, em batalhas poderia ser mais sério, poderia, mas até mesmo as armas e o layout dos personagens não permite que a história se leve tão a sério assim, é diferente dequando vc tem o Ruffy em One Piece combatendo um vilão fodidão, o clima e a inspiração em si é MUITO diferente, e mesmo que ficasse tenso e sério, não sei que combinaria com o espírito que a série foi criada.
Talvez com a evolução, as coisas se equilibrem melhor, mas hoje, o motivo de estar comprando Buso Renkin é pelo humor esculaxado que é sensacional. O Capitão Bravo também tem ótimos momentos, concordo com a dakini quando menciona que talvez ele não devesse entrar na série em si… o cara só está num volume, quem sabe depois do treinamento ele não pique a mula, se bem que do jeito que a história trata da linha de vilões, parece que o grande vilão do mangá, o traidor, é a missão mais importante da organização, o que meio que faz sentido então o Bravo ficar por perto. E ele não aparece a todo momento, então vai saber o que ele faz, o autor pode apenas estar tendo dificuldade para demonstrar isso.
Ah, a idéia do Burguer Aberrações é simplesmente genial, por mim, essa piada pode até virar marca do mangá e continuar até o fim da série. XD
Mas então, TMT, a primeira coisa que eu disse foi que o humor tá melhor do que nunca, também rachei de rir nesses momentos que tu falou, mas pensa assim, Buso Renkin não é Ranma. A segunda imagem que coloquei no post, com o Kazuki chorando, não me brotou nadinha pelo personagem, nem deu pra sentir, na real, que ele tava mal mesmo. Eu não me importaria se o mangá fosse ainda mais humor do que é, porque o autor faz isso muito bem, meu problema aqui é que ele tenta ser dramático às vezes, mas não consegue, e muitas vezes acho que é porque acaba colocando a comédia na hora errada.Ele mesmo falou, aliás, que vai tentar diminuir esses momentos engraçados nas lutas, que nem quando o Kazuki decidiu levar o soco do homúnculo lá e a mão aumenta, aí o quadro é todo “ohh noooeees”, tipo, sem levar a sério a luta.Já as de kendô não, o personagem ficou o tempo todo focado, e até por isso ficou super bacana. Que nem a luta final do volume anterior, que mesmo com a bizarrice do vilão e sua sunguinha, ficou foda porque o Kazuki tava concentrado.E concordo com as Aberrações Burguer, ri demais na terceira repetição da piada, com a guria querendo se demitir huahauhauhauahauhua. XDDD
Li os 4 primeiros volumes da série e acho que vou desistir. Ruim prá caralho… não me admiro de que não tenha conseguido passar do volume 10 no Japão.
Aproveitando, MdQ do volume 4 deve sair hoje ou amanhã.