One Piece: Capítulo 603 foi disponibilizado dia 02 de Novembro: “Guarde em Seu Coração“.
Se você não sabe o que é o projeto Conversa de Mangá, clique aqui. Depois do “continue”, a gente conversa mais:
Aviso: Continue apenas se você já leu o capítulo 603 de One Piece. Atualmente acompanho o mangá pelo site Mangá Stream, e a qualidade da scan é absurdamente fantástica! Basta não ter medo de inglês. Mas, em todo caso, a StrawHat Scans tem a tradução em Português. 😉
One Piece 603
Guarde em Seu Coração
Aproveitando o feriado desta terça, resolvi colocar em dia os episódios 4 e 5 de Bakuman (sabe o que é né?), não leio o mangá (e nem passarei a ler), estou vendo esse animê mais de passatempo, porque não achei ele, até o momento, grande coisa. Os protagonistas ainda não cairam na minha simpatia e até mesmo a história melosa de um dos garotos com a garota com quem quer se casar um dia me agradou, até o humor, que começa ótimo no primeiro episódio, meio que enfraquece nos seguintes. Enfim, o que me agrada em Bakuman é realmente as explicações e os bastidores do mundos dos mangákas. É uma história sobre o que rola por trás de quem faz mangás e essa didática é a única coisa que vem mantendo o meu interesse pela série. Parando de enrolar e chegando aonde quero chegar, nestes episódios que assisti hoje pela manhã, explica um pouco o trabalho de Hércules que é desenhar um mangá, principalmente quando o rapazinho explica a profundidade sobre cenários e feitos dentro de um único quadrinho para que ele transmita a emoção e o sentimento exato da obra. Achei sensacional isso, mesmo que seja algo que comentamos por aqui algumas vezes, como, por exemplo, quando Bleach estava naquela saga interminável, e muitos dos quadros do Tite Kubo não tinha cenários, o famigerado fundo branco. Já no caso do Eiichiro Oda, o autor sempre foi muito detalhista em sua obra, eu não sei quantos assistentes ele possui atualmente (alguém sabe?), mas sinceramente, desenhar o quadro acima, num mangá semanal, o cara realmente precisa ser um maluco, até deixei a imagem ampliável para que vocês possam ver a profundidade da imagem, com efeitos de luz e sombra, fora os mínimos detalhes. Ele teve ter uma renca de ajudantes, mas ainda assim é algo que deixa a sua obra basicamente inesquecível. Não dúvido que daqui algumas décadas, quando One Piece tiver realmente chegado ao seu fim, esse mangá seja tão lembrando quanto Dragon Ball. Talvez não desse lado do globo, mas no Japão com certeza ele não será esquecido tão cedo. E ainda tenho fé que por essa dedicação que Oda tem pelo mangá, ele ainda vai decolar no resto do mundo uma hora ou outra.
Aproveitando que estou falando de técnica, já notaram que de uns tempos para cá, ele vem utilizando muito essa recurso de espalhar balões pelos quadros com as caras e expressões dos personagens? Não lembro direito, mas não era um recurso tão frequente assim nos primeiros anos, e vem se tornando bem mais frequente agora, com a tripulação novamente reunida. Deve ser mesmo muito difícil escrever um mangá com tantos principais, aí se torna necessário balões com caras, para que o leitor saiba quem está falando em cena. O animê as vezes usa esse recurso de “pipocar” na tela só o rosto do personagem gritando ou xingando (não tanto agora, que todos estão separados), mas é realmente uma técnica útil e que com certeza economiza alguns quadros e páginas (imagine a conversa do quadro acima, feita separadamente por quadros).
Quanto ao capítulo, muita coisa a se dizer, né? Começando pelos irmãos Caribou. Juro que só percebi neste capítulo que estes caras são Tritões. São mesmo, não? Não estou 100% certo, mas a julgar pelas orelhas pontudas, pelo fato dos olhos mudarem (igual o Arlong), olhem o último quadrinho do capítulo desta semana. Não sei, fiquei com essa impressão de que são Tritões, mas ao mesmo tempo fico nessa incerteza e de estar dizendo algo errado. Apesar do nariz deles serem normais. De qualquer forma ainda não vejo estes personagens como grande coisa, e o fato dele ter uma habilidade da fruta do diabo também não acho muito “ohhhh”, na verdade ficou meio estranho o poder que ele tem, mesmo que se parece demais com o do Mr. 3. Certamente deve ser algo parecido. Ah, e o cara enterrou a falsa tripulação do chapéu de palha com todos vivos. Boa. E quem diz que One Piece é infantil com isso? Mesmo que a cena não tenha rolado.
E nossa, que flashback do Rayleigh mais sinistro? Eu sempre imagino o Roger como aquele personagem com o bigode. Quando é que ele realmente virou um pirata? Que estranho. E o Chapéu de Palha era do Roger? Que provavelmente deu para o Shanks quando o mesmo fazia parte de sua tripulação. Uau. Baita chapéu resistente aos anos. Não sei se gostei dessa semelhança dele com o Ruffy, não sei exatamente o que o Oda quer com isso, afinal, não acho que seja necessário essa semelhança para convencer a todos os leitores que o Ruffy é o merecedor do legado de Roger. Sei lá, ainda não processei direito essa informação e nem acho que vou processar enquanto o autor não revelar mais desse passado do Roger e, cacilda, nem sei se quero que seja revelador. Argh!
Outro detalhe que me deixou tão confuso quando li a versão em inglês hoje pela manhã, que até tive que esperar por uma em português, foi em relação ao Kuma. Sinistro a explicação dada pelo Franky de que Kuma virou um completo robô e que depois de Marinford, ele ainda foi proteger o Sunny. Achei meio sem nexo isso, justamente porque ele estava na guerra de Marinford, já sem memória, mas estava semi-programado para depois ir olhar o naviozinho? E outra coisa, não fica meio forçado essa de “acordo” com o Dr. Vegapunk para um “última missão” antes dele perder totalmente seu ser. Sei que provavelmente o autor ainda está guardando algo bombástico para o Kuma, pois se fosse apenas o problema com o Sunny, havia inúmeras formas de esconderem o barquinho até o retorno da tripulação. Embaixo d’água, já com o revestimento era uma delas, já que a Marinha levou um ano para achar. E mesmo assim, o Kuma enfrentou todos ali e ninguém da Marinha achou estranho isso? E após a chegada do Franky, para onde foi o Kuma? Voltou para a Marinha? Duplo Argh! Que coisa confusa. E alias, se o Kuma perdeu mesmo toda a sua personalidade e memórias, qualé da bíblia? Porque ainda carregar ela? Mistéééério! Ah, e Dragon é citado e Robin ficando caladinha onde esteve esse tempo todo. Ih! Mega Mistério quanto ao que rolou com a Robin.
Para concluir, adorei o capítulo, mais nos trechos da viagem sobre o mar. Com a Nami explicando como tudo funciona quando a viajar embaixo d’água, com os mestres dos mares se atacando, as imensas raízes de Sabaody e da forma como esperava, com a ilha Tritão ainda não aparecendo neste capítulo e alias, não acho que ela apareça na próxima ainda. Que graça teria ir de ilha em ilha e não encontrar qualquer contratempo? Boa idéia ter colocado o Caribou para chegar de mansinho por trás. O melhor ainda é o humor, com Ruffy e Zoro querendo pegar os peixes fora da bolha, o momento em que o Sanji atravessa ela (“vai estourar!” essa cena vai ficar hilária no animê!), com Chopper e Usopp (alias, tendo seus tremiliques, boa!) gritando em quase todas suas cenas. O humor continua no ponto certo, isso não há do que reclamar. E capítulo saiu cedo demais. Agora só falta na semana que vem sair na quinta. Mais dias de espera. E no próximo capítulo mais tensão e quebra-pau. YES!