Bullying, revolta e solidão. Os temas dramáticos voltam em Glee. [2×06] [PdS]

Glee

Glee: 2º Temporada, sexto episódio (2×06) foi exibido nos EUA dia 9 de novembro: “Never Been Kissed”

Enquanto isso no Brasil: Glee é exibido no Brasil pelo canal pago FOX. Atualmente o canal exibe a primeira temporada todas as quartas feiras às 22:00.

Aviso: Continue lendo apenas se você já assistiu o sexto episódio da 2ª temporada de Glee. Haverão spoilers! Caso ainda não tenha assistido, assista apenas o vídeo (promo do episódio) após o “continue lendo” e depois não prossiga com a leitura.

Àqueles que ainda não conhecem o Papo de Série, basta clicar aqui e ficar por dentro do projeto. Depois do “continue”, conversamos mais.

Já faz um tempo que eu não apareço com um review de Glee aqui também. Mas dessa vez a culpa não foi bem minha. Além da pausa de uma semana da série, o quinto episódio dessa temporada foi algo tão dispensável que não achei nada de bom para comentar. Além da apresentação da peça em si, que foi boa, “Rocky Horror Glee Show” não trouxe nada para série que merecesse um episódio inteiro.
Enfim, o episódio dessa semana foi completamente o oposto, pois o que não falta é assunto para falar. Essa semana (passada) o drama voltou a imperar em Glee, o que de certo modo refresca a série, mas não pode exagerar muito. Não tão pesado quanto “Grilled Cheesus”, porém ainda assim com temas chamativos. “Never Been Kissed” teve ao todo três histórias distintas que comentarei a seguir.

Glee

Primeiramente falarei da parte de Bieste neste episódio. Aqui temos os integrantes masculinos do New Directions (e Tina) utilizando da imagem da treinadora de futebol em situações constrangedoras como um modo de acalmar seus ânimos enquanto suas namoradas (ou namorado) não se entregam totalmente. Tudo isso acabou gerando uma reflexão de respeito ao próximo e, por fim, mostrando lado mais frágil de Bieste. Até estou achando esse enredo que estão criando em torno da Bieste legal, mas é só isso? Tudo bem que ela nos surpreendeu, principalmente àqueles que esperavam um Sue piorada, e acabou se deparando uma uma pessoa de bom caráter e boa o bastante para levar o derrotado time de futebol à vitória. De qualquer modo, a personagem foi apresentada lá no primeiro episódio, foi completamente ignorada durante os quatro próximos e só agora a vimos de volta para repetir a mesma história que foi apresentada antes. Enfim, ao menos serviu para Will mostrar que se arrepende do que fez com ela, e até rolou um beijo para levantar os ânimos da treinadora. Espero agora que Bieste seja usada para atormentar Sue Silvester, que está precisando de um pouco de amargura em sua vida.

A segunda linha de história gira em torno de Kurt, mais uma vez. Aliás, o personagem está recebendo bastante atenção nesta temporada. Só espero que os outros coadjuvantes recebam este mesmo tratamento. Vocês lembram da última vez que Mercedes teve alguma relevância? Pois bem, Kurt agora começa a se abalar por ser constante alvo de bullying na escola. Em sua depressão, ele vai espiar o coral da escola adversária nas seletivas e acaba se deparando com um grupo de garotos cantando Teenage Dream ao maior estilo a capela.

Pausa aqui para falar um pouquinho do novo personagem, Blaine. Não gostei muito não. Muito perfeitinho. Por um momento achei que fosse tudo um sonho de Kurt. Glee não sobreviveu até aqui com personagens perfeitinhos, aliás uma coisa que sempre achei bacana em Glee foi esse toque de realidade ao mostrar que todas as pessoas, não importa o quanto perfeitas aparentam, tem seu lado vilão de ser. Como foi só a primeira aparição do personagem, posso estar sendo injusto com ele, mas vocês lembram do fim que teve o último personagem perfeitinho conhecido por Jesse, não lembram? Pois é, se continuar assim, espero que Blaine tenha o mesmo fim. Que sirva de anjo conselheiro de Kurt e saia do final da temporada…

Voltando ao Kurt, nem tudo está perdido. Eu achando que a história de Kurt iria se desenrolar nesse meloso caso com o perfeitinho da escola rival, até que me surpreendo com a formação do que seria o triângulo amoroso de Kurt. A adição de Dave (sim, tive que procurar o nome dele na internet) à essa trama pode servir para deixar o lado gay de Glee mais completo no drama e ao mesmo tempo nos garantir muitas risadas. Vamos esperar para ver como isso tudo irá desenrolar. Aliás, alguem reparou que Dave teve mais falas que Rachel nesse episódio? Duas falas para ela somente. Obrigado Rachel por nos emprestar sua voz somente para a parte musical e permitir uma certa variedade na série. Sem mais.

Glee

A última linha de história fica com o retorno de Puck. Gostei bastante da volta desse personagem. Um dos poucos desenvolvidos na minha opinião. Estava merecendo uma certa visibilidade. Dessa vez, mais revoltado do que nunca, é mostrado também o lado mais frágil do personagem, deixando a entender esse sentimento de que ninguém liga para situação, o que foi comum para os três personagens principais deste episódio. Dessa vez ele ajuda Artie, utilizando seus métodos nada puritanos para tentar fugir de voltar ao reformatório. Apesar das cenas de revolta do personagem, esse foi a linha de comédia do episódio, nos trazendo cenas como Brittany alisando a perna de Artie por uma hora e meia e se perguntando porque ele não reage. Parece que os dois irão criar uma certa amizade na série, o que poderá ser interessante de ver daqui pra frente.

Já a parte musical do episódio achei fraca. Não digo nem a qualidade, mas sim a quantidade. É claro que este é o preço a se pagar para um certo desenvolvimento do enredo, mas mesmo assim não pude deixar de ter esse sentimento de que faltou música. Bem, mesmo sendo poucas eu acabei gostando as quatro que tiveram. Em principal “One Love” interpretada por Puck e Artie. Não desmereço também os mashups, que mesmo não estando tão empolgantes quanto aos do episódio “Vitamin D” foram bons o bastante. Dessa vez não sei dizer ao certo qual eu escolheria para ser o vencedor da competição, mas eu diria que o peso emocional que “Stop! In the Name of Love/Free Your Mind” teve no final do episódio, deu um charme a mais para a apresentação.

Terminando aqui este PdS, gostaria de expressar minha insatisfação com o novo integrante do grupo, Sam. Pode ser só impressão/implicância minha mas ele dá um ar de má vontade enquanto canta e faz as coreografias fora do comum. Até mesmo Finn parece dançar melhor, pois este, ao menos faz algum tipo de esforço. Dá pra ver claramente não é dificuldade, mas falta de vontade mesmo. Estou esperando algum produtor de Glee dar um tapa na cabeça desse ator pra ver se ele faz as coisas direito. Indignação meio do nada mesmo mas se vocês repararem vão ver que chega a ser ridículo. Pronto, parei com a reclamação. XD

Glee

Músicas do episódio

– “One Love/People Get Ready”. Interpretada originalmente por Bob Marley.

– “Teenage Dream”. Interpretada originalmente por Katy Perry.

– “Start Me Up/Livin’ On a Prayer!”. Interpretadas originalmente por Rolling Stones/Bon Jovi.

– “Stop! In the Name of Love/Free Your Mind”. Interpretadas originalmente por The Supremes/En Vogue.

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3 Comentários

  1. Eu gostei do episódio.Gosto do Darren Criss (Blaine) desde quando vi “A very Potter Musical” no youtube xDentão, gostei dele ter entrado, mesmo que desse modo.E quanto as músicas, foram poucas, mas pelo menos foram boas.O episódio em si foi bem legal. Drama e comédia ao mesmo tempo.Bem melhor que o inútil “Rocky Horror”.

    Ah, e para seu desprazer, Hugo, o Darren Criss terá papel fixo na terceira temporada. hehe

  2. Gostei pra caramba do episódio, foi divertido e sério na medida certa. Toda a situação com a Beist foi meio absurda, mas ainda rendeu algumas gargalhadas.

    E fiquei BEM surpreso com a cena do Dave e o Kurt, gostei de como abordaram o assunto. No mais concordo com o que você diz sobre os outros figurantes, até o Mike já teve mais tempo em tela do que a Mercedes essa temporada, poderiam focar mais nela em algum episódio. E o pouco tempo de tela da Rachel foi uma benção! Os produtores devem estar começando a perceber que estão “over-usando” a personagem.

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