A história por trás de socos e chutes: The King of Fighters 94/95 [Arcade]
Houve um tempo em que se você perguntasse qual era o melhor jogo de luta de fliperamas, muitos iam ficar divididos entre três franquias: Street Fighter, Tekken, e por último mas não menos importante: The King of Fighters. Cada um deles conseguiu uma legião de fãs, e viciados (porquê não?). O primeiro foi quase um pioneiro nos arcades dos games de luta modernos, e continua sendo sucesso até hoje nos consoles de mesa (e também portáteis… 3DS vem aí gente!). Tekken foi uma revolução.
Nunca me interessei muito por Tekken, mas eu via muita gente jogando e falando bem dele. Lembro até que joguei um jogo bem parecido para Mega Drive, que tinha o nome de Virtua Fighter. Bom… Ele foi um dos primeiros jogos de luta em 3D, o que de certa forma foi uma contribuição significativa para os games do gênero.
Já, The King of Fighters, lançado pela SNK, trouxe o, hoje conhecido, sistema de luta em trios que abriu um grande leque para customização de times nos games do estilo (vide Marvel vs Capcom 3, que está para ser lançado, também trará luta em trios). The King of Fighters também trouxe vários dos personagens da SNK para o mesmo game. Personagens de Art of Fighting e Fatal Fury são recorrentes na série.
Mas o objetivo desse post é ir além das caracteristícas jogabilísticas do The King of Fighters, ou mesmo falar de sua arte, ou sonoridade. Vamos falar é da história, que muitas vezes fica implícita enquanto você tá trocando tapas contra a máquina, ou no melhor x1, contra aquele seu amigo numa tarde.
E pra começar a falar da história nada melhor do que dizer é que a série The King of Fighters é dividido em “sagas”, ou “arcos” que abrangem de dois a mais jogos da franquia. E o primeiro arco foi o arco de Rugal. Seguido por: Orochi, Nests, e enfim o arco de Ash, que está sendo o atual e ainda está em execução nos jogos mais recentes.
Após o continue lendo, você acompanha um pouquinho sobre a saga de Rugal, que abrangeu os games 94 e 95:
Primeiramente, pra se falar de uma história é necessário que se conheça os personagens envolvidos certo? A maioria que jogava já deve estar familiarizado com grande parte dos personagens que vão ser apresentados aqui, mas você sabia por exemplo que Chang e Choi eram criminosos sob a supervisão de Kim? E que o famoso Iori não lutava na edição 94? Pois é!
A história começa quando Rugal Bernstein, um líder do mercado negro de armas, decide retomar o torneio The King of Fighters em um novo formato (pra quem não sabe, o mesmo nome também era usado para o torneio da série Fatal Fury). Ele enviou sua secretária, Mature, para oito países a procura de lutadores para participar do torneio. E dessa vez, segundo as novas regras, as lutas deveriam ser realizadas em trio.
Japan Team – Time dos protagonistas, formado por Kyo Kusanagi que usa técnicas de fogo que foram herdadas do seu clã. Benimaru Nikaido que tem habilidades de controlar a eletricidade. E finalmente Goro Daimon, um medalhista de judô e mentor de seu próprio dojo.
Italia Team – Composto pelos protagonistas de Fatal Fury: Os irmãos Terry Bogard e Andy Bogard e Joe Higashi, um lutador de Muay Thai.
Mexico Team – Composto pelos protagonistas de Art of Fighting: Ryo Sakazaki e Robert Garcia, e o pai do primeiro, Takuma Sakazaki. São praticantes do Karate Kyokugen.
Korea Team – Liderado por Kim Kaphwan que leva para o torneio dois criminosos que ele pretende reformar para a sociedade: Chang Koehan, um gigante que utiliza uma bola de ferro e Choi Bounge, um pequenino homem que usa garras para lutar.
England Team – O time das mulheres que pegou uma mistura de personagens de Fatal Fury com Art of Fighting. Mai Shiranui, Yuri Sakazaki, a filha de Takuma, e King.
China Team – Formado por dois personagens do Pshycho Soldier: Athena Asamiya e Sie Kensou, e o mentor deles, Chin Gentsai.
Brazil Team – Apresenta os personagens de Ikari Warriors, Ralf Jones e Clark Still, e o comandante deles, Heidern, que organizou o time para caçar Rugal.
U.S.A Team – Formado por personagens que representam os esportes do país: Heavy D!, Lucky Glauber, Brian Battler.
As lutas vão acontecendo até que o time do Japão se sobressai e consegue ser o finalista, chegando até o porta-aviões. Mature os guia até onde está Rugal, e ao chegar lá, Kyo enconra seu pai, Saisyu Kusanagi, prestes a morrer. Saisyu havia chegado para enfrentar Rugal, mas fora derrotado e agora alertava o filho sobre o poder de Rugal.
Ele, enfim, é apresentado e em meio às estátuas de lutadores derrotados por ele, começa o combate com o time do Japão. Rugal derrota Goro e Benimaru, e Kyo continua de pé, lutando bravamente, o tanto que consegue. Após um grande combate equilibrado, Kyo consegue derrotar Rugal que ativa o botão de auto-destruição da nave. O time do Japão consegue escapar usando uma lancha. Eles são reconhecidos como os campeões mundiais da edição 94.
No ano seguinte, em 1995, com Rugal aparentemente morto, os times recebem um novo convite para uma nova edição do torneio, dessa vez nomeado por um misterioso “R”. Os mesmos times retornam, com a excessão do time americano que dá lugar a um novo time composto pelo ninja Eiji Kisaragi, Billy Kane, e o misterioso Iori Yagami, que usa as mesmas técnicas de Kyo, só que diferente dele, surgiu do clã Yagami que são os eternos rivais do clã Kusanagi. E ao contrário de Kyo, Iori é um lutador extremamente violento.
Novamente a equipe japonesa sai vitoriosa, e Iori, derrotado, abandona o seu time, e pra completar ainda dá uma surra no Billy e no Eiji. Depois disso, a equipe japonesa se encontra com uma figura um tanto inusitada, Saisyu Kusanagi, o pai de Kyo, que os ataca, derrotando Benimaru e Goro. Kyo descobre que seu pai havia sofrido uma lavagem cerebral, e enfurecido pela derrota dos amigos, consegue vencer a luta. Enfim, Kyo confronta Rugal, que era o misterioso organizador do torneio, e que está diferente, está emanando uma energia estranha.
Embora Kyo lutasse com o mesmo, ou melhor potencial que ano passado, ele não conseguia vencer os novos poderes de Rugal, que estava muito mais veloz e forte. Quando estava para ser derrotado, Kyo se levantara mais uma vez e viu Rugal começar a perder o controle sobre o seu corpo.
Rugal é derrotado, e envolvido por uma luz e diz que vai voltar. Kyo escapa, levando consigo Goro e Benimaru. Kyo acha que seu pai conseguiu sobreviver. E agora com a destruição de Rugal, o torneio estava decidido a favor do time do Japão, que viria a se tornar bicampeão.
Realmente, quem não ficaria dividido entre esses grandes jogos?!?!?
Os três são ótimos…então pq não ter os três???rs
Melhor jogo de luta sempre! Pelo menos até a edição de 98, claro.
Raphael, irá continuar com a história? Gostei dessas duas primeiras.
Genocide cutter um classico.
Uma coisa que poucos sabem é que a SNK se inspirou no personagem do filme Drunken Master (1978) estrelado pelo Jackie Chan e personificado por Su Hua Chi para criar o personagem Chin Gentsai do China Team: http://en.wikipedia.org/wiki/Drunken_Master
Este personagem também foi utilizado como inspiração para outros personagens de jogos de luta (como o Chun Di do Virtua Fighter).
Foto do personagem do filme aqui: http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRbCSBbB15xfSNB7ci9IQMEVHMvUTyTdJ9wNQRh-u5tfosubVP4wg
Essa serie foi muito boa ate a edição 97,depois virou uma galhofada e reaproveitamento de sprites e personagens cara-de-pau.
Ainda não joguei os mais novos para ver se eles ficaram realmente bons como os antigos
Street Fighter, Tekken, Mortal Kombat são muito bons, mas considero KOF muito melhor em tudo (personagens carismáticos, história coerente e interessante, sem contar as trilhas sonoras – pra mim as melhores já criadas pra um jogo de luta).
Pena que a partir do 98 a qualidade tenha caído demais, sem contar o péssimo trabalho feito pela SNK-Playmore, que destruiu a franquia.
Ainda são feitos bons jogos de luta, como SF4, mas não vejo as empresas criadoras terem o mesmo esmero que a SNK tinha nos tempos iniciais do KOF. Lutar contra o trio do Iori, ouvindo Arashi no Saxophone, é sem igual.
KoF ou Fatal Fury deveria voltar com tudo como street fighter e mortal kombat.
Muito bom o post, espero que tenha mais iguais a esse.
Legal. Ainda tenho esses jogos (KOF 94-97).
Espero que o XIII seja lançado.
O complicado d KoF é q por juntar dois games tem certo furos na historia, como personagens q seriam bem mais velhos do qeue estão no jogo.
Gosta da versão em 2d, mas joguei uma epoca dessa um em 3D, interessante pq ñ tinha a minima ideia da existencia de tal jogo.
SF é um classico, mas realmente soh voltei a me interessar por ele com a chegada do IV. Espero q MK tem essa volta por cima com a chegada do novo pq não jogo ele desde MKIV.
Tekken, joguei uma vez a alguns meses atras. acho interessante pq é um jogo quase intuitivo sem “magias” q vc consegue aprender a jogar em minutos.
Pena que detonaram o kof pro xbox, mas prometeram lançar uma nova versão modificada, o jeito é ficar no aguardo…
Otimo post!
nao sabia da historia de quem ganhou os torneios!
uma pena ser o time japones kkkk
ralph é o melhor kkkk, detonava varios negos na porrada!
nada de faiscas ou bolinhas de luz rsrsrs
O que mais me desmotiva nos outros kof é o caracter design. ficou muito anime!
depois das primeiras edições, com aquele visual mais adulto, depois foi ficando cada vez mais zuado!!!
Ótima historia mesmo contada resumidamente. Gosto muito da athena q é uma cantora famosa.