Minha praia mesmo é mangá, mas tenho que admitir que os animes tem todo um charme de movimentação, caracterização musical, sonora, e visual que obviamente os mangás não possuem, e que às vezes os limitam em certas coisas. Então fui dar uma paradinha na leitura de Toriko – que já estava meia engatada depois de ficar pau-a-pau com Medaka Box, esperem por uma matéria logo aqui no blog – e fui lá confeirir a listinha de animes estreiantes em 2011. Porém confesso que só iria assistir Dragon Crisis, que já estou interessado nele faz um tempo, mas o post do Thiago acabou me motivando um pouco a pegar outras coisas pra ver. Meu post ficou meio diferente do que o Thiago apresentou no dele, comentei mais sobre o episódio em si, ficou mais parecido com o do Kon eu diria. Então se você não quiser nenhum spoiler grande leia até o vídeo após o continue, ou então não leia nada. Apesar de que é só o primeiro episódio…
Dragon Crisis era originalmente uma Light Novel publicada pela gigante Shueisha, desde 2007. Quem ficou a cargo da animação foi o estúdio DEEN, que tem em suas produções grandes nomes como Beyblade, Fate/Stay Night, Detective Loki, Ruroni Kenshin & Vampire Knight. Dá pra ver que o estúdio é bom, só pelos animes com imensa qualidade que produziu. Inclusive ele também é responsável por Kore wa Zombie Desu ka? que estreou nesta temporada, e que também pretendo assistir nos próximos dias.
Como falei aí em cima, desde que vi o anúncio d o anime e li a sinopse me interessei pelo anime. Mas a sinopse me enganou um pouco e escondeu coisas bem legais referentes ao anime no geral. E foi só eu ou mais alguém lembrou do famosos Dino Crisis ao ler o nome do anime?
O começo é meio estranho. Pra quem não leu a sinopse ou leu uma sinopse de umas 3 linhas como eu, a sensação que fica pelo início “escolar” da série é que vai ser alguma história bobinha daquela enxurrada que temos por aí, e que o Thiago reclamou da mesmisse, que eu concordo aliás, de séries deste tipo. Temos um garoto comum, o amigo bobo-alegre, a garota mais descolada, e a garota que tem uma paixão platônica pelo protagonista, bem estilo School Days clássico não?
A entrada de Eriko, a prima de segundo grau do protagonista Ryuji, o garoto comum que falei, serve de alívio, e já coloca perguntas na cabeça do espectador, e a saída estranha com o carro no meio da aula, deram um bom clima de novidade, o que eu gosto muito em começos de série. Mas o bacana da parte toda do colégio foi a monotonia da vida do Ryuji que ficou muito bem representada na minha opinião.
Já no carro as coisas começam a esquentar, é apresentado uma organização, Seven Tails, uma tal de Society, e os chamados Lost Precious. O anime já começa a pipocar a todo instante perguntas. Quem é a Society? A Seven Tails recupera que tipo de “itens preciosos”? Lost Precious quê? Gostei muito de como ninguém se importa em responder nenhuma pergunta logo de cara, para que as coisas sejam descobertas naturalmente ao longo da trama, porque explicação demais muitas vezes arapalha pois tira do anime aquela vontade de descobrir, saber mais, o que acaba motivando a ver o anime.
FANG. O nome da organização que possui o tal item que Eriko e Ryuji vão “buscar” dá indícios que o nosso “Dragon” que nomeia o título está para aparecer logo. A conversa no cais ainda deixa mais duas perguntinhas soltas no ar: Afinal que raios é aquela varinha mágica que solta borboleta? O que aconteceu a três anos atrás apara deixar Ryuji com aquela cara? Lembrando que também é mencionada pela primeira vez uma Máfia, o que é aparentemente a tal de FANG, uma máfia especializada em Lost Precious.
Foi meio inesperado a forma que a Eriko agiu pra mim, eu achei até este ponto que ia rolar uma troca entre a bengala e o outro item Rank S. A perseguição de carro também foi bem legal, deu um climão Velozes e Furiosos – apesar daqueles carros dos mafiosos fazerem um giro 180° graus rápido demais – na coisa toda, e uma tensão se a maleta ia cair ou não. Aliás neste ponto estava querendo que a abrissem o mais rápido possível.
Quando a dita cuja finalmente abriu, uma garota sai de lá. Na hora lembrei da C.C. de Code Geass, mas nosso dragão é bem mais grudento e feliz que ela. Sim isso mesmo! Garota dragão! Eu particularmente gostei muito do conceito de “dragão” do anime. A pessoa não se transforma tecnicamente na criatura mitológica, mas é representada por uma pessoa aparentemente normal, com algumas escamas em alguma parte do corpo. pelo menos é isso que dá a entender o primeiro episódio. O controle e a manipulação do fogo é outra coisa que me intrigou, o anime cita cuspir, mas aparentemente Rose – como vem a ser chamado a dragão – utiliza as mãos contra os caras da FANG. Afinal é pela boca ou pela mão/escama? Eu particularmente acredito que seja a 2° opção. E a acho bem mais interessante.
Agora mais uma perguntinha para nossa lista: O que é realmente Rose, e porque ela sabe o nome do Ryuji? Com certeza tem haver com aquele sonho inicial, mas vai saber. Aparentemente Rose é como um bebê e não fala, nem sabe nada, o que gerou boas situações cômicas ao longo do episódio. O anime balanceou bem estes momentos cômicos e ecchis com a pequenina ação do episódio, o que é essecial para não cansar o espectador.
E terminamos com mais uma pergunta que é gerada com a aparição inesperada de um helicóptero com um cientista com um megafone. E pelo preview do próximo episódio as coisas parecem que vão melhorar ainda mais no 2° episódio.
E Dragon Crisis em seu primeiro episódio foi isso. Bom balanceamento de cenas, dúvidas para instigar o espectador, vontade de saber o que vai acontecer, e uma coisa que não comentei: uma ótima trilha sonora. Muito legal mesmo, combinam com as situações, e inclusive algumas que eu acho que são boas para se escutar fora do anime. O primeiro episódio de Dragon Crisis foi meio morno mais abriu possibilidades interessantes para os rumos da série. Que venham mais dragões!
Aonde eu fiz o download? No conhecido PUNCH Fansub, qualidade em HD do vídeo muito boa, só ficou devendo os karaokês, ou as traduções das músicas de abertura e fechamento.