Há pouco tempo me dei conta que fevereiro já está aí, e com ele vem uma das estreias do ano que aguardo ansiosamente: Gate7. Sou fã assumido do Clamp desde que acompanhei Sakura Card Captors no Cartoon quando era pequeno, e de lá pra cá pude ler mais algumas obras do studio para me situar melhor no estilo e na forma delas produzirem seus mangás. Além do início de Gate7 engatilhado, as Clamp irão finalizar o mangá de xxxHOLiC, que se não estou errado era para durar menos que o Tsubasa não? Acabou indo mais longe.
Eu estou com um hype acima do normal pra essa série por vários motivos. O primeiro deles vem do próprio anúncio de onde será publicado. Shueisha, mais precisamente a Jump Square. Pra quem não sabe a Shueisha é uma das maiores editoras do Japão em termos de mangá, senão a maior, responsável pela icônica Weekly Shonen Jump lar das maiores obras do genêro. A Jump Sqaure por sua vez é uma revista mensal e que abriga títulos mais voltados a um público de maior faixa etária do que a Shonen Jump, e é povoada por grandes autores, uma parte deles já publicados/serializados na Shonen Jump como Nobuhiro Watsuki , Katsura Hoshino, Kentaro Yabuki entre outros.
Pra mim atualmente, a Square Jump tem uma line-up muito boa de mangás, abringando bons títulos de variados genêros, mas alguns mangás da Clamp, na minha opinião, tem por si só um genêro único. Gate7 é um deles. Continue lendo para ler sobre as impressões do One Shot lançado em novembro na revista.
Takamoto Chikahito, um adorador de coisas antigas, bom aluno em história, visita Kyoto, mais precisamente um templo famoso por amuletos que dão sorte à estudantes cujo nome é Kitano Tenmangu. O mangá começa com uma pitada de cultura japonesa, já situando o leitor para universo que em poucos quadros será introduzido.
Essa suposta outra dimensão que se mostra subtamente, ao leitor e ao nosso protagonista. Neste momento nossas perguntas se confundem com as de Takamoto. Onde ele está? Como foi parar ali? Eu particularmente gosto muito deste efeito no início dos mangás, é algo que evita que o começo fique chato e cansativo, cheio de explicações. Mais ou menos como ocorre em tutoriais de jogos pra mim, quero sempre fazê-lo o mais rápido possível para me jogar na aventura de vez!
Após a entrada nessa dimensão, ou melhor “rua de cima”, é que o hype correu em minhas veias. A aparição de Hana, Sakura e Tachibana, é algo que fala: “a aventura começa aqui, bem vindo”. Temos um ataque repentino de seres, que ainda não foram explicados profundamente, e Tachibana invocando uma espada para Hana, que destroça os bichanos.
Os seres me lembraram muito os Dusks de Kingdom Hearts em design, e tudo aconteceu bem rápido, sua aparição e aniquilação. Mas é citado algo que parece ser uma hierarquia entre esses seres, aquilo sobre não ser um dragão me intrigou, o que seria um dragão? E além, a classe delas seria “Serpentes do solo baseadas em sol” como Tachibana fala? Então significa que cada uma das criaturas possui um elemental regente diferente, assim como sua composição? Essa foi uma das partes mais intrigantes pra mim, algo que vou gostar de ver maximizado na versão serializada.
Foi meio estranho ver só Hana lutando, será que só ela tem o poder/habilidade para empunhar armas contra os seres? O Sakura é que “summona” a arma dela, mas sei lá achei estranho só ela ter lutado. Além disso ficou uma impressão protetora sobre ela como “irmã mais nova”. Nem comentei mas mesmo achando estranho o nome “Sakura” sendo usado para um nome, achei bacana o nome mais que icônico para o grupo ser utilizado. E depois perguntam porque é confuso às vezes saber se um mangaká é homem ou mulher XD
Mais a frente quando as explicações começam a pipocar temos mais revelações interessantes, e possíveis elos para a trama que está por vir. Rua das Flores, segundo a explicação do Wing-Egg, seriam ruas japonesas que ainda contenham casas de Geishas, ou seja são chamadas assim por razões históricas. Mas onde os personagens se encontram no momento é “acima”. São citados sete Urashichitou, mas como é comentado, atualmente só existem três, o que terá acontecido com o resto deles? E pelo que eu entendi existem mais “Ruas” e com elas mais Urashichitou certo? Estou com expectativas para ver como será a interação com estas entidades de ruas diferentes. Será que todos têm o mesmo objetivo? Essa parte foi crucial para o meu hype. Pelo que eu li por aí, as autoras fizeram uma intensa pequisa cultural antes de escrever tal coisa, mas até onde vai a mitologia “real” e começa a das Clamp? Tachibana ainda cita detentores de poderes sobrenaturais, talvez algo como visto em HOLiC, e de “poderes especiais”. “Poderes especias”. Algo bem vago que amplo, que tipo de poderes? Existiriam tais detentores de poderes contra os Urashichitou? Minha aposta é que sim, lembram-se de Takamoto ser confundido com um assassino?
A tentativa mal sucedida de apagar a mente de Takamoto mostra que o personagem deve ter realmente algo especial, e começa a se montar o clichê de cara com
Terminamos com a sensação de “unidos pelo destino”, já clássico, com Hana e Takamoto. O que mais instiga, porém, é a fala de Takamoto na penúltima página do one shot:
Naquele momento o que a tal Hana disse e suas ações… Eu só iria entender 3 meses depois.
A serialização está marcada para a terceira edição deste ano da SQ Jump, que tem previsão de lançamento lá no Japão para dia 4 de fevereiro. Onde eu li o mangá? Baixei a tradução do Wing Egg que está disponível no CLAMP Project, com qualidade absurda da scan, e tradução com certas explicações que ajudam demais!
Abaixo imagens do preview do primeiro capítulo da serialização:
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Créditos pela imagem que abre o post à horcrux1985, e a imagem colorida à neko96, ambos usuários do DeviantART.