Quando todo mundo estava vendo a nova temporada de animes, eu, que sou mais pro lado dos mangás, aproveitei as semanas sem a Jump para pegar uma nova série para ler da revista. Medaka Box já estava faz um tempo naquela lista “vou ler”, mas com os lançamentos semanais, festas de fim de ano e etc, nunca dava para pegar a série para engatar mesmo, sabem?
Mas porque raios você não leu Toriko antes? Sei que Toriko tá com todo um hype matador, a série tá disputando com os grandes na SJ, mas sinceramente, Medaka Box me chamou mais atenção antes, até muito por não saber bem do que se tratava, apesar de achar que era um mangá do estilo escolar, com gente normal, piadinhas, talvez regulando bem com Sket Dance que parece ter esta a proposta (Idem Beelzebub). Mas eu estava redondamente enganado. O porquê? Clique sem medo no continue abaixo porque por enquanto não haverão spoilers, primeiro farei um texto para aqueles que não conhecem a série, conhecerem, e ao mesmo tempo introduzir a opinião geral da obra.
Porém pelo início de janeiro peguei e emparelhei com o último lançamento feito do scanlator CxC, ou seja o último capítulo que li até o momento foi o 79, sendo que no Japão a edição #11 continha o 85, então bem pertinho da terra do sol nascente. O mangá em si começa bem morno mas sofre transformações interessantes e segue outros rumos durante a sua trajetória, mas sem abandonar suas raízes “colegiais”.
Kurokami Medaka. Aluna do primeiro ano. Perfeita em tudo o que faz. Eleita a nova presidente do conselho estudantil com 98% dos votos. O seu primeiro ato como presidente é instituir uma caixa de sugestões para que as pessoas coloquem seus problemas nela que desejam ver resolvidos, ou desejos atendidos. Carinhosamente apelidada pelos alunos de “Medaka Box”.
Comecei a ler já achando “que porre, vai ficar nessa lenga lenga o mangá todo?”. Mas a primeira tarefa na qual delinquentes tomam o hall do clube de kendô, já me deu uma perpectiva diferente do que eu achei que seria a série. O mangá já começa com lutas e socos, uma coisa muito inesperada pra mim. E a esta altura eu sinceramente não sabia mais o que pensar de Medaka Box. Luta? Não. Escolar? Muito anormal. Apesar que anormal ganha uma conotação muito interessante lá na frente, mas não vou falar agora para evitar spoilers.
Uma das coisas mais interessantes de Medaka Box, ironicamente por mais uma vez etr duplo sentido a palavra, é ser anormal. Eu, claro, encaixo na categoria Shonen, mas se eu for tentar especificar não consigo muito. Com semelhanças em relação ao início descompromissado de KHR!, Medaka Box tem uma evolução de altos e baixos.
Voltando para o arco do clube de Kendô, é meio estranho como Medaka, mesmo sendo claramente mais forte do que todo mundo, sempre tenta o caminho da “mudança”. Ela sempre luta para mudar a forma de pensar das pessoas ao invés de quebrar a cara de todo mundo sem motivo. Ela assume que para virarem delinquentes os ex-membros do clube de kendô devem ter passado por situações difíceis, e os obriga a treinarem todos os dias, os ensinando “o caminho da espada”.
Mas a pessoa que fez o pedido foi Hyuga, um veterano no esporte e que desejava o lugar sem ninguém para que este pudesse treinar sozinho para os campeanatos de kendô, já que aparentemente era o único que se interessava pelo esporte no lugar, e claramente se achava melhor que os demais. O seu verdadeiro objetivo era na verdade, como vocês devem presumir, que o Conselho acabasse com todo mundo sem ele precisar sujar as mãos. Mas Shiranui, neta do diretor e amiga do Zenkichi, pede para que Hyuga seja “reformado” por Medaka.
A surpresa, em parte, vem por ser Zenkichi quem derrota o tal Hyuga, e com isso tudo fica na paz no clube de kendô, e Zenkichi entra pro Conselho, mas com o menor “cargo”, na tradução livre (já que eu li em inglês), Gerente de Assuntos Gerais. Nesse começo Medaka Box mostrava o seu potencial, mas era bem fraquinho. Eu me cansava lendo capítulos nos primeiros arcos, “Medaka Box”,”Batalha Aquática”, mas o terceiro”Embate com os Enforcers” (algo como “aplicadores de normas”), deixou as coisas bem mais interessantes por intriduzir, de certa maneira, batalhas melhores e mais “reais”.
Spoilers à frente, continue se você já leu Medaka Box até o arco “Menos”/”Minus”.
Uma melhora gradativa? Os Enforcers chegam pra botar ordem na casa!
Eu podia colocar “aplicadores de normas” ou “fiscais” como está na tradução do scanlator brazuca, mas acho Enforcers bem mais legal, então fica ele mesmo.
O arcos de sugestões foi bem chatinho, eu ri um pouco, me diverti, mas acho que só funcionou por que era o início de tudo. Eram basicamente mini-histórias de 3~5 capítulos, no estilo das de Ranma, ficou claro que o mangá não ia aguentar segurar aquilo por muito tempo. As coisas, pra mim, melhoraram gradativamente, com casos cada vez mais bizarros e engraçados como o do cachorro e o do pintor (eu ri demais nesses capítulos do pintor e rachei com ele escolhendo a Shiranui), e chegaram ao ápice na batalha por fundos que rivalizou o time de natação, que foi um arco que primou por misturar bem seriedade com as piadas e momentos cômicos. Confesso que o mangá às vezes surpreende de forma bem inusitada… O que falar do beijo entre Kikajima e Medaka? São coisas pequenas que surpreendem o leitor, para que o mesmo não fique entediado com essa coisa toda de “dias normais”.Fora o arco final de sugestões, só senti mesmo a pitada shonen “na veia” na luta do Akune com o Zenkichi.
Mas entendo que tudo foi necessário para montar o conselho estudantil. E até para nos fazer simpatizar com certos personagens “recentes” como Akune e a própria Kikajima que entrou no fim da saga das sugestões. Mesmo ela tendo entrado mais tarde, a cena dela conversando com o Zenkichi me fez rir demais, e a tentativa de beijo mais ainda, quando o Akune e a Medaka aparecem então foi de rachar o bico.
O arco começa no climão “comédia” da primeira saga – o que eu achei uma opção para não mudar totalmente o rumo das coisas e “quebrar” a narrativa, ao invés disso foi feita de forma gradativa, transicionando para as lutas mais calmamente – com Onigase, uma integrante do grunpo que cuida das regras da escola, os tais “Enforcers”, implicando com o uniforme “modificado” do pessoal do conselho estudantil. A coisa prossegue com vários episódios, como a algemação de Zenkichi com onigase e depois com Medaka enquanto ela resolve os problemas da escola.
Tudo muda quando Unzen, o líder dos enforcers começa a “guerra” entre o conselho estudantil. A sequência da Medaka correndo contra o tempo para salvar os integrantes do clube foi muito bacana, e deu uma sensação que a mim não havia sido proporcionada no mangá, de ansiedade, e expectativa de como ela iria salvar todo mundo no tempo. O bacana de Medaka Box é sempre o sentimento que o autor tenta colocar por trás das coisas. Medaka não correu para salvar os integrantes do conselho, mas sim para evitar que os Enforcers fossem culpados por derramar sangue alheio. Basicamente todas as ações de Medaka são pautadas nisso, em evitar que as pessoas ao redor “se percam”. Eu achei bem bacana isso, porque é reflexo do trauma que a personagem era no seu passado, mas falaremos disso mais à frente.
Unzen é um personagem muito bem construído. Justiça sem piedade, usando qualquer metódo para obtê-la e passando por cima de todo mundo. O estilo de batalha com o cálculo dos ricochetes das bolas foi uma bela sacada do autor Nishio Ishin, e a sequência dele explodindo tudo em sua volta para acabar com todo mundo, menos ele por causa do casaco especial dos Enforcers, foram um marco para transição séria que o mangá estava recebendo. O bacana de Medaka Box é que por mais bizarra que certas situações ou poderes possam parecer Ishin bola uma explicação coerente para tal fato. Por exemplo como Unzen conseguia direcionar as bolinhas quicando alucinadamente pelos cáculos absurdos em sua mente.
Todo mundo sobrevive à explosão. O porquê? Ishin explica. Medaka, trancou todos num armário para que as chamas não os atingissem, ela por sua vez é inumana então não havia muita explicação a dar. Mas mesmo assim ela chutou as bolinhas ao seu redor, ou seja, isso afastou um pouco a explosão dela também. É nesses momentos que Ishin arranca um “caramba, isso foi possível por isto”, e o que dá ao mangá um toque especial.
Medaka utiliza contra Unzen um modo chamado de “perses”. Neste momento a personalidade de Medaka aflora, bem como seus instintos inumanos, elevando seu corpo ao máximo, porém a fazendo aproximar de uma besta, sem a razão característa,. com os olhos focados em sua presa. É praticamente um sayajin quando vira um macaco ao olhar pra lua, sabem? Só que Medaka tem consciência do que está atacando, ao contrário de diversos sayajins de Toriyama.
A esta altura o autor puxa um gancho no passado, que virá a se tornar a principal coisa no universo da série após algum tempo. Aliás isto é bem comum na série toda., do nada em inícios de capítulos temos de 3~5 páginas que voltam ao passado e explicam situações presenciais. É um recurso bacana, mas acaba por não ter às vezes o mesmo impacto que os mini-arcos de Oda por exemplo.
Flask Plan e a verdade por trás doa Normais, Anormais e Especiais!
A partir daqui Medaka Box virou pra mim um dos melhores shonens da Shonen Jump. Agora tínhamos um grande plano por trás de tudo, uma organização, ex-membros, uma elite, e um QG. Precisa de mais? A explicação para a natureza das habilidades humanas também é bem bacana. Normais seriam aquelas pessoas comuns, sem maiores aptidões para certo tipo de coisa. especiais são basicamente iguais aos normais, só que possuem uma aptidão absurda para certo tipo de coisa. Agora é que vem a parte bacana, anormais, são aqueles que nasceram com alguma habilidade especial ou característica. Ou seja Medaka e Unzen são anormais, mas o mais interessante a esta altura é saber qual é a anormalidade deles, que lhes permite fazer várias coisa. Principalmente de Medaka e nem tanto do Unzen. Zenkichi é um normal, e eu adorei isso. Apesar de ser um pouco clichê ele ter que lutar contra essa própria anormalidade para ficar perto de Medakla e aprotegê-la, o autor mistura os conceitos já que a própria não necessita de ser protegida, porém mesmo assim Zenkichi luta contra isso. Akune tem a aptidão para luta, e Kikajima tem um sistema respiratório avantajado, o que lhe permitia prender bastante a respiração e nadar muito bem.
Com o sistema de batlhas e poderes sendo estruturado, tudo ficou mais interessante ao meu ver, e a maneira que Ishin introduziu ao universo pelo Flask plan foi de certa forma muito boa, pois foi tudo naturalmente, e foi algo que os personagens ainda não sabiam, assim como os leitores, ou seja, além de explicar a nova saga, ainda consegue uma aproximação vital com o quarteto principal.
O Flask Plan em si parece ser algo muito grandioso. 100 anos atrás foi criado, e o objetivo maior da academia Hakoniwa, é recrutar gênios de todo mundo, com a tarefa de capturar essa “genialidade” em um frasco, assim criando o “elixir” para elevar ao máximo ttodos os seres humanos, criando assim uma população perfeita.
A elite do Flask Plan, parte da classe 13, é bem superior a todos os inimigos que Medaka enfrentou até agora, que mal davam pro cheiro, tirando o Unzen que veio do Flask Plan. Todos tem “habilidades anormais”, como por exemplo, o líder Oudo Miyakonojou, que faz com que qualquer pessoa tenha que obdecer suas ordens. Mas na verdade, tudo que ele faz é mandar sinais elétricos diretamente aos nervos do oponente fazendo assim o seu corpo naturalmente fazer a ação.
A parte em que eles vão encontrar com o irmão da Medaka, Maguro Kurokami é hilário, mas até aí parece que o manga só estava criando hype para quando a saga começasse de verdade. Coisas como as marcas corporais e o treinamento dele foram coisas que atiçaram ainda mais minha imaginação para o que seria realmente o tal plano. A forma como o Akune e o Zenkichi entraram no QG foi bem legal apesar de um pouco previsível.
Pulando pra primeira batalha Medaka Vs. Shigusa Takachiho. Takachiho tem uma habilidade bem bacana do “reflexo automático”, ou como ele mesmo descreve “cérebro em piloto-automático”. O negócio é tão incrível que ele conseguiu desviar das bolinhas do Unzen que a Medaka jogou nele. Eu achei meio chato ver a Medaka apanhando mais e mais de novo, pra pegar o Pendrive e depois perdê-lo seguidamente, mas novamente a explicação veio à tona.
A anormalidade de Medaka é algo que lhe permite ter controle total de todas as partes do seu corpo livremente, inclusive as que são normalmente involuntárias, elevando-as ao seu potencial máximo. E assim se explicam todas as habilidades absurdas da personagens. Confesso que acreditei que não haveria explicação nenhuma para isso, algo como: “Ele é inteligente, acabou”. A forma como Medaka derrotou o Takachiho na minha opinião foi demais. Ao invés de aumentar a performance dos seus músculos, ela os “diminuiu” ao máximo para liberar tudo rapidamente e atacar numa velocidade tão absurda que os reflexos do oponente não detectariam.
Mantendo a tradição, no início do capítulo foi mostrado o passado de Takachiho. Quando você lê a forma na qual Ishin conseguiu transformar a habilidade dele em algo traumatizante, é de certa forma impressionante. O garoto escapa de um acidente de carro com seus reflexos, e vê toda sua família morrer. Eu imaginava que ele ia sofrer somente alguma retaliação de amigos, por não quiserem jogar mais com ele por sempre perderem, mas o autor faz questão de levar tudo a um nível alto para mostrar que os integrantes do Flask Plan não estão lá sem motivo. Mas sabem, mesmo numa troca de socos banais Ishin e Akira conseguiram trazer um sentimento de felicidade à luta. Os dizeres “Sempre esperei por alguém que pudesse me tocar” por parte de Takahito, mesmo com redundância, foi tocante. São coisas que não vejo por muitos mangás por aí, situações que levam tal personagem a um extremo de se sentir bem quando algo, mesmo que contra ele, e aparentemente ruim, é feito contra ele próprio, coisas banais que por certo motivo não tiveram acesso.
“Eu não sou do tipo que morre sendo morto” As palavras de Zenkichi que abrem a luta dele contra Munakata. Seriam essas palavras ligadas de alguma forma com a luta contra o Kumagawa mais a frente? Pra mim aquela morte “falsa”, que o levou de encontro com a garota misteriosa, foi uma das maiores incógnitas que eu li na série. Kumagawa a conhecia? Aonde ela estava, outra dimensão? Me chamaram atenção que pode ter sido ela quem foi morta pelo Kumagawa e fez Medaka desembestar no Perses mode pra cima dele, e talvez por isso Zenkichi não se lembre dela pois suas face foi desfigurada… Bem essa parece ser a explicação mais plausível pra coisa toda.
Voltando para batalha do Zenkichi, achei o Munakata beeem mais fraco que o oponente da Medaka. Se ele pudesse utilizar as armas adequadamente talvez ficasse mas bacana, mas no fim das contas eu gostei do “estilo” de luta do Zenkichi e do finale com as espadas caindo. Deu uma pontada de desesperança quando o Munakata puxou pistolas mas como ele não usava nada direito mesmo, além quando enfiaram um monte de espadas nas costas dele, e a Medaka chorando por ele. Um dos pontos altos, foi esse mesmo, foi que eu me lembre a primeira vez que a Medaka chorou pra valer no mangá, e falou algo mais pro lado amoroso da coisa durante a luta.
A próxima batalha talvez não tenha sido a melhor em termos de pancadaria mas foi a a que mais agregou a história. O Akune e o seu passado valentão e o cabelo do Zenkichi (ri litros aqui XD). A Youka Naze que era na verdade irmã da Medaka, foi a revelação mais impactante junto com aquela coisa toda de se depreciar e fazer passar por experiências ruins achando que assim iria se fortalecer. Ela ainda apagou a memória, coisa que fiquei na dúvida se era verdade ou não. O bacana da Kujira é essa constante dubiedade, agente nunca sabe se ela está ajudando ou querendo prejudicar, e os traços do mangá só aumentam esse caráter.
Mesmo entendendo achei bobo essa coisa toda da Medaka “acreditar” e se ferrar. Mas a personalidade dela é assim, né. Interessante foi ver aquele líquido “normalizante”, e depois a Kujira apagando a memória da Medaka, e com isso a sua personalidade, e a sua anormalidade. Gostei dessa história da anormalidade se desenvolver a partir da personalidade dos personagens.
Não gostei foram dos caras da “Plus Six” aparecerem praticamente só pra apanhar pro Kumagawa no final da saga, idem pro resto da patota do Unzen. Odeio quando personagens bacanas, com potencial são mal aproveitados. Foi estranho o Mizou dizer que todo mundo da 13 Party podia fazer transfiguração de forma, apesar de ninguém ter feito isso até agora além dele. A luta com a Kikajima segurando a respiração não foi bem uma luta, mas foi a primeira vez que vimos ela fazer alguma coisa pro conselho efetivamente. Gostei porém, de usar a pressão do ar para mandar os cacos de vidro voando pra cima dele, são táticas malucas como essa que deixam um mangá muito mais interessante e menos previsível.
Todo o processo de lavagem cerebral na Medaka foi algo muito bacana, neste ponto a carga emocional do mangá estava bem forte. A Medaka chorando por dentro da personalidade implantada foi tocante. O passado com o Kumagawa e depois o Zenkichi foi… sem palavras. O porquê da Medaka gostar tanto do Zenkichi por ele ter dado a ela a sua razão de viver, e também a explicação para as ações bondosas dela.
Oudo ainda tinha uma carta na manga interessante. Poder copiar as habilidades dos outros como a Medaka fazia foi algo que fez balançar a capacidade de ganho dela na batalha. A única coisa que podia derrotá-lo mesmo era o Perses Mode com consciência, o Mars Mode. E mesmo quando o Oudo ficou desesperado e usou o “Unreasonable Taxation”, a anormalidade da Medaka era tão absurda, tão bestial que seu corpo e mente não aguentaram. Nesse momento eu senti Medaka como um daqueles personagens clássicos que possuem muito poder, absurdo até. O fim da batalha foi bem o estilo do mangá. Ninguém se feriu , Oudo acabou suplicando para Medaka “soltá-lo” de sua anormalidade.
Ver todo mundo quase morto ao final da saga na saída foi chocante. Mas chato também, de ver aquele pessoal todo inutilizado sem nem lutar direito.
Quem não tem Flask Plan caça com Minus 13?
Essa nova saga está bem mais estruturada, e com um ritmo bem melhor que a outra. Não sei se é pela explicação dos poderes que foi dada só depois, mas essa é minha impressão. O Kumagawa é estranho demais, com aquele sorriso no rosto e querendo acabar com todo mundo. Mas eu gostei dele, é do tipo do vilão que dá vontade de socar bastante, que você tem raiva mesmo. Ainda mais depois daquela história toda naquele laboratório, e depois ter transfigurado e matado aquela garota misteriosa. A Shiranui também finalmente mostrou algo de maior relevância para a história e não duvido que ela venha a ser a cabeça de tudo num próximo arco. Não engulo aquela história dela se meter com a Minus 13 sem motivo, e saber tanto sobre o Flask Plan, além de ser neta do diretor né. Contudo ela sempre balança quando fala do Zenkichi mesmo se fazendo de durona.
Gostei muito da Naze/Kujira “integrar” o conselho de certa forma, nas suas decisões tem sempre aquela dúvida se é sério ou tem algum motivo obscuro por trás, apesar de achar que depois da luta contra a Scardead (esqueci o nome) ela realmente tenha integrado a coisa toda, e ficado bonzinha lá no fundo, mesmo com sua personalidade intacta. Essa pra mim aliás foi uma das melhores batalhas de todo o mangá. Como ela desenvolveu a capacidade de controlar a temperatura corporal livremente, e evoluir a anormalidade para um Minus na luta foi demais. A Scardead também tinha um poder bem bacana, o de abrir as “feridas” de qualquer coisa, inclusive construções e a mente humana. No final ficou tudo bem apelão pelo poder que a Kujira desenvolveu mas foi uma boa luta.
Agora uma coisa que me venho questionando é essa coisa de Minus e Plus que não entendi muito bem. Pelo que entendi é uma evolução da anormalidade, mas ainda não vi a diferença perceptível entre um e outro. Espero uma explicação mais pra frente dos autores.
Eu gostei do toque político que teve o desafio do Kumagawa contra o conselho, deu um ar intelectual que o mangá vinha necessitando depois da pancadaria desenfreada. às vezes é bom dar um break nisso para não encher o saco, e virar socos e chutes sem muito sentido. Bem isso até funciona em certos mangás como DBZ que não precisa de muita explicação, é só salvar o mundo e pá. Mas Medaka Box se torna interessante por não largar a mão nunca das explicações por trás de cada coisa no mangá.
Bem sobre o Zenkichi vamos começar pela mãe. Da primeira vez que vi o design fiquei pensando no aspecto infantil. Aliás o interessante que não foi só eu, mas os personagens do mangá também. Bizarrices à parte, depois de devidamente acostumado, – levei um tempo para processar o fato que aquela criança era aparentemente a mãe do Zenkichi – gostei da personagem. E nem lembrava daquela história da Medaka ter achado o Zenkichi na “creche” do laboratório dos anormais, então faz sentido ela ser uma empregada de lá. O Kumagawa ter uma obsseção por ela também incrementa de forma bacana os conflitos.
A Mukae Emukae, a garota que decompõe tudo que toca, e apaixonada pelo Zenkichi, ou pelo menos até saber que era um dos seus alvos. Eu me pergunto se ela gosta mesmo do Zenkichi ou não. Na minha opinião, sim. Talvez saberemos mais ao fim da batalha de duplas dele comsua mãe contra a Mukae e o Kumagawa.
O desenrolar da luta foi demais. Zenkichi ficou cego de verdade, disse que amava a Medaka, e ainda encontrou a garota misteriosa. Quem é ela? Um dos mistérios que rondam o mangá até agora. Mas como ela conseguiu trazer o Zenkichi de volta? Mesmo sendo a garota que o Kumagawa arrebentou no passado… As coisas não conferem… Será que é uma anoramalidade dela? O tal do Hinokage consegue “esconder” sua presença sabe-se lá como (ou foi explicado e não lembrei?). Já que estamos falando nele, eu gostei muito desse personagem, mesmo com aquela história estranha de ser o presidente do conselho sem ninguém perceber. Mas ele passa a imagem de super-heroi, fortão que nada teme, além de ter espancado o Kumagawa com aquela força absurda e velocidade idem. Pelas Raws sei que mais a frente ele vai vir a lutar e espero por este momento.
Bem, agora é saber se o treino de “demonificar” do Maguro deu resultado no Akune e na Kikajima. Espero mais pela segunda, pra ver se ela vai lutar mesmo. E a batalha atual também está interessante com aquele esquema das chaves e tudo mais. Fora que virou uma batalha amorosa, Zenkichi x Mukae e Kumagawa x Hitomi. O começo da batalha já veio cheio de surpresas. Simplesmente é genial como o Ishin cria formas inusitadas do pessoal usar seus poderes. Quem ia imaginar algo como fazer a terra apodrecer para criar adubo para as árvores se desenvolverem estantaneamente? Tá bem que elas pegarem a Hitomi e crescerem absurdamente é meio estranho, mas gostei da tática. E ainda tem a chance do Kumagawa se matar junto com o Zenkichi pra ver se ele não volta mais.
Bem, e vou ficando por aqui. Demorei mas acabei, deu um trabalho desgraçado mas foi divertido. Medaka Box é isso, informação pra caramba em cada capítulo (sério, faz pensar como Bleach pode ser TÃO vazio), lutas diferentes, e poderes criativos, tentando sair um pouco do “comum” aos shounens. Demora para engatar, mas quando engata se torna, na minha opinião um dos melhores na atual Jump. Vida longa à Medaka Box! E vamos torcer para aqueles japoneses mandem bastante votos pra obra! E quem sabe um anime não vem por aí?
Agradecimentos especiais a Dakini (demorei tanto que ela acabou de ler tudo antes de eu publicar isso aqui XD) que me ajudou demais separando as imagens pra mim! Créditos à ela!
EDIT: Opa! Faltou aonde li certo? Bem eu particularmente li pelo CxC usando o MangaFox+AMR, porém em inglês. Pra quem prefere português o Haru-ka traduziu até o 57.