O volume começa no núcleo escolar, bem calminho. A entrada da Kallen para o conselho ficou com uma desculpa esfarrapada na minha opinião. Esfarrapada pode ser até exagero, pois sentido ela faz. Zero precisa vigiar a garota de perto para evitar qualquer traição ou algo do tipo. Mas ficou meio estranho de como a proposta foi introduzida. Momento “melhores amigos”, do Lelouch e do Suzaku foi bacana, gostei dessa parte para melhor explicar a relação deles de perto.
Um dos grandes acontecimentos do volume foi a acusação do Suzaku pela morte do governador geral, e o resgate feito por Lelouch. Eu gostei bastante de como foi retratado essa cena no mangá, deu a sensação de medo amim, semelhante a que tive quando vi Lelouch marchando contra a horda da Britânia. A pergunta ficava sobrevoando minha mente a todo momento: aquela coisa de papelão vai desmoronar?
Suzaku salvo, e uma das melhores partes do mangá. Na verdade uma das mais cruciais em termos de história e personalidade, algo que é sublime em Code Geass. Dessa vez Majiko não deixou a peteca cair, e deu um show de bola nas expressões e nas passagens de quadro. Igualmente para o fragmento que origina o apelido de “Orange” para Jeremiah. Uma pena a Villetta não existir, pois isso sem dúvida deu um desespero bem maior a coisa toda, já que ela praticamente o ignora após o evento, mesmo sendo parceiros de longa data, aparentemente.
Teve também a reaparição da C.C., e ainda bem que a personalidade dela continua intacta. Aquele desdém com uma pontinha de preocupação sem dúvida é um dos charmes da persanagem. Pizza is back! Rá! muito bom também terem incluído isso assim como a historinha do gato. Na primeira vez rolou a tensão de alguém descobrir a identidade do Lelouch, principalmente a Kallen que tem um papel “maior” na trama do mangá, e o Suzaku por motivos óbvios.
Já falei isso no volume anterior e repito: não gosto de todo mundo virar estudante assim. Neste volume foi a vez da Euphemia. O encontro ser ambientado na escola, ao invés de num passeio pela cidade fez a história perder um pouco da grandiosidade da perspectiva mais geral quanto as diferenças entre as classes. Apesar disso, ri com a piadinha da bola de futebol. O encontro do Lelouch, como a maioria do mangá, foi apressado aqui e já houve a revelação oportuna para o caso do sequestro da frente de libertação do Japão.
Euphemia me pareceu bem mais determinada no mangá que no anime na hora de se declarar princesa Britanniana para “salvar” a todos os sequestrados. Também passou bem mais perrengue, já que não lembro dela ter ficado no meio do tiroteio que Zero provocou.
A esta altura o leitor é conscientizado da posição de Zero como guerreiro da justiça, protetor dos fracos, assim como o mundo da série. As últimas páginas valeram o volume todo pra mim. Desespero, nenhuma piedade, mortes, tudo pelo bem de uma “causa maior”. O impacto do que é Code Geass foi captado verdadeiramente nestas páginas. Zero manipulando as pessoas a sua volta com o Geass, e destruindo todos – sem distinção – que possam le opôr. Jeremiah pulando na água inútilmente buscando Zero. E a raiva e o ódio de Suzaku cimentados pelas ações de seus melhor amigo.
“Na próxima vez que alguém tentar me impedir…” Nessas palavras ecoaram a força e o lado mais sombrio da figura que chamam de Zero. Um marco Zero na história do mangá sem dúvida este volume 2. Bem, nos vemos no próximo MdQ!