Quem leu o meu último MdQ de Claymore já deve ter percebido que eu sou meio desligado quando o assunto é prestar atenção em detalhes. Toda aquela conversinha mole no finzinho do volume 11 já dava a entender de que a misteriosa Claymore que surgiu no campo de batalha era a irmã da Luciela. Mas enfim, a Panini finalmente soltou a 12º edição do mangá e com ela vieram algumas surpresas que eu não esperava, mas que me animaram muito para continuar a acompanhar a trama.
Logo de cara para acabar com o mistério (que foi mistério apenas pra mim que não acompanho o mangá na internet, portanto não riam de minha cara…) da Claymore misteriosa um flashback básico abriu o volume (mas folheando o 09 descobri que ela já havia aparecido). Gostei da rápida explicação, que inclusive contou com a presença da Tereza quando ainda pequena, ás vezes tenho a leve impressão de que ela voltará a aparecer em mais ocasiões, só não sei como. Mas se por um lado adorei o flashback, o mesmo não posso dizer da morte da Luciela. Fala sério, no volume passado ela botou toda aquela banca pra depois perder o fôlego assim, sem mais nem menos? Não gostei, achei bem sem graça, gostaria de ver o Easley suando um pouquinho mais. A morte dela foi outra surpresa, no momento em que sa duas se abraçaram achei que a Luciela fosse apunhalá-la pelas costas, por desconfiança ou algo do gênero, mas foi o completo oposto. Raphaela de fato esconde um poder tremendo, do qual falamos mais daqui a pouco.
Depois do fim do arranca rabo entre os monstrinhos, o pêndulo se moveu (não… isso aqui não é Bleach) e veio o salto temporal de 7 anos. Em hipótese alguma imaginei que a história fosse adotar esse caminho e sinceramente não entendi o porque dos longos 7 anos nas escuras. A Clare aguentou mesmo rodar em círculos procurando pelo Raki nos mesmos lugares durante 7 anos? Talvez esse tempo todo de molho seja melhor explicado pela importância de elevar as suas habilidades, já que todas treinaram durante esses anos todos e aperfeiçoaram suas técnicas, o que aliado a tantas experiências turbulentas com certeza as deixaram mais fortes. No visual, fora a Miria ter prendido a cabelo (o que a deixou mais bonita diga-se de passagem), tudo na mesma. Só resta saber que mudanças Raki sofreu depois de todo esse tempo, aliás estou curioso demais para ver como ele está agora, e a Priscila? Será que mudou também? Seja lá o que tenha mudado nela provavelmente ela ainda é o cãozinho de estimação do Easley (e como diabos ele a domou ainda é um mistério). Também gostei do flashback mostrando o momento em que a Miria explicou todo o plano ao resto do pessoal antes do estouro da guerra do norte. Não estava assim tão evidente o fato de que todas sabiam que a organização queria apenas eliminá-las, se o plano tivesse sido um sucesso, a organização teria uma verdadeira legião de Claymores sedentas por vingança no seu encalço. Outra personagem da qual acabo de me lembrar é da Galatéa. No fim do volume anterior, ela já dizia saber os planos que a organização tinha para ela, depois de 7 anos que fim levou a moça?
Com a volta de Clare e cia um ponto interessante deve ser ressaltado, pois foi dito pela própria Miria que apenas Claymores que sabem apagar sua própria Youki poderiam localizá-las. Se Raphaela depois destes 7 anos ainda estiver trabalhando para organização, ela poderá facilmente encontrá-las assim que for conveniente para eles ou caso desconfiem de algo, algo que ela já fez há algumas edições atrás, lá no volume 09, rastreando as mesmas guerreiras que serviram na guerra do norte.
Outra cena interessante foi a da Clarice (a atual nº 47, antigo posto da Clare, que coincidência não?), não a que ela foi salva pelas Claymores remanescentes, mas sim aquela na qual ela se encontra com a atual guerreira de nº 4. Acho que ficou bem claro que a organização já não está mais respeitando os direitos humanos, retirando meninas de suas casas quando ainda crianças para serem doutrinas desde de cedo. Me pergunto se por algum motivo essa Claymore incompleta não esteja assim exatamente para servir de mãe para a nº 4, até porque (me corrijam caso eu esteja errado) nenhuma outra guerreira 100% formada conseguiria fazer o mesmo por uma criança, já que são metade youma.
E para finalizar, a nova geração dá as caras. Fiquei impressionado com as duas (Maria-Mulher e Maria-Homem) batendo de frente com a Riful, afinal de contas o que de diferente tem essas novas guerreiras que as antigas não tinham? (tá… as duas trabalharam juntas, mas não acho que seja somente questão de estratégia melhor) Porque na minha memória ainda está bem claro o quanto a Clare e a Galatéa sofreram para tentar derrotá-la tempos atrás. Na minha opinião, a idéia de que as candidatas a guerreiras estão ingressando na organização cada vez mais cedo pode ser a explicação, mas deve haver algo mais nisso. Outra coisa que não entendi foi a turma partindo em direção a luta com o objetivo de salvar o lado mais fraço (aparentemente a Riful). Tá certo que a organização não deve saber aonde elas estão exatamente, mas deixar a Riful morrer de uma vez por todas não seria uma pedra a menos no caminho? Ou será que o plano é unir forças com potenciais inimigos para acabar de uma vez por todas com a organização? Claro que as novas Claymores também são inimigos agora, mas faz-se realmente necessário confrontá-las nesse momento? Fiquei um tanto confuso e espero sinceramente não estar perdendo nenhum detalhe (como foi da última vez).
Enfim, volume muito bom (só não foi melhor, porque a Clare com patas de cavalo foi bem mais chocante na edição anterior), agora é aguardar pelas próximas páginas, que só Deus (talvez o Diabo) e a Panini sabem quando vão sair.