Naruto: Capítulo 532 e 533 foram disponibilizados dia 17 e 30 de março, respectivamente: “Mifune vs Hanzou, A Conclusão e Um Juramento”.
Se você não sabe o que é o projeto Conversa de Mangá, clique aqui. Depois do “continue”, a gente conversa mais:
Aviso: Continue apenas se você já leu os capítulos 532 e 533 de Naruto. Atualmente acompanho o mangá pelo site Manga Stream, e a qualidade da scan é absurdamente fantástica! Basta não ter medo de inglês. Mas, em todo caso, a StrawHat Scans tem a tradução em Português! 😉
Naruto 532 e 533
Mifune vs Hanzou, A Conclusão / Um Juramento
Naruto é um mangá complicado de se avaliar individualmente e semanalmente as vezes. Lembro de ter dito em meu último CdM que não estava contente com o que o Kishimoto fez, interrompendo a luta do Asuma contra seus discípulos para peder tempo com o Mifune e Hanzou. Ainda considero isso uma sacanagem, falta de cuidado do autor de fazer as batalhas certas na hora certa. É minha opinião é claro, e não a verdade absoluta sobre a história ou o autor, quem sou eu para julga-lo assim. Mas aí vem o capítulo 532, que conclui a história do Mifune e do Hanzou…
Não foi um capítulo ruim, pelo contrário, se fosse em qualquer outro momento ou saga do mangá em que isso ocorresse, sem a pressão de uma guerra acontecendo ao fundo e de todo um clima de tensão e climax, eu diria que a luta foi um espetáculo a parte. E a conclusão realmente foi muito mais legal que o começo, sem toda aquela conversa sobre espadas, com certeza o ponto filosófico da conclusão, sobre as pessoas perderem a vida quando perdem a sua fé é muito melhor do que “espadas são pessoas”. O Kishimoto montou direitinho esse ideia dentro da trama. Gostei muito desse ponto de discussão.
Já sobre o desfecho literalmente da batalha, com o Hanzou se suicidando e o Kabuto perdendo o controle sobre ele, não tenho muito o que dizer. Achei meio estranho o quadro enorme com ele enfiando a espada na ferida, o angulo ficou esquisito. Também não posso deixar de pensar que o que ele perfurou não foi a verdadeira glândula venenosa, mas a glândula-zumbi do seu corpo zumbi. Ok, as caracteristicas dos mortos nesse jutsu são reproduzidas fielmente, o autor não errou aqui, mas não consegui deixar de pensar que ele furou seu “orgão-zumbi”. Não seria, alias, mais legal se fosse o Mifune que tivesse feito o ataque fatal no Hanzou? Sei que o suicídio tem a ver com a filosofia da vida/fé, é que eu realmente não gosto muito dessa ideia de suicídio/honra.
Em todo caso, gastou dois capitulos para esta batalha, menos mal. Minha irritação com Naruto diminuiu com o próximo capítulo. Não completamente, é claro, ainda acho que pelo conceito criado, o mangá deveria está muito mais épico.
Bem, o fim do capítulo 532 dita o tom do 533, então já vou direto para o próximo. Chouji e sua incapacidade (ou seria sensibilidade?) para agir como deve. Naruto (o mangá) tem esse ritmo de drama/batalha/suspense deste o começo de tudo. É uma de suas qualidades. Que o torna original e único de outros mangás, ainda que shonens tenha lá suas igualdades. Então não faria muito sentido reclamar da batalha, ainda não concluida, do Asuma contra o Time 10. Pois é, não vou reclamar, mas achei meio sacanagem toda essa situação do “eu não posso” do Chouji, meio clichê sabe. Você sabe que vai acontecer, e ainda quando acontece, você se pergunta: “Por que não aconteceu diferente?”
Mangás tem muito disso, de contar uma história pela metade, e em determinado momento, fazer a sua revelação. Mostrar uma peça do quebra-cabeça. Mas uma das maiores polêmicas dentro da forma de narrativa é: Quando é o melhor momento para mostrar uma revelação do passado? É uma pergunta difícil e em geral cada autor tem uma técnica para fazer isso em sua obra. E isso pode ou não influenciar na forma como os leitores veem a trama. Alguns montam mini-flashbacks que mal dá para entender direito, passado do Gin em Bleach é um bom exemplo. Outros esperam a saga acabar ou parte dela ser concluida para explicar certos momentos, como o Oda faz em One Piece, e outros como o Kishimoto vão mostrando a qualquer momento, sempre que um dilema representa algo do passado que precisa ser explicado. Nenhum método é errado. Ora funciona, ora não funciona. No capítulo dessa semana de Naruto, eu não sei dizer se PRA MIM funcionou. Ler apressadamente por querer retornar a trama, é um sintoma de que não era um momento bom pra mim.
Tirando esse detalhe, foi um capítulo sensacional, mostrando como é legal ver a galera de Konoha lutando. Chouji ficando nervosão ao ser chamado de gordo. Ino usando sua habilidade para salvar Chouji, o que me pegou totalmente de surpresa, já que sempre achei essa técnica da garota meio inútil (mesmo não sendo, sempre achei), Shikamaru defendendo o corpo da Ino. Mostrando o quão entrosado são não só o trio de amigos, mas suas próprias técnicas ninjas. Isso é um dos pontos altos do capítulo.
Adorei o momento em que o pai do Chouji pula para dar uma ajudinha na luta, e o Shikamaru se enfurece dizendo que eles não são mais pessoas que precisam de proteção, são eles que devem proteger agora. Esse momento me pegou de surpresa. Adorei a forma como o Kishimoto expressou esse sentimento no capítulo da semana.
Ah e que bacana a Ten Ten com um baita leque, que presumo que seja da Temari (o que está fazendo largado ali, eu não sei). Mas pode ser que nem seja dela, afinal, tem tantos ninjas e habilidades em campo que fico até perdido. E ainda não conseguiram derrotar o Kakuzu! Rá!
E no fim, Chouji liberta sua maior habilidade. Era necessáriuo usar isso contra o Asuma? Acredito que não, o Time 10 estava indo bem se não fosse pelas pausas do Chouji, mas nem por isso não torna bacana a forma que o capítulo terminou.