Como disse, nessa primeira parte controlamos Anwen, mas aparecem vários outros dos principais que usaremos a seguir, e são personagens interessantes! Uma das partes RPG do jogo está nisso, diálogos e personalidades bem pensadas. A outra é relacionada a manejar a party de monstros, receber experiência, subir de level, equipar artefatos e coisas assim. O mapa de cada área possui lugares determinados em que se encontra com NPCs, acha-se tesouros, vai-se por outros caminhos. Tudo em 2D e com caminhos pré definidos, mas na própria demo consegui me perder e ir parar numa dungeon com bichos bem mais fortes que eu e achei NPCs de side-quests que nem estavam disponíveis ainda, o que mostra bem como há livre exploração, dentro das limitações de cada mapa. Achei isso bem bacana, principalmente porque não é comum nesse gênero em que normalmente destrancamos lugar por lugar à medida que batalhamos.
As lutas em si são a parte puzzle do negócio. Controlamos um exército de diferentes tipos de criatura, cada um com level (ganham exp quando as usamos nas batalhas) e habilidades próprias. O objetivo é zerar o HP do general inimigo, e para isso nossos ataques tem que chegar na “linha de fundo” da tela, impedindo que os ataques dele cheguem na nossa linha. Para atacar, “empilha-se” três unidades do mesmo tipo e cor, e aí surge um número que indica depois de quantos turnos o ataque estará pronto. Da mesma maneira, pode-se formar barreiras alinhando-se três unidades lado a lado, e cada civilização tem barreiras com efeitos diferentes. Nos elfos, a cada turno elas recuperam um pouco do nosso HP.
Além das unidades diferirem em poder de ataque, defesa e turnos de espera, há três tipos “maiores” de classificação. As normais, as elite e as campeãs. Três normais formam um ataque, uma elite e duas normais formam outro, uma campeã e quatro normais formam outro. Desnecessário dizer que quanto mais poderoso o ataque, mas demorado ele é. Entram na estratégia também diversos outros elementos. “Chain” aumenta o poder de ataques de mesma cor que sejam ativados no mesmo turno; “Fusion” junta ataques em um só, abrindo espaço e construindo algo devastador; “Hero Actions” podem ser ativados quando nossa barra de MP se enche, o que acontece à medida que recebemos e inferimos dano, e podem virar completamente o jogo; e assim por diante.
Como podem ver pelas imagens, os ataques passam por cima dos inimigos do outro lado. Tudo que está no caminho diminui o poder do ataque de acordo com a “toughness” de cada unidade. Um Deer meu que vá atacar com 15 de poder, se passar por quatro demônios com 2 de toughness cada, tirará somente 7 do HP inimigo. Da mesma forma, podemos diluir ataques de Elite Units inimigas construindo barreiras e colocando unidades de grande “HP” atrás delas. É um sistema bem robusto, e por isso mesmo viciante! Cada movimento muda o rumo da partida, já que temos limite de unidades a serem mexidas e número certo de reforços por turno. Ficar de olho na contagem de cada ataque inimigo e calcular o dano que sofreremos é essencial, e é surpreendente como usar Chain e os outros recursos realmente faz diferença. Explorar o sistema recompensa.
E a demo não mostra muito mais do que isso. Insere o jogador na história e é muito bem sucedida nisso, já que me deixou querendo continuar não só porque quero lutar mais, mas também porque os ganchos deixados nela são interessantes! Pelo trailer de lançamento, o qual coloquei mais abaixo, mal posso esperar pra ver todas as outras criaturas! Não elogiei, mas as animações dos monstros são lindíssimas, principalmente quando se movem para atacar. É gostoso ficar assistindo! Trilha sonora também me surpreendeu, não tinha lido nada em particular sobre ela ser boa, mas marcou em alguns momentos! Dá um tom épico à narrativa, que não fosse isso com certeza teria menos brilho. O traço dos personagens não é o mais original, cai um pouco no estilo “mangá americano” de desenhos como Avatar: The Legend of Aang, mas são bem agradáveis, principalmente nos quadros!
E é isso, acho que cobri todos os pontos principais. Há outros elementos em jogo, como o fato das unidades mais poderosas terem que ser compradas caso morram em batalha, aliás, é verdade, há recursos no jogo (ouro, cobre e diamante), talvez uma das poucas similaridades com a série Might & Magic. Me passou a sensação de um jogo muito bem feito, completo mesmo (tem multiplayer online e offline também!), talvez justamente por ter saído para DS. É um presente que donos de PS3 e Xbox 360 estão ganhando, e com certeza comprarei! Mas só pra não terminar sem criticar nada, me incomodei um pouco com os loadings, que apesar de curtos e exibindo dicas de estratégia, são mais frequentes do que eu gostaria. Nada que atrapalhe de fato. Fiquem, então, com o trailer de lançamento!
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Ah, e aproveitem quem tem PSN+, há um pequeno desconto na compra do jogo, saindo por US$ 11,99 ao invés de US$ 14,99. Não sei quantos MS Points custa, mas deve ser o equivalente, né.