Primeiro Okami e agora El Shaddai: quando os jogos são pura arte! [Demo Japonesa Testada] [PS3/X360]
Caramba, gente, como me surpreendi com essa demo! Acompanhei as notícias de El Shaddai à medida que foram saindo ainda no ano passado: imagens interessantes, gráficos diferentes, história nova, mas nunca cheguei a ter hype com ele. Achava que alguma coisa ia dar errado nessa inovação, que seria um jogo “que pena que tal coisa nele é ruim”. Mas só pela demo, já digo que mordi a língua!
Claro que da história não entendi lhufas, mas foi assim… o momento mágico de controlar o personagem pela primeira vez. Me senti a Ammy pisando em Shinshu Field pela primeira vez! Baixei a demo japonesa pra conferir mesmo, mas não tinha expectativa nenhuma. A primeira tela que aparece é mostrando o que cada botão faz, mas tudo em japonês, o que não ajuda muito. Passei esses tutoriais e aí se abriu o jogo. Lindíssimo. Me lembrou na hora de Okami. O estilo gráfico, pelas imagens, me parecia bem confuso. “Como se joga isso?” eu pensava. Muito intuitivo. Cenários que se movem como pinturas vivas, e a ausência de “fim” para as coisas. O caminho é um só, mas a impressão que dá é de que estamos num lugar infinito. Parágrafo confuso, né? Ok, serei mais objetiva agora, mas não pude evitar de passar o que senti jogando! Enfim. Quando começa a demo, fui descobrir os botões. São bem simples: X pula, quadrado ataca (apertando em sequência se faz combos, segurando se dá ataques especiais), triângulo e bolinha dão ataques carregados sem precisar segurar o botão. R1 defende, L1 rouba as armas dos inimigos, R1+quadrado+X dá cambalhota. E é isso!
Na progressão, seguimos por esse mundo lindíssimo e em determinados pontos nos envolvemos em lutas, novamente ao estilo de Okami, formando-se uma arena, porém sem haver os Scrolls identificáveis de longe. Começamos sem arma nenhuma, mas quando batemos o suficiente em um inimigo, ele fica imobilizado e envolto por uma aura azul (novamente faço referência a quando os inimigos ficam cinza em Okami, para usarmos o Celestial Brush), e nesse momento podemos nos aproximar e apertar L1 para rolar uma cena e roubarmos dele a arma, purificando-a e tornando-a nossa. Na demo, havia dois tipos de inimigos armados, um com uma espécie de lâmina em forma de arco, para curta distância, ilustrada na artwork que abre o post, e outra em forma de várias pequenas lâminas que são atiradas nos inimigos. É como comparar as Glaives e os Rosaries de Okami. Cada uma, obviamente, muda o estilo de luta, alterando o que os ataques carregados fazem e também as habilidades de uso no mundo de jogo. A lâmina, por exemplo, dá ao pulo uma espécie de “planar” que ajuda muito nos momentos plataforma do gameplay, além de dar um efeito bonito com penas brancas. Nas batalhas, os ataques especiais são lindíssimos, principalmente o carregado aéreo da lâmina, que me lembrou muito a Arte “Tempest” do Lloyd em Tales of Symphonia. É, eu e minhas referências que a maioria não entende.
Não há barra de HP ou qualquer outra que meça MP e coisas do gênero. Se recebemos dano, vamos perdendo a armadura até a tela ficar vermelha e começar a piscar, sinal de que mais um ou dois hits e somos passado. Outra coisa pra ficar de olho é a corrupção das armas. Como são originalmente dos demônios, se as usamos demais elas começam a voltar à cor vermelha natural, e temos que apertar L1 em meio à luta para novamente purificá-la. A demo é um tanto curta, não deve chegar a 20 minutos, mas mostra o suficiente pra me convencer a comprar. São segmentos de plataforma intercalados com batalha, há um chefe terrivelmente difícil em que morri, mas acho que era pra morrer mesmo porque não deu Game Over e o jogo continuou. Mais um pouco de pular e andar por aí e chegamos numa parte do jogo que é em 2D. Sem palavras pro uso do cenário nesse segmento, com ondas surgindo por baixo da tela e nós a usando de apoio. Termina com o encontro com um outro chefe, dessa vez não humano como era o primeiro, mas quando me ajeitei na cama pra encará-lo, acabou a demo. Sacanagem! Fiquei com gosto de quero mais.
Quanto à história, só pra falar um pouquinho mais do jogo, controlamos Enoch, um sacerdote que busca os sete anjos caídos para evitar que o grande dilúvio extinga a humanidade. Pra ajudá-lo, há Lucifer, anjo guardião com a missão de proteger o mundo e que vive fora do curso do tempo, e quatro arcanjos: Raphael, Uriel, Gabriel e Michael. Não sei como funciona a narrativa ou se haverá outros personagens, mas é provável que sim, né. Na demo, apenas Lucifer fez uma breve aparição e conversou com Enoch, mas teve também o tal chefe poderoso que tinha forma humana, só que não entendi o nome dele. Bom, no Japão o jogo sai agora dia 28 de abril, mas nos EUA só temos a previsão de “terceiro trimestre”, então ainda falta um tempo. Recomendo que ao menos baixem a demo, por mais que não se convençam pelas imagens! Todo o gameplay é extremamente funcional, e o jogo realmente impressiona visualmente. Não acho que vão se arrepender de dar uma chance. Abaixo um trailer que mostra bastante coisa, mas pelo que joguei, as batalhas já estão graficamente mais bonitas do que isso. Mesmo assim, confiram!
Como baixar demos japonesas no PS3? Primeiro é necessário possuir uma conta japonesa na PSN, para isso há vários tutoriais simples na internet, como esse aqui do fórum Outer Space. Bom, conta feita, entre na PlayStation Store, essa parte é igualzinha a como você está acostumado a fazer com sua conta padrão. O problema vem agora, “putz, a loja tá toda em japonês!”, calma, não é difícil. Na tela principal, acesse o quinto botão do lado esquerdo, aquele que tem “PS3″ antes de vários caracteres indecifráveis. Ali, se sua exibição é em quadradinhos, entre no quarto para a direita, ou no quarto para baixo se for por lista. É o que tem o símbolo do controle sem o “+” e sem o “New” no nome.
Pronto, essa é a seção de demos! Todas têm desenhozinhos, então é fácil se achar aqui. Ok, clique na desejada e depois no botão laranja, aí é só confirmar e pronto, você está baixando a demo. Coloque para baixar no plano de fundo e pode até sair da conta japonesa e entrar na sua normal que o download continuará, e depois de completo é só instalar e jogar. Qualquer dúvida, perguntem nos comentários! Boa diversão!
To sem palavras diante desse jogo
Único, tem tudo pra ser épico.
Cara, que maluquice, pegaram os personagens da mitologia judaico-cristã, a própria mitologia, e os transformaram em; desde querreiros de estilo medieval (o que já é manjado pela cultura pop) até à uma abordagem de japoneses urbanos mega-cool. E misturaram tudo isso com um visual fantástico a lá Okami. Eu sei que esse comentário tá cheio de referências, mas não tive escolha, esse jogo em si é por demais experimental, e por isso por demais interessante! É possível Dakini, que algo não fique de bom-tom, já que é inovação demais em todos os aspectos do jogo. (Há começar pelo nome do jogo, que deve ter muito haver com parte da mitologia contada, mas que ficou com um aspecto meio – feio 😀 “El Shaddai”, parece nome de um dos cavalos daquele filme com o Viggo Mortensen, o Mar de Fogo). Mas com certeza, pela inovação, vale a pena dar uma olhada.
Relacionado a mitologia: Enoque, o filho de sétima geração após Adão, após viver 365 anos, foi “tomado por Deus” (o que dá liberdade para muitas interpretações). E de acordo com as Escrituras Hebraicas Apócrifas, ele se transformou no Arcanjo Metraton, princípe dos Serafins e que possui 4 pares de asas feitas de luz! 0_0 (Deve ser um efeito legal). Existem dezenas de fontes diferentes, e são muito poucas as que relacionam esses personagens, mas enfim, essa mitologia é uma das que mais sempre coube qualquer interpretação mesmo… Se pastores que o digam, imagina então produtores e roteiristas japoneses… hahahahahaha
Ps: Metraton também era um “modarfóca” em Cybertron que depois da guerra Transformer se tornou em cubos de metal que viraram energia para os robôs de Zone Of the Enders, mas disso só eu sei… 😀
Caramba, será que no jogo o que veremos é essa transformação em Metraton…? Porque o subtítulo é “Ascension of the Metatron”… hum… Seria bem interessante. o.o
Já tinha achado foda e você ainda diz que a história tem a ver com Lucifer e essas coisas?!
O estilo dele tá perfeito, a atitude do personagem principal é muito legal também!!
Aaa que jogo!! 8D
Esse jogo ainda não me convenceu, me parece estranho.
E El Shaddai é um dos nomes de Deus no Judaísmo e em Português quer dizer “Deus todo poderoso”