Eddie Murphy: Stand Up com muitos palavrões e tapas na cara do politicamente correto! [+Opinião]

Não vá esperando classe! O “filme” corresponde à piadas baixas, racistas, machistas e feministas, pega pesado com os tabus e fala palavrão em 100% dos casos!

Ou seja, “Eddie Murphy Raw” não é algo para pessoas que se chocam facilmente! Aliás, devo dizer que para mim foi um espanto inicialmente, ver aquele ícone pop falando tais “absurdos”.

Mas, não se engane: Eddie não dá ponto sem nó! O que quer dizer que é tudo pensado, um texto de baixo calão, aliado a uma grande interpretação de todos os quadros, com o jeitão clássico de Eddie: sorrisão na cara, muitos dentes, muitas vozes e estereótipos do negro americano.

Agora, vocês devem estar se perguntando: “por que esse cara está indicando algo assim?”. Eu respondo: porque tem sacadas geniais sobre o real cotidiano e bate na cara dos mais conservadores, puritanos e, portanto, bastante hipócritas.

A parte que ele fala sobre traição é rude meus amigos! Não se enganem! Não há um momento em que ele não mencione os órgãos sexuais de ambas as partes! Mas, ao mesmo tempo, é hilária. É o timming perfeito, de um cara em seu auge no Saturday Night Live, em seus filmes e turnês gigantescas de Stand Up Comedy.

Ou você achou que foi Chris Rock que inventou esse “jeito grosseiro” de bater na sociedade e ganhar dinheiro? (muuuito dinheiro!).

Tudo bem, também não foi Eddie Murphy… Mas, o que eu quero dizer e comparar aqui é o seguinte: ainda nos anos 80 os EUA já não tinham mais medo do politicamente correto. Filmes e produções diversas chocavam pelo “excesso de realidade”, digamos assim.

O tipo de comédia que se fazia invertia os papéis e as pessoas podiam rir delas mesmas e de como eram podres por dentro.

A politicagem, claro, sempre existiu! Mas, desde aquela época já era escancarada! Quando você assiste hoje, David Letterman e ele fala de política e outros assuntos, você sabe, abertamente, qual a intenção dele, qual o partido e o lado que ele apóia. Assim, na lata!.

O que eu acho legal em assistir algo tão antigo e auto-promotor como um filme desses, é ver o tipo de evolução democrática em que ainda estamos inseridos onde TODO apresentador é pseudo muito inteligente e todo comediante (ainda mais com esse “bum” na de “comediantes politizados” pelo Brasil) passa a ter opinião mega respeitada, virando até mesmo ícone, por fazer algumas piadinhas infames – embora não fujam do tão aclamado politicamente correto…

Então, fica a dica para ter a cara estapeada (principalmente se você for americano) e tomar uma aula de como um país pode ser realmente livre ao escutar opiniões de seus ídolos, de não haver tanta censura idiota, descabida e, o mais importante a ser aprendido: é não levar a sério quem não se leva tão a sério. Porque realmente não consigo entender como alguns ícones recentes do nosso país ganharam papel de destaque e capacidade de formar opinião tão grandes só por teremos a língua um pouquinho afiada!

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