Em 1998 Pokémon estava alcançando seu auge nas telinhas brasileiras! Sucesso nas manhãs do programa Bom Dia & Cia, quando ainda era apresentado por Eliana, Pokémon (o anime) estava também em sua melhor fase: o início!
Quando a premissa era se tornar um Mestre Pokémon, quando 150 monstrinhos eram o sonho de todos e saber o nome e os detalhes de cada um era nossa obrigação! Eu lembro dessa fase com saudades, quando a história fazia mais sentido e claro, quando tudo era novidade (isso faz uma diferença boa também).
Assim, as editoras brasileiras aproveitaram a situação e lançaram muito material relacionado ao assunto. Algumas coisas descartáveis, mas outras inesquecíveis, não só pelo conteúdo, mas pelo acabamento e pelo cuidado da produção.
Entre os títulos, saiu o Livro Ilustrado, pela Panini (o qual eu tenho completinho!), a Revista Pokémon Club (que também era bem legal e bonita) e o Manual Oficial do Pokémon!
E é sobre essa obra prima que, mesmo treze anos após o seu lançamento, mantém as páginas intactas e não amareladas, que vamos falar após o continue lendo!
Se você não viveu aquela época, quando a história de Ash ainda era exclusiva da TV Aberta e o acesso a internet era caro (mais caro!), lento e o conteúdo disponível era bem menor, você não sabe do que estou falando! Mas, não tem problema. Com um pouco de imaginação, tudo é possível.
Eu era doido, absolutamente alucinado para ter uma Pokéagenda! E ela existia, mas, era impossível comprar no Brasil! Era preta e branca, sem interatividade, nem nada. Era basicamente um catálogo digital, bem tosco. Mas, ainda assim, um sonho!
Eu também tive as primeiras cartas do Card Game do Pokémon, oficial do Brasil, em português mesmo… Quando as cartas de energia faziam uma diferença e tanto e ter um Charizard valia mais que ouro! E lembro que quando “ganhei” a primeira carta exclusiva, distribuída para quem comprou ingresso para “Pokémon – O Filme”, o “primeirão” de todos, no cinema, fiquei super animado. Mas, coisas do Brasil, a distribuição do Brasil foi interrompida, não tínhamos acesso a comprar do exterior (e também eu era em criança) e o tal “sonho pokémon” foi desaparecendo da minha lista.
Pokéagenda (pokedex) antiga! Mais parece uma calculadora, não?! Era tão linda…! XD
Para mim, o desenho funcionava perfeitamente, o jogo era algo a mais (o de game boy) e os acessórios extras, de consumo mesmo, ficavam no imaginário.
O anime teve mesmo momentos que se imortalizaram em minha memória e no de muita gente, mesmo tendo vivenciado depois do lançamento: a despedida de Butterfree, os pokémons iniciais: Charmander, Bulbassauro e Squirtle, os fofinhos “pika pika” pronunciados por Pikachu (que eram uma novidade daquelas, que até as mamães reproduziam!), os textos declamados pela Equipe Rocket, a aparição de Psyduck (um dos meus prediletos até hoje), evoluções, conquistas, piadas, enfim.
Era para ter terminado naquela fase, com Ash tornando-se um mestre Pokémon, no maior torneio (e único) da primeira fase. Ou ele perdendo e tentando de novo e aí sim teríamos um ganho funcional para outras temporadas, sem muita invenção.
Nessa época, Professor Carvalho era chamado de Professor Carvalho! XD E eram mesmo 150 + 1 do primeiro filme (+ outro que seria Mew – embora fosse surpresa mesmo que ele iria aparecer).
Mas, tudo que dá dinheiro tem que render por mais tempo… Então, entraram as tais insígnias, saiu Brock, voltou Brock, mudou o uniforme e, mesmo quando eu ainda era criança, a magia se perdeu aos poucos… Digo isso para você leitor, não achar que sou um cara saudosista daqueles que dizem: “Na minha época as coisas eram assim, assado, etc”.
Perdeu o significado, mesmo naquela época. Não ficou ruim, entende? Passou a ser apenas divertido e deixou de encantar, é isso que quero dizer.
Mas, voltando ao Manual Oficial do Pokémon: super interessante! Uma obra completa, com um super mini pôster interno, com todos os Pokémons, curiosidades da série, ficha de todos os Pokémos e suas evoluções, fichas dos personagens, uma listinha para você marcar os Pokémons que capturou, uma seção de perguntas frequentes que todo treinador faz (bem divertido isso) e por último, e também super legal: a Licença Oficial de Treinador Pokémon, que você tinha “direito” ao adquirir e apreender o conteúdo do livro!
Tinha ainda 10 dicas para cuidar do seu Pokémon, um guia de todos os ginásios e seus líderes, entre outras coisas legais. Impresso em papel de boa qualidade, o Manual Oficial do Pokémon se manteve novinho e guardado todos esses anos até que reabri uma gaveta e surgiu a ideia do post!
[nggallery id=561]
A autora, Maria S. Barbo, faz um introdução rapidinha e depois assina como se fosse o Professor Carvalho, com todos os ensinamentos vindos da cidade de Pallet, para quem quer se tornar um Mestre Pokémon.
Foi super legal ter redescoberto esse guia e verificar que mesmo após tanto tempo ele continua bom (porque tem cosias que você gosta quando é criança e, já mais velho, acha um pouco tolo, sabe?). E através do Manual, pude fazer toda essa retrospectiva com vocês, de umas das minhas séries prediletas, assumidamente mesmo: porque me irrito quando alguém associa, erroneamente, as mazelas de determinada geração ao anime que menciono aqui: “isso é da geração Pokémon”, sabe?
Espero que tenham gostado!
Agradecimentos especiais para minha mulher, que me ajudou com as fotos internas, para não amassar a relíquia que é esse é Manual Oficial do Pokémon!