Cinema: Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 – Eu Fui! [Avada Kedavra, Comentário, Opinião]

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, o oitavo e final filme distribuído pela WB da adaptação da incrível saga literária de J. K. Rowling. Certamente, muitos saíram do cinema sem saber bem o que sentir, se tristeza, se alegria ou se nostalgia. Calculei que fosse sentir tudo. E Senti.

Antes de comentar sobre o filme que concluiu uma geração, a obra literária, a história em si, seja no cinema ou nos livros, merece palavras, as melhores que puder pronunciar por aqui.

Gryffindor. Slytherin. Hufflepuff. Ravenclaw. Juntos para um bem maior.

Dear Mr. Potter, Thank you.

O desejo de receber uma carta de Hogwarts. Lembro perfeitamente dele depois de ter assistido o primeiro filme, ainda pequeno. Enquanto entrava na sala do cinema, não imaginava que Harry Potter viesse a ser uma definição de toda a minha infância. Quando mencionam Harry Potter, ouço como se me chamassem, chamassem alguém entre 9 e 19 anos.

“No story lives unless someone wants to listen… The stories we love best do live in us forever. So whether you come back by page or by the big screen, Hogwarts will always be there to welcome you home.” – J. K. Rowling.

Devorei os livros até a última sílaba – simplesmente fantásticos. Eles me introduziram à leitura, à paixão por ler e escrever que nasceu dali, tenho quase certeza absoluta. Foi uma história que cresceu comigo, com todos. O vislumbre de Hogswarts, da Diagon Alley e de Gringotts perante os meus olhos no primeiro filme! Queria de qualquer forma que tudo aquilo fosse real, palpável.

“Onde está a minha coruja?” – Milhares de crianças no mundo.

Queria entrar no Leaky Cauldron e ir a Hogsmead. Queria comprar uma varinha no Ollivander’s. Queria visitar o meu cofre em Gringotts. Queria atravessar a parede em King’s Cross para a plataforma 9 3/4, entrar no Expresso de Hogwarts, pôr o Chapéu Seletor na minha cabeça e estudar, primeira vez que recordo de ter tido vontade de estudar. Até fiz, aos 9 anos, uma varinha a partir de um lápis! Wingardium Leviosa!

Harry, Ron, Hermione, Hagrid e tudo e todos que os acompanham não precisam de horcruxes para serem eternos. Obrigado J. K. Rowling por enriquecer a minha infância, por incentivar a leitura e por nos ensinar a não sermos trouxas/muggles.

The Boy Who Lived…

Dia 31 de Outubro de 1981, Voldemort é derrotado por Harry. A cicatriz marcada criou raízes profundas e firmes na cultura mundial. E levou 10 anos para que chegássemos ao último filme. E a partir de agora? Prequela? Não.

Dia 14 de Julho de 2011, esperei (esperámos) que chegasse esse dia, a estreia da segunda parte de Harry Potter e as Relíquias da Morte. Admiro muito a franquia então pode deduzir que queria ver, assim que desse, como terminaria a adaptação e por isso comprei os ingressos com uma semana de antecedência para a estreia. E às 16:30 estava entrando na sala do cinema.

Terá sido o resultado final tão épico quanto o trailer abaixo? Haverá oportunidade para posteriores comentários/análises ao filme. Leia a crítica que se segue e descubra.

Harry Potter 7 Parte II: O último filme, o encontro final (Crítica)

Quando sentei na sala do cinema, sabia que o último filme acabaria. Bastou pôr os óculos 3D e quando percebi já estava no fim, já tinha terminado. E sobre o filme, resta dizer apenas que finalizou com dignidade, fechou a história de forma positiva. Claro, há muitas coisas que podiam ter ficado melhor mas para isso seria necesário mais uma hora, talvez. Nada é perfeito.

“Everyone who watches Deathly Hallows – Part 2 is going to see that he’s steered us home magnificently. It’s incredible.” – J. K. Rowling

O maior problema não esteve na produção. Aliás, quando um filme está baseado em um livro de 608 páginas, repleto de revelações e detalhes, fica difícil, diria até impossível, cobrir tudo em um pouco mais de 2 horas. Enfim, livro à parte, a produção cinematográfica teve uma atmosfera brilhante, privilegiando algumas cenas específicas. Se já assistiu, sabe do que estou falando.

O início apostou no clima calmo, meio monótono e frio de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1, no entanto não houve um enfoque prolongado sobre ele, ainda bem – embora o tenha adorado de qualquer forma. Souberam resumir muito bem para dar tempo para o restante, a invasão de Gringotts e a batalha final. Por aí, tenho que reconhecer uma organização bem calculada.

Continue lendo apenas se já assistiu o filme ou se não se importa com spoilers.

Dobby, um elfo livre. Desde Harry Potter e a Câmara Secreta, sempre tive apreciação pelo elfo. E a sua morte foi perfeita na primeira parte tal como a sua lápide nos arredores da Shell Cottage. A conversa entre Harry e Griphook não despertou muita reclamação, nem me esforcei em fazer comparações com o livro – seria desnecessário.

Por magia ou por conveniência mesmo, o Ollivander reconheceu a lenda das três relíquias da morte; não esperava por isso. E para o filme, acho que isso ficou bem, facilitou o desenvolvimento e o desfecho. Não entendi por qual razão excluíram a varinha quebrada do Harry, tinha tido a impressão de que ela permitia uma boa marca nos momentos finais da história e não custaria muito tempo.

Por favor, não estou desvalorizando o filme, muito menos afirmando que ele foi desagradável. Considerei como uma versão alternativa, achei mais justo. E assim, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 foi ótimo. E se ainda não leu o livro, acredito que após o filme é uma excelente oportunidade para considerar a leitura. Terá boas surpresas.

Nos primeiros minutos, a apresentação de Snape como diretor de Hogwarts deixou uma ótima impressão. O momento que mais aguardava só aconteceria mais tarde, mas para isso contava com a insubstituível atuação de Alan Rickman. Ele foi perfeito, como nos filmes anteriores.

Antes de qualquer exaltação, primeiro quero dizer que a invasão de Gringotts ficou um pouco abaixo das minhas expectativas. Tinha a ideia de que seria algo muito mais fascinante, pelo menos pela descrição que li inúmeras vezes. Por outro lado, entendo a simplificação e pensando melhor, o ataque foi interessante.

Não fiquei tão satisfeito com Gringotts, o espaço (hall de entrada). Mais uma vez, a adaptação não representou o banco como imaginava que fosse. Por alguma razão Gringotts também cativou mais em Harry Potter e a Pedra Filosofal (por ser novidade certamente). Os goblins, inteligentes e perspicazes, não decepcionaram. Warwick Davis fez um excelente trabalho como Griphook (e como profesor Flitwick). A armadilha contra ladrões, a fuga no dragão, a traição de Griphook, funcionou tudo bem. A cena mais brilhante, todavia, foi o interior do cofre de Lestrange. Horcrux maldita, a taça de Hufflepuff.

Quanto a Bellatrix Lestrange, bem, foi um pouco bizarro ver Bellatrix se comportando como Hermione – ou melhor, o contrário. Senti que ela podia ter sido mais ousada e convincente em alguns momentos mas não tanto claro. E Emma Watson também esteve bem como atriz. Apenas senti uma certa falta daquela Hermione que entrou no Expresso de Hogwarts pela primeira vez. Parece que ela perdeu um pouco aquele espírito de quem conhece tudo, parece ter se tornado menos convencida.

“[to Snape] Tell them how it happened that night. How you looked him in the eyes, a man who trusted you, and killed him!” – Harry Potter

Daniel Radcliffe penso que também cumpriu com as suas obrigações. Concordo que ninguém poderia ter sido um melhor Harry Potter ao longo desses 10 anos. O encontro dele com Aberforth, porém, deixou um pouco por desejar. Essa era uma cena tão importante e épica, fundamental para a compreensão de Dumbledore, uma das personagens mais fascinantes. Lamento por terem excluído a história de Dumbledore que supostamente o irmão deveria ter esclarecido.

Outra personagem da qual senti falta foi a avó de Neville. Sempre me fascinou a inclusão de uma senhora como uma pessoa corajosa, pronta a se unir à batalha. E Ariana, optaram por não explicar muito a verdade sobre ela. Claramente, deconsideraram a história da família Dumbledore. Talvez seja um incentivo para quem ainda não leu, ler o último livro.

A Batalha Final termina agora!

E chegamos à grande mudança introduzida pelo filme: a batalha de Hogwarts. Não alteraram a essência do conflito, mas escolheram uma perspectiva diferente em muitos casos. Teria preferido se tivessem deixado o encontro de Harry com Minerva McGonagall de acordo com o original. Se por um lado isso desagrada moderadamente, por outro surpreende até quem já leu os livros.

O Snape foge. A professora McGonagall reúne os alunos (que deveriam ser maiores de idade) para a luta final. Harry se debate em silêncio sobre a vida dos outros. E a Ordem da Fénix apoia a Armada de Dumbledore. Feitiços de proteção lançados, as estátuas protetoras de Hogwarts convocadas. A batalha começa.

“Hogwarts is threatened! Man the boundaries. Protect us!”Professora McGonagall.

Pessoalmente, fiquei admirado com a batalha. Não houve aquela sensação de angústia como se sente no livro, mas teve algumas melhorias significativas. Durante a primeira hora de filme, investiram bastante no humor, quer seja através da professora McGonagall, quer seja pelo Ron Weasley.

E a partir daí, o conflito foi rápido. Mostraram as mortes que deviam, ocultaram a morte de Fred – aliás nem tenho a certeza se disseram qual dos gêmeos faleceu -, os efeitos especiais foram suberbos, adorei os gigantes, as aranhas (descendentes de Aragog), o exército de Hogwarts e toda aquela destruição caótica. Falharam apenas na captura de Hagrid. Podiam a ter incluído.

“Se morrermos por causa deles, vou matar você, Harry!” – Ron Weasley.

De volta na sala das Necessidades. A busca pelo Diadema de Ravenclaw deve ter sido uma das melhores adaptações do livro. O fogo maldito, as vassouras, o humor de Ron, ficou tudo impecável. Rupert Grint atuou no seu melhor na minha opinião. Os elfos! Como queria que tivessem incluído eles na batalha! Atacando com panelas e utensílios de cozinha.

E o resto dos duelos mágicos prosseguiram conforme o fundamental. Ah! O campo de Quidditch em chamas! Só pude lembrar da primeira vez que Harry apanhou a Snitch. A destruição de Bellatrix por Mrs. Weasley foi ótima (embora muito fácil), Voldemort devia ter matado mais gente, ter sido mais ameaçador. Não culpo Ralph Fiennes, ele sabe como interpretar Lord Voldemort como ninguém. Nagini contribuiu muito para o efeito intimidador, gostei disso. Essa deve ser a minha Horcrux favorita.

Por falar de Horcruxes, a destruição da taça de Hufflepuff na câmara secreta causou uma enorme nostalgia! Aquele lugar, aquele esqueleto, aquele busto gigante, as cobras e os dentes de Basilisco. Hermione tendo a honra de vencer parte de Riddle e a água reagindo a dor de Voldemort. O beijo aí ficou meio forçado, mas tudo bem.

Snape, a melhor surpresa, o melhor personagem. Confesso, fiquei emocionado com a morte e as lembranças do Príncipe Meio-Sangue, mas verdadeiramente emocionado, a ponto de ficar com lágrimas nos olhos. Foi nessa cena que o filme se tornou uma lenda para mim, eterno. Conseguiram, me conquistaram, me convenceram.

“Would you like me to do it now [kill Dumbledore]? Or would you like a few moments to compose an epitaph?” – Severus Snape

Lily Potter, a corça do patronus, todo esse tempo. Snape, o mais corajoso de todos sempre protegeu Harry Potter. Genial as últimas palavras que pronunciou: “Você tem os olhos de sua mãe.” E de lembrar que pensei que ele fosse o Voldemort no primeiro filme (ainda não tinha lido nenhum livro)! Finalmente, a revelação de tudo.

É por isso que o fim de Harry Potter ultrapassou as expectativas, pelas revelações, as respostas que sempre procuramos foram dadas. Mesmo tendo sido reduzidas na adaptação, lá estão elas. Esse é o (quase) melhor desfecho para a história. Une todas as pontas soltas, solidifica o mundo fictício.

“[The hallows] Real, and dangerous, and a lure for fools” – Dumbledore.

As Relíquias da Morte acabam por ser uma armadilha aos tolos e os conduz ao inevitável, a morte. A Pedra da Ressureição foi usada mas transmitiu a ideia de que foi só para constar. O diálogo com os mortos foi um tanto corrido. Esse filme não esconde ser dedicado aos, agora adultos, que acompanharam a saga desde o início. A magia dos primeiros filmes residia na apresentação dos conceitos, dos objetos mágicos, de um castelo com quadros que falam, uma explosão de criatividade.

Nesse, não houve introdução de grandes objetos mágicos relevantes (fora algumas relíquias). Houve muita guerra, muitos feitiços, mas não tanta magia. Faltou bolas de cristal sendo lançadas e mandrágoras largadas no campo de batalha para atordoar os inimigos. E o Grawp? Recursos mais originais. Entretanto, a magia de todos outros filmes ainda estava lá. E foi ótimo.

Crucio! Teria sido melhor se Voldemort tivesse torturado o corpo de Harry após ter recebido a confirmação da sua vitória. Avada Kedavra! Teria sido melhor se Neville tivesse derrotado a Nagini na frente de todos, no seu momento de coragem. Expelliarmus! Teria sido melhor se Harry tivesse tido aquela conversa com Tom Riddle. Ainda assim, o filme deu certo, marcou.

O segundo momento que aguardava ansiosamente era a conversa entre Harry e Dumbledore, em King’s Cross. Por que eles cortaram tanta informação? Por que tiraram mais de 50% do diálogo? Ele é tão adequado e indispensável no livro e na história! E, claro, o Harry não podia estar pelado no filme – ou podia desde que não mostrassem as partes íntimas? Ficaria um pouco bizarro. Detalhes. Parabenizo a produção, no entanto, pela intensificação do confronto final entre Tom Riddle e Harry Potter. No livro, é tudo ridiculamente fácil.

Alguns detalhes podem ter marcado ausência mas, para quem não leu o livro, o filme satisfaz bastante, acredito. Não identificaram a Petunia nas lembranças de Snape (para isso existe a dedução, eu sei), cortaram o encontro de Harry com Dumbledore na sala do Diretor após a batalha final. Reparo! Excluíram a varinha do Harry e se livraram da varinha de Sabugueiro conveniente e rapidamente.

Um traço sublime do epílogo da história é a forma como J. K. Rowling humaniza as figuras mais imponentes e lendárias do mundo mágico. Ela mostra como uma mente brilhante também comete erros (Dumbledore) e por isso aprende o brilhantismo, mostra como a perseverança é tão humana quanto requesito para o domínio dos problemas (Harry), inspira a coragem até àqueles quem sempre temeram a realidade (Neville), torna o amor algo tão universal quanto transformador (Snape);

Revela a imortalidade e o poder das amizades (Hermione e Ron), ensina a humildade acima da arrogância (Tom Riddle), desvenda o véu entre a imaginação e a realidade, apresenta a redenção dos erros humanos e o medo natural (família Malfoy), incentiva pensar fora da caixa (Luna Lovegood), transforma a idade em sabedoria e a desqualifica como obstáculo.

Que melhor obra literária poderia ter tido durante a minha infância até agora?

E por fim, conclui que nunca haverá acerto sem erro; vitória sem sacrifício; conquistas sem coragem e confiança. É genial como a autora explica todo o universo de Harry Potter e nos faz refletir sobre a morte e o poder da imaginação através das palavras de Dumbledore. Ela explica e personifica a nossa realidade por meio do universo dos bruxos, um universo criado. Então, provavelmente não devemos ser tão muggles como pensamos ser. Penso que existe uma única frase capaz de traduzir a mensagem central e imortal de Harry Potter:

“Claro que está a acontecer na tua mente, Harry. Mas por que razão há-de isso significar que não é real?” – Dumbledore.

Dumbledore não fala ao Harry apenas. Ele fala a nós. Ele nos convida a Hogwarts, nos convoca. Ele convida a aceitar a naturalidade da morte, a não esquecer de viver por querer dominar a natureza, vencer a fatalidade. A morte é uma nova aventura para uma mente bem estruturada. No fim, tudo se abre. O que importa é a vida.

“Você é o verdadeiro Senhor da Morte, porque o verdadeiro senhor não busca fugir da morte. Ele aceita que deve morrer, e compreende que há coisas piores, muito piores do que a morte no mundo dos viventes.”

Se estamos todos numa estação, podemos sempre apanhar um trem, o Expresso de Hogwarts talvez. Encaro aquela fala de Dumbledore como um convite final. Compete a nós apenas escolher como tratar o nosso estado de espírito que não é exclusivamente físico.

Enfim, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 foi um filme ótimo dentro dos seus limites. Ele é completado pelo livro em si, já deixei isso como sugestão. Harry Potter não termina por aqui, mesmo que não haja mais nenhum livro em desenvolvimento. A história já transcendeu as páginas impressas. Não haverá mais nenhum filme, segundo relatado. Resta apenas o Pottermore. Terminou uma geração, a infância de milhares de pessoas se torna nostalgia.

Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Evanna Lynch (perfeita Luna Lovegood), Robbie Coltrane, Tom Felton, Richard Harris (memória), Michael Gambon, Ralph Fiennes, Alan Rickman e todos outros não menos importantes, obrigado pela excelente atuação. Reconheço que fizeram o seu trabalho com dedicação e empenho.

Sabe aquela música que acompanha o início de todos os filmes? Fez falta dessa vez. Eles escolheram uma música simplesmente inesperada, distinta em muitos aspectos. [Atualização] Bastou assistir mais uma vez para reconhecer que foi ótimo terem variado a música do inicio: Lily’s Theme é muito perfeita. Ouve bem.

Melhor filme da saga? Os melhores filmes para mim, de todos, foram Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta. Havia uma magia, um fascínio inspirador no roteiro e no elenco desses filmes que nunca voltei a sentir integralmente em mais nenhum dos posteriores. Ficou faltando algo. Por isso, não sei se o último foi o melhor filme, mas concordo com a terceira posição de referência.

[Atualização] Revivi o último filme. Voltei ao cinema e voltei a assistir tudo. E devo dizer que foi melhor do que a primeira vez. A única conclusão que tiro é que as expectativas influenciaram significativamente a primeira impressão. Mas em geral, a análise do filme se mantém a mesma. Reparei que cortaram cenas já divulgadas antes da estreia – ponto negativo. E quando notei os olhos de Lily, fiquei um pouco decepcionado. Não terem feito os olhos da Lily criança iguais aos do Harry foi uma falha inacreditável – não era difícil terem usado lentes de contato.

Quanto aos “19 anos mais tarde”, não sei bem o que dizer. A primeira vez que li o fim de Harry Potter, fiquei com a impressão de que o fim poderia ter sido menos cliché. Adorei a representação, todos já adultos, os filhos do Harry. Foi rápido mas trouxe uma dose de nostalgia. A música escolhida contribuiu muito para o efeito.

O 3D é algo que podemos considerar alvo de debate. Contudo, nunca o considerei destaque para qualquer filme. Um filme bom não fica pior pelo 3D, pouco melhor se for bem aplicado e aproveitado. E um filme desagradável não fica melhor só pelo 3D. Acredito que o 3D possa realçar uma qualidade que já existe independentemente, por si só. As melhores aplicações ocorreram com a dissolução do campo de proteção de Hogwarts, o fogo maldito, o dragão e a Nagini.

Encontro muitas pessoas afirmando que não se despedirão de Harry Potter jamais. Eu, por outro lado, acho que não há melhor momento para um até mais. Óbvio que ele sempre fará parte das nossas lembranças, tal como algo tão genial e impactante merece fazer. É por isso que aceito a despedida. Tudo que é bom termina. Deixa a sua marca e segue em frente.

E se algum dia esquecermos, haverá sempre um remembrall por perto para nos fazer recordar.

“Death is but crossing the world, as friends do the seas; they live in one another still. For they must needs be present, that love and live in that which is omnipresent. In this divine glass they see face to face; and their converse is free, as well as pure. This is the comfort of friends, that though they may be said to die, yet their friendship and society are, in the best sense, ever present, because immortal.” – William Penn, More Fruits of Solitude.

Ficha Técnica

Título Original: Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2
Diretor:
David Yates

Gênero:
Ação/Aventura
Elenco:
Ralph Fiennes, Robbie Coltrane, Michael Gambon, Emma Watson, Rupert Grint, Daniel Radcliffe, Alan Rickman, outros.
Estreia nacional:
15/07/2011
Duração:
130 minutos

 

 

“Há dezenove anos que a cicatriz não o incomodava. Estava tudo bem.”

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78 Comentários

  1. Realmente. Estou sem palavras, conseguiu explicar detalhes por detalhes do filme. A critica está p-e-r-f-e-i-t-a. Ainda não vi o filme, mas vou amanhã, afinal moro em cidade pequena. Não vou ver 3D, sou cego de um olho, mas já li todos os livros. Estou ansioso!

  2. Realmente. Estou sem palavras, conseguiu explicar detalhes por detalhes do filme. A critica está p-e-r-f-e-i-t-a. Ainda não vi o filme, mas vou amanhã, afinal moro em cidade pequena. Não vou ver 3D, sou cego de um olho, mas já li todos os livros. Estou ansioso!

  3.  Assisti hoje, chorei pacas; não é perfeito mas, ainda assim, um final épico e digno da série. (Talvez)Meu favorito, difícil dizer.

    Quanto à Pedra Filososal e a Camêra Secreta serem os melhores, discordo, são os piores, infatilizaram demais. Porém, entendo a sensação de terem sido os mais mágicos, éramos crianças na época. Agora crescemos e somos mais críticos.

  4.  Assisti hoje, chorei pacas; não é perfeito mas, ainda assim, um final épico e digno da série. (Talvez)Meu favorito, difícil dizer.

    Quanto à Pedra Filososal e a Camêra Secreta serem os melhores, discordo, são os piores, infatilizaram demais. Porém, entendo a sensação de terem sido os mais mágicos, éramos crianças na época. Agora crescemos e somos mais críticos.

    1. mas ambos os livro sao infantis xD HP so fica serio apartir do 4º,com mortes xD
      E bem,o primeiro ainda é o melhor pra mim pq ja havia lido os 4 primeiros qndo saiu o filme,ao contrario de mt gnt ja conhecia HP a mt tempo antes d começar a virar modinha com os filmes. Talvez isso q faça o primeiro ser o “melhor” , pq foi fantastico ver na telona coisas q vc imagina nos livros xD

      1. Sim, os dois primeiros livros são os mais infantis, mas os filmes são ainda mais que eles. É o que eu acho quando assisto hoje em dia.

  5. Bom opiniao eh opiniao e naum quero em momento algum a de ninguem, vi o filme com muitas pessoas (10 no total), muitas delas q tbm gostaram mas outras q assim como eu detestaram o filme, na minha opiniao tudo q eles plantaram na parte com uma adaptaçao muito boa eles destruiram nesse filme onde incontaveis alteraçoes foram feitas deixando o filme muito pobre, em especial cito as duas partes q eu mais queria, a primeira foi cortada e a segunda alterada totalmente:
    1 – Harry usando a cruciatus (ou eh crucius sei lah =D) para proteger a McGonagal
    2 – Neville derrotando a Nagini na frente de todos apos dizer a epica frase “A armada de Dumbledore ainda vive”

    Para mim esse se junta ao Ordem da Fenix como piores filmes da serie, realmente fikei decpcionado, axo q a parte um me deixou bem esperançoso por uma parte 2 muito boa tbm

    1. Concordo. Harry usando o cruciatos foi junto com a cena da lembrança de Snape, a que eu mais esperei ver.

      Eu me lembro que quando tava lendo o livro (lembrando agora, já fazem 4 anos, como o tempo passa xD) eu pensei “Ele usou imperio e crucio, espero que ele use o Avada Kedavra tmbém *-*” lol

      Mas eu gostei do filme, mesmo com as mudanças.

    2. Concordo. Harry usando o cruciatos foi junto com a cena da lembrança de Snape, a que eu mais esperei ver.

      Eu me lembro que quando tava lendo o livro (lembrando agora, já fazem 4 anos, como o tempo passa xD) eu pensei “Ele usou imperio e crucio, espero que ele use o Avada Kedavra tmbém *-*” lol

      Mas eu gostei do filme, mesmo com as mudanças.

  6. Já to até vendo todo mundo assistindo os filmes antigos e relendo todos os livros. XD

    No mais, pressinto coisas épicas vindo ai com o final da franquia nas telonas: edições de colecionador com todos os filmes/livros e afins. Seila, seu fosse eu aproveitaria pra lançar essas coisas agora que o pessoal ainda tá meio abalado emocionalmente, com certeza vai vender. XD

  7. naum vi o filme ainda mas li o livro.
    na opinião dos q leram e assistiram a segunda parte do sete foi melhor ou o mesmo padrão da primeira parte

      1. Concordo. Cortaram muitos momentos épicos do livro e fizeram alterações significantes. A parte do Snape, entretanto, compensa bastante.

  8. naum vi o filme ainda mas li o livro.
    na opinião dos q leram e assistiram a segunda parte do sete foi melhor ou o mesmo padrão da primeira parte

  9. Bom, não vi o longa da parte 2 ainda, mas essa crítica é certamente uma das melhores que já li !!  :)E, na opinião de quem cresceu e acompanhou o desenvolvimento a saga desde a infância, penso da mesma forma quanto àquela magia ao qual estávamos acostumados desde primeiros filmes. Ou seja, admito que senti mesmo um pouco a falta desse aspecto. (Talvez seja pela mudança na adatação ou algo do tipo, mas enfim.. ) Também gostei muito da parte em que mencionou-se a questão de esse o melhor momento para uma despedida. Realmente, não existe momento melhor. E é esse é o ponto onde quero chegar com esse comentário: Nostalgia também faz parte da vida, afinal. Mas o principal, a melhor parte disso… é que a magia e o encanto nunca morrem. Jamais. Lembrem-se disso. ^^

  10. Bom, não vi o longa da parte 2 ainda, mas essa crítica é certamente uma das melhores que já li !!  :)E, na opinião de quem cresceu e acompanhou o desenvolvimento a saga desde a infância, penso da mesma forma quanto àquela magia ao qual estávamos acostumados desde primeiros filmes. Ou seja, admito que senti mesmo um pouco a falta desse aspecto. (Talvez seja pela mudança na adatação ou algo do tipo, mas enfim.. ) Também gostei muito da parte em que mencionou-se a questão de esse o melhor momento para uma despedida. Realmente, não existe momento melhor. E é esse é o ponto onde quero chegar com esse comentário: Nostalgia também faz parte da vida, afinal. Mas o principal, a melhor parte disso… é que a magia e o encanto nunca morrem. Jamais. Lembrem-se disso. ^^

  11. Eu vi o filme sem pensar no livro, isolei totalmente, e pra mim foi um final ÉPICO, ÉPICO, SEM MAIS.. saí sem palavras do cinema e MUITO triste ao mesmo tempo, simplesmente não consigo acreditar que acabou, não parece que acabou, parece que ano que vem vamos ter mais um filme.. vejo/leio Harry Potter desde os 6 anos de idade, foi uma parte FUNDAMENTAL da minha infância e agora que acabou fica um sentimento amargo.

    Mas fiquei MUITO feliz pelo filme ter sido tão FODA, e ter encerrado de forma DIGNA uma das MELHORES sagas de todos os tempos, foi simplesmente FODA.

    E pior, quando cheguei em casa estava passando hp2 (que é o que mais me causa sentimento de nostalgia e é o meu filme preferido junto com o último agora), e vou te falar que ter visto esse filme logo depois de ver o último da saga é FODA, por te fazer lembrar deles pequenos e de toda a história do filme, mas é MUITO triste, parece que foi ontem que estava indo no cinema ver hp2 e hj fui ver o filme final da saga. 

    Mas nada que com o tempo não supere hehe, estou mt triste (apesar de feliz) agr, mas eu entendo que tem que acabar, pq como você disse: Tudo que é bom termina, deixa sua marca, segue em frente.

    E deixar marca no coração de todos os fãs COM CERTEZA deixou, vai deixar saudades, mas vai deixar também um sentimento de felicidade, só de pensar que eu vivi essa era.

    OBRIGADO JK ROWLING, OBRIGADO ATORES, OBRIGADO HARRY POTTER

  12. Vou ler agora, mas tenho uma pergunta… Você leu os livros em inglês? Mesmo com 9 anos? Porque boa parte dos nomes que você tá falando, quando não são traduzíveis do português pro inglês, eu simplesmente não faço idéia do que é.

    Eu domino o inglês e tal, mas li tudo em português e não sei porque falar a versão inglesa. Enfim, lerei.

    1. Não. Os primeiros li em português mesmo. E os últimos li até em Português de Portugal que tem termos bem diferentes. No momento estou relendo o último livro em inglês e sinto que é muito mais épico em inglês, é o original, as palavras que de fato saíram da mente da autora. Foi só por isso. Mas vou revisar o texto ; )

      1. Eu não discordo disso. Eu prefiro mil vezes o inglês, mas questionei essa decisão por conta de termos e nomes que você utilizou em inglês. Gringotts, Diagon Alley, Shell Cottage…

        Alguns eu até consegui saber do que se tratava usando a tradução, mas creio que a grande maioria aqui conhece os termos da tradução brasileira. Dos três exemplos que citei: Gringotes, Beco Diagonal, e o terceiro não faço nem idéia do que é. Tudo bem, faz muito tempo que li o sétimo livro, mas simplesmente não lembro mais o nome brasileiro desse Shell Cottage.

        Mas não se engane pensando que estou reclamando. Foi só um toque, porque talvez deixar os termos da tradução brasileira ajude a aproximar mais a maioria dos leitores ao seu texto – que ficou ótimo, aliás. Concordo com a grande maioria da crítica. Foi tudo muito bem escrito e bem emocionante, parabéns 🙂

      2. Eu não discordo disso. Eu prefiro mil vezes o inglês, mas questionei essa decisão por conta de termos e nomes que você utilizou em inglês. Gringotts, Diagon Alley, Shell Cottage…

        Alguns eu até consegui saber do que se tratava usando a tradução, mas creio que a grande maioria aqui conhece os termos da tradução brasileira. Dos três exemplos que citei: Gringotes, Beco Diagonal, e o terceiro não faço nem idéia do que é. Tudo bem, faz muito tempo que li o sétimo livro, mas simplesmente não lembro mais o nome brasileiro desse Shell Cottage.

        Mas não se engane pensando que estou reclamando. Foi só um toque, porque talvez deixar os termos da tradução brasileira ajude a aproximar mais a maioria dos leitores ao seu texto – que ficou ótimo, aliás. Concordo com a grande maioria da crítica. Foi tudo muito bem escrito e bem emocionante, parabéns 🙂

        1. Obrigado. Entendo. Reli o texto e só encontrei mais uns poucos fora os três termos que você citou como “talvez confusos”. Gringotts não me importei porque é quase igual à Gringotes. Já o resto, como você disse Beco Diagonal (Diagon Alley), pode criar confusão.

          Shell Cottage = Casa das Conchas
          Remembralls = Lembrol
          Leaky Cauldron = Caldeirão Furado/Caldeirao Escoante

          Enquanto escrevia fiquei na dúvida de quais termos utilizar. Por fim, optei pelo original apesar de tudo. Obrigado pela observação.

      3. Eu não discordo disso. Eu prefiro mil vezes o inglês, mas questionei essa decisão por conta de termos e nomes que você utilizou em inglês. Gringotts, Diagon Alley, Shell Cottage…

        Alguns eu até consegui saber do que se tratava usando a tradução, mas creio que a grande maioria aqui conhece os termos da tradução brasileira. Dos três exemplos que citei: Gringotes, Beco Diagonal, e o terceiro não faço nem idéia do que é. Tudo bem, faz muito tempo que li o sétimo livro, mas simplesmente não lembro mais o nome brasileiro desse Shell Cottage.

        Mas não se engane pensando que estou reclamando. Foi só um toque, porque talvez deixar os termos da tradução brasileira ajude a aproximar mais a maioria dos leitores ao seu texto – que ficou ótimo, aliás. Concordo com a grande maioria da crítica. Foi tudo muito bem escrito e bem emocionante, parabéns 🙂

  13. Acho que vou chorar no cinema. Harry Potter pode não ser considerado uma obra prima do cinema e literatura, mas sei que para uma multidão de crianças (agora já maiores como eu) ele representa essa coisa de crescer e enfrentar os desafios. Esta maravilhosa obra nos ensinou a ter coragem, enfrentar os desafios e dar valor a quem nos rodeia e ama. Nunca esquecerei estes livros e filmes. Eu sou parte da história de Harry Potter e ele é parte da minha história.
    Obrigado J.K. por ter me dado tantos momentos de magia!!!!!!!

  14. O fim de uma era mesmo. Não sei o que pode ser a marca da nova era, mas acho que nenhuma obra vai ter tanto espaço no meu coração como teve Harry Potter. Foi o melhor dos tempos, e eu estava lá.

  15. Ainda não fui ver o último filme, mas estou ansiosa para fazê-lo. Eu tinha onze anos quando assisti a Pedra Filosofal no cinema. Fiquei tão encantada que comecei a ler os livros a partir de então. O engraçado é que primeiro o meu pai me dava um livro por ano, então li a Câmara Secreta com doze e o Prisioneiro de Azkaban com treze (mesma idade dos personagens *_*). Lembro que na Câmara Secreta eu não achei a parte que explicava que a garota vítima do basilisco havia sido encontrada morta no banheiro, então eu inclui isso na fala de alguém com lápis (é, eu escrevi no meu livro). Depois de o Cálice de Fogo eu passei a acompanhar a série normalmente.
    Eu gostava tanto da estória que fiz o meu pai e a minha irmã mais velha lerem, e eles viraram fãs também. Bem, não tanto quanto eu, que ficava catando teorias e análises na internet e perdia a noção do tempo lendo Poterish e Oclumência.
    E muitos amigos meus também liam e a gente ficava debatendo. “O Harry é uma horcrux?” “Snape é mesmo traidor?” “O RAB é o Rabicho?” (sério, tinha essa teoria). Quando não havia ninguém por perto, eu pegava um canudo e treinava feitiços.
    Vou sentir falta de Harry Potter. Definitivamente foi o maior marco da minha adolescência. Só não vou fazer que nem o cara que queria batizar o filho de Wingardium para depois dizer “Wingardium, lave a louça”. XD

  16. Ainda não fui ver o último filme, mas estou ansiosa para fazê-lo. Eu tinha onze anos quando assisti a Pedra Filosofal no cinema. Fiquei tão encantada que comecei a ler os livros a partir de então. O engraçado é que primeiro o meu pai me dava um livro por ano, então li a Câmara Secreta com doze e o Prisioneiro de Azkaban com treze (mesma idade dos personagens *_*). Lembro que na Câmara Secreta eu não achei a parte que explicava que a garota vítima do basilisco havia sido encontrada morta no banheiro, então eu inclui isso na fala de alguém com lápis (é, eu escrevi no meu livro). Depois de o Cálice de Fogo eu passei a acompanhar a série normalmente.
    Eu gostava tanto da estória que fiz o meu pai e a minha irmã mais velha lerem, e eles viraram fãs também. Bem, não tanto quanto eu, que ficava catando teorias e análises na internet e perdia a noção do tempo lendo Poterish e Oclumência.
    E muitos amigos meus também liam e a gente ficava debatendo. “O Harry é uma horcrux?” “Snape é mesmo traidor?” “O RAB é o Rabicho?” (sério, tinha essa teoria). Quando não havia ninguém por perto, eu pegava um canudo e treinava feitiços.
    Vou sentir falta de Harry Potter. Definitivamente foi o maior marco da minha adolescência. Só não vou fazer que nem o cara que queria batizar o filho de Wingardium para depois dizer “Wingardium, lave a louça”. XD

  17. Ainda não fui ver o último filme, mas estou ansiosa para fazê-lo. Eu tinha onze anos quando assisti a Pedra Filosofal no cinema. Fiquei tão encantada que comecei a ler os livros a partir de então. O engraçado é que primeiro o meu pai me dava um livro por ano, então li a Câmara Secreta com doze e o Prisioneiro de Azkaban com treze (mesma idade dos personagens *_*). Lembro que na Câmara Secreta eu não achei a parte que explicava que a garota vítima do basilisco havia sido encontrada morta no banheiro, então eu inclui isso na fala de alguém com lápis (é, eu escrevi no meu livro). Depois de o Cálice de Fogo eu passei a acompanhar a série normalmente.
    Eu gostava tanto da estória que fiz o meu pai e a minha irmã mais velha lerem, e eles viraram fãs também. Bem, não tanto quanto eu, que ficava catando teorias e análises na internet e perdia a noção do tempo lendo Poterish e Oclumência.
    E muitos amigos meus também liam e a gente ficava debatendo. “O Harry é uma horcrux?” “Snape é mesmo traidor?” “O RAB é o Rabicho?” (sério, tinha essa teoria). Quando não havia ninguém por perto, eu pegava um canudo e treinava feitiços.
    Vou sentir falta de Harry Potter. Definitivamente foi o maior marco da minha adolescência. Só não vou fazer que nem o cara que queria batizar o filho de Wingardium para depois dizer “Wingardium, lave a louça”. XD

  18. Achei o filme perfeito. O problema da crítica é que você foi mais fã que crítico. E ISSO NÃO FOI ALGO RUIM. Mas todos esses defeitos que você citou, se você pensar pelo lado de alguém que não leu o livro, não faz sentido. Eu também me senti frustado por não terem revelado tanto do passado de Dumbledore, e também fiquei esperando muito mais do encontro de Harry com ele em King’s Cross “Heaven” (muitas informações interessantíssimas são ocultas) mas se for levar pelo lado do andamento do filme, não faria muito sentido revelar tanto. O foco seria na batalha final, e isso eles mostraram com perfeição. 
    obs: não me aguentei e tbm gritei quando a Molly exclamou: “NOT MY DAUGHTER, YOUR BITCH!” e explodiu a Bellatrix xD

  19. Eu só queria fazer uma pergunta pra tentar entender o que aconteceu.
    Porque vejam bem: eu me emociono pra caralho com várias obras, seja em
    momentos tristes ou felizes. No entanto – não sei se por um problema dos
    diretores em passar impacto nas cenas ou dos próprios atores de não
    passar a emoção adequada -, eu não consegui me emocionar em nenhum
    momento do filme. Nem mesmo na Parte 1, com a morte do Dobby.

    Isso me decepcionou bastante. O livro foi mais empolgante, triste, animador e emocionante que o livro. Como pode? oO

  20. Eu só queria fazer uma pergunta pra tentar entender o que aconteceu.
    Porque vejam bem: eu me emociono pra caralho com várias obras, seja em
    momentos tristes ou felizes. No entanto – não sei se por um problema dos
    diretores em passar impacto nas cenas ou dos próprios atores de não
    passar a emoção adequada -, eu não consegui me emocionar em nenhum
    momento do filme. Nem mesmo na Parte 1, com a morte do Dobby.

    Isso me decepcionou bastante. O livro foi mais empolgante, triste, animador e emocionante que o livro. Como pode? oO

    1. É estranho mesmo nenhuma parte do filme te ter emocionado. A parte do Snape, como disse, conseguiu trazer lágrimas aos meus olhos. Não reproduziram 100% das memórias, mas o fundamental e de uma forma inesquecível.

      O Snape é aquele personagem que serviu ao amor acima de tudo. Ele se deixou usar pelo Dumbledore. Serviu contra a vontade o Voldemort. Tudo pela Lily, pelo Harry. E no fim, quando ninguém precisava dele, quando ia morrer, o último pensamento foi dedicado ao Harry, ao filho da Lily e ao compromisso de derrotar aquele quem matou a mulher que ele mais amou. Isso ficou ótimo no filme.

      O livro é sempre melhor no que diz respeito ao ritmo e ao conteúdo detalhado. Tem tudo e está escrito de forma a atingir o âmago do leitor. O filme tem uma perspectiva diferente para a mesma história porque tudo não cabe em apenas 2 horas e alguns minutos.

      Enfim. Prefiro o livro, mas acho os filmes indispensáveis. Se assistir o filme sem estar com o livro na cabeça, pode sentir melhor o que tentam transmitir, acredito. 

      1. Sim, o livro realmente é melhor no ritmo e detalhes. Já o filme, teoricamente, era pra ser mais impactante, mais emocionante. Mas tem algo estranho nos filmes de Harry Potter (principalmente os 3 últimos), alguma coisa não me emociona quando eu sei que deveria emocionar.

        Talvez o filme não dê a importância que eu dou aos fatos. Exemplos disso são a morte de Dumbledore e Dobby, o sacrifício de Snape, o grande final da saga. Tudo isso foi extremamente emocionante pra mim nos livros (não cheguei a derramar lágrimas, pois emoção de leitura é algo bem diferente), e talvez eu esperace algum toque “épico” nessas partes. Infelizmente, na minha opinião, os filmes não mostraram isso.

        A mais forte dessas cenas foi realmente a do Snape, mas por causa do ótimo trabalho do ator. No entanto, as cenas em si não foram muito bem trabalhadas pra mim, e não causaram impacto algum. Pra você ter noção, a questão não foi nem eu não me emocionar: eu nem mesmo senti tristeza ou saudade quando o filme acabou. Fiquei indiferente. E realmente eu não queria isso.

        Talvez seja o fato de que eu já não ligava muito para os filmes, porque depois de 7 deles, eu percebi que não chegavam nem perto dos livros. Provavelmente eu já havia me despedido de Harry Potter há alguns anos, quando terminei de ler As Relíquias da Morte. Espero, pelo menos, que aqueles que não desfrutaram da leitura, tenham se emocionado durante as cenas assim como eu me emocionei perante as páginas =)

      2. Sim, o livro realmente é melhor no ritmo e detalhes. Já o filme, teoricamente, era pra ser mais impactante, mais emocionante. Mas tem algo estranho nos filmes de Harry Potter (principalmente os 3 últimos), alguma coisa não me emociona quando eu sei que deveria emocionar.

        Talvez o filme não dê a importância que eu dou aos fatos. Exemplos disso são a morte de Dumbledore e Dobby, o sacrifício de Snape, o grande final da saga. Tudo isso foi extremamente emocionante pra mim nos livros (não cheguei a derramar lágrimas, pois emoção de leitura é algo bem diferente), e talvez eu esperace algum toque “épico” nessas partes. Infelizmente, na minha opinião, os filmes não mostraram isso.

        A mais forte dessas cenas foi realmente a do Snape, mas por causa do ótimo trabalho do ator. No entanto, as cenas em si não foram muito bem trabalhadas pra mim, e não causaram impacto algum. Pra você ter noção, a questão não foi nem eu não me emocionar: eu nem mesmo senti tristeza ou saudade quando o filme acabou. Fiquei indiferente. E realmente eu não queria isso.

        Talvez seja o fato de que eu já não ligava muito para os filmes, porque depois de 7 deles, eu percebi que não chegavam nem perto dos livros. Provavelmente eu já havia me despedido de Harry Potter há alguns anos, quando terminei de ler As Relíquias da Morte. Espero, pelo menos, que aqueles que não desfrutaram da leitura, tenham se emocionado durante as cenas assim como eu me emocionei perante as páginas =)

  21. Eu não gostei muito do final do filme (e do livro), foi tudo muito “bonito”, muito “disney”, tudo se ajeita, nenhum dos mocinhos morre, enfim, poderia ser melhor, mas tb não carece desmerecer, a história em si é boa.

    1. Tem razão, quando terminei de ler também fiquei com uma sensação “disney”, inclusive achei a morte do Voldemort bem fácil. De qualquer forma, a história é excelente.

      Acho que não teria sido negativo se o Harry tivesse morrido para destruir a parte de Voldemortque estava nele. E depois o resto das pessoas em Hogwarts tivessem travado um confronto final em que alguém derrotasse o Voldemort. Talvez o Ron e a Hermione.

  22. Eu vi o filme hoje. Não sou tipo chegado a Harry Potter, mas a história acabou do jeito que deveria =)
    Não foi o melhor, foi o terceiro melhor na minha opnião, O Calice de fogo contina sendo meu favorito por causa do torneio e do tema série que fizeram e o Prisoneiro de Azkabam achei ótimo, mesmo com a parada do tempo que achei estranho.

    Adeus Harry Potter. É a sua hora de dar adeus, e entra no expresso de Hogwarts.

  23. KKKKKKKKK, eu tambem fiquei falando pra todo mundo que não tinha lido que ele morre no final. O povo acredita manooo (Y)
    Se bem que não é algo tão dificil de acreditar, já que era pra ser assim o final antes, como disse a J.K.
    Bom, quanto ao comentario/opnião do site, quem escreveu parece comigo O.O
    Eu pensava exatamente as mesmas coisas cara… Os pontos fracos e fortes… Tudo igual.

    Bom, é o começo do fim ;s
    Boa sorte nessa despedida também a vocês. E que Harry Potter continue em nossos corações.

    1. Entendo bem o que quer dizer. Confesso que apesar de ter gostado (não adorado como adorei o livro), esperava um filme melhor, diferente. Cortaram cenas e momentos que esperava ver.

  24. Ah acho que o pessoal se satisfaz com pouco.
    Tudo raso demais pra falar que é foda.
    O que mais me incomodou foi a Enma e o Rupert participarem tão pouco no filme, não senti muito a amizade entre eles e o Harry.
    O final achei um pouco decepcionante.. isso se no livro também não foi.

    1. Acho que quem nunca leu o livro e vai para o filme meio “cego” relativamente à história, até fica satisfeito. Mas o filme realmente ficou muito apressado, com cortes e conversas e resoluções/relacionamentos instantâneos.

      Por isso que o filme para mim ficou bom, algumas cenas salvando o resto, mas podia ter ficado melhor. Inclusive, acredito que com o mesmo tempo a direção podia ter sido um pouco melhor.

      Já o livro, ele é infinitamente melhor que o filme. Há mais detalhes, a história do Dumbledore explicada, a conversa em King’s Cross mais completa e satisfatória, as lembranças do Snape também mais detalhadas e o confronto final com o Voldemort é bem diferente, fácil mas com um diálogo épico entre ele e o Harry – tiraram isso do filme.

      Mas a parte dos “19 anos mais tarde”, mesmo no livro, decepciona por ser muito “conto de fadas”. A autora podia ter feito algo mais interessante. Porém, o livro mais uma vez “vence” (sei que não é uma disputa).

      Se for ler de novo os livros e se souber inglês, recomendo ler em inglês. Por alguma razão a história fica bem melhor. Estou relendo agora o último (provavelmente pela última vez, depois deixarei o livro na prateleira durante sei lá quanto tempo).

  25. Araphawake, você leu os livros em inglês? Pois soou um tanto quanto pedante colocar as citações em inglês.
    No mais ótima resenha e opinião. Gostei de como você escreveu.

    1. Li todos os livros em português: os cinco primeiros em português do Brasil e os restantes em português de Portugal. Em inglês estou lendo o último mais uma vez.

      Não quis parecer pedante mas é que me acostumei com os termos originais em inglês, até porque quase todos são mantidos na versão de Portugal. Fora isso, prefiro os termos/citações originais por serem aqueles/aquelas que surgiram realmente na mente da autora.

      Particularmente, não simpatizo muito com a tradução portuguesa e quando
      busquei os livros para deles tirar as citações, preferi tirar do livro
      inglês (sinto uma maior identificação com ele). E por isso que os usei. Não quis ser pedante ou tornar o texto menos acessível.

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