E aqui estamos em mais uma sessão de MdQ’s atrasados, desta vez trago Claymore 13 e 14 para vocês. Das tramas que venho acompanhando ultimamente esta é a que mais ganha espaço na minha preferência e vem subindo disparado no meu conceito, ainda que eu não tenha a menor paciência pra ver o anime. Enfim, se mais alguém além de mim acompanha Clare e cia pela Panini e não pela internet, clique depois do continue que conversamos mais.
Dois volumes muito legais que deram bastante ênfase na volta das guerreiras desaparecidas há sete anos atrás, quando terminei o último MdQ (nem lembro mais quando foi isso) fiquei achando que a organização havia descoberto alguma forma milagrosa de deixar as novatas mais poderosas, mas pelo jeito era só propaganda enganosa. A Riful deu cabo das duas guerreiras que só não partiram dessa pra outra melhor pela intervenção das renegadas, o verdadeiro motivo de toda essa luta pra início de conversa.
Mas em vez de uma nova queda de braço, tivemos revelações que há muito tempo cozinhavam o meu juízo sem explicação. Ou vai dizer que você nunca se perguntou porque diabos a toda poderosa Priscila virou cachorrinho de estimação do Easley? Bem, as aparências mais uma vez nos enganaram e descobrimos que o fato era verídico, porém de maneira contrária. Enquanto a garota guarda um youki assombroso, Easley a mantem calma e sobretudo ao seu lado, não acho que ele tenha se apaixonado por ela como a Riful afirmou, mas considerando que ele já mediu forças com ela e sabe do seu potencial, dificilmente ele deixará essa posição de escravo, ainda que entre aspas.
No meio desse papo sobre o passado me veio a mente o Raki de novo, ele ainda não deu as caras, mas que com certeza já deve ter aprendido a lutar com a ajuda dos treinos com Easley. Só o que não entra na minha cabeça é o porque do vilão com cara de mocinha ter acolhido o garoto, estão devendo uma explicação sobre isso. E será que depois de tantos anos ele ainda se lembra da Clare? Hum… curioso estou.
Outro ponto interessante foi a cena depois de todas as revelações da Riful. Ao invés de encararem a abissal, todas partiram em retirada, ou seja, se estes sete anos não serviram para prepará-las para enfrentá-la, ao menos serviram para criar táticas de defesa o suficiente para se despistarem dos perigos que as cercam agora por serem renegadas. Claro que somente fugir não as levará muito longe, mas aí entra curiosidade de saber como o autor vai lidar com o fortalecimento das guerreiras. Maturidade todas elas já adquiriram, agora só falta o autor nos mostrar se pode inovar na trama quando for preciso fazê-las amadurecerem as suas habilidades também.
No mais, gostei bastante do novo visual, não ficou claro se elas realmente deixaram para trás as antigas vestimentas cedidas pela organização, mas o preto deixa bem claro o fato de que agora elas estão por conta própria, mas além de acabar com a Priscila e provavelmente a organização inteira? O que mais move esse grupo e o mantem unido? Um flashback com foco nesse assunto seria legal, apesar de flashbacks serem um tédio na maioria das vezes. Diria que a única exceção pra isso seria quando vemos a Tereza do Sorriso Enigmático no meio deles.
Enquanto isso na sala de justiça… quero dizer, da organização. A cúpula dos seres estranhos deu uma nova ordem para a dupla inusitada de guerreiras híbridas: caçar a nossa quase esquecida Galatea. Mas logo de ínício já ficou claro que a Clarice não foi feita para os campos de batalha. Com os cabelos ainda coloridos e sem força bruta nenhuma, a organização parece tê-la acolhido mesmo só para dar de mamar a pequena Miata, a atual e descerebrada número quatro do time que guarda habilidades exclusivas depois de ter alcançado o sexto sentido (cavaleiros do zodíaco agora?). Juntas elas partiram para aquela cidade lá do começo do mangá da qual esqueci o nome e estou com uma preguiça imensa de ir procurar.
O legal é que pudemos rever aqueles dois soldados dos quais também não me recordo o nome. Eles não tiveram uma participação tão grandiosa como foi da primeira vez, mas foi legal revê-los mesmo assim. Infelizmente nem tudo são flores e foi meio triste ver que a bela Galatea se cegou como meio de aumentar a sua percepção de youkis alheias. Mas enfim, palco da bagunça armado e quando eu pensei que a festa já estivesse completa com duas Claymores caçando uma, eis que uma bela abissal desnuda dá as caras só para deixar a coisa toda mais bonita.
A luta se iniciou e não demorou muito para que eu sofresse novamente ao ver um dos braços da Galatea voando longe. Tá certo que os mangás estão carecendo de mais membros sendo decepados e que não voltam por mágica (vide Bleach por exemplo), mas podiam ter poupado a moça disso, até porque de braços dando adeus já tivemos os dois da Miata indo embora. O combate foi meio arrastado, mas foi legal, com exceção da Clarice choramingando, a Galatea pôde mostrar sua destreza e calma mais uma vez num daqueles momentos onde você vê um personagem carismático e formidavelmente poderoso fazendo das tripas coração para não morrer em vão numa batalha sob condições nada justas.
Porém estamos falando de um shonen e o melhor da história ainda estava por chegar, tanto é que quando tudo parecia estar perdido, as mulheres renegadas, trajando o manto negro das trevas (elas estão em todas) fizeram outra grande aparição. Mas o que veio depois? O mestre Norihiro Yagi preferiu nos deixar curiosos, agora só esperando a boa vontade da Panini para gente descobrir, mas uma coisa é certíssima: desta vez não vai dar para fugir e deixar a cidade inteira na mão. E nisso me veio a pergunta: será que a escolha de fugir frente a Riful foi mesmo uma opção por falta de força ou porque ninguém queria revelar a verdadeira evolução de seus poderes naquele momento? Ficarei esperando o próximo volume ansioso para sanar esta dúvida cruel.
Antes de finalizar, vale também comentar um pouco sobre os capítulos extras de cada volume. Gostei bastante de ver a luta do Easley e a Priscila em maiores detalhes, querendo ou não foi uma reviravolta e tanto saber de uma hora para outra que o maior vilão até agora não está no topo como pensávamos. O flashback da Miria também foi legal por mostrar um pouco mais de suas emoções e reforçar que o companheirismo é uma de suas virtudes também, apesar da história parecer ter terminado de forma incompleta. A Clare também não ficou de fora e assim pudemos descobrir o porque do seu cabelo ter sido cortado. Nas cenas em que via ela e a Tereza juntas sempre achei que o cabelo maior distinguia o tempo em que ela foi criança, enquanto o curto seria ela já crescida, mas não era bem assim.
E por fim, a eterna Tereza do Sorriso Enigmático deu o ar da graça uma vez mais. Não sei se as próximas cenas extras trarão mais histórias dela ou se as mesmas farão algum sentido para os acontecimentos atuais, mas com certeza ela ainda vai continuar a ser lembrada de um jeito ou de outro na trama. A história não foi das mais originais e não tem muito o que destacar nela a não ser a cena final. Para quem acompanha o mangá a bastante tempo sabe bem que as guerreiras forjadas com a carne dos yomas dificilmente mostram um sorriso, seja como um sinal de felicidade ou carinho por alguém. Não só pela natureza do seu trabalho exigir frieza ao extremo, mas também pelo destino manchado de sangue que a vida lhes reservou desde cedo.
Altos e baixos assim seriam suficientes para apagar qualquer sorriso da face de alguém, certo? Errado, já que para toda regra existe uma exceção, aqui está ela. Não é a toa que a personagem recebeu a alcunha de Tereza do Sorriso Enigmático. Afinal, você conseguiu descobrir o que representou esse sorriso justo naquele instante? Eu tentei e não consegui.