PlayStation.Blog e PlayStation Store BR: como estão, depois da estreia? E são aproveitados?

Particularmente, nunca fui de visitar muito o PlayStation.Blog US. O conteúdo é bem interessante, tem entrevistas, vídeos, matérias e tudo mais, só que a maior parte das coisas mais relevantes acaba indo, depois, parar no Kotaku, Destructoid, IGN ou no PlayStation 3 Brasil. Sem tanto tempo pra ler de tudo, fico mais nessa coisa por cima, principalmente da indústria ocidental, porque acompanho mais é sites como o andriasang, mesmo. Mas isso de lado, o fato do blog oficial ter ganho uma versão brasileira é excelente! Ele só existe em duas outras versões, uma em espanhol, voltada pro restante da América Latina, e uma europeia, que é, na verdade, bem diferente do blog americano. O PSB é um canal onde os fãs podem se encontrar pra discutir as novidades ou ficar na sua lendo o farto conteúdo trazido diarimente. São posts feitos pelo pessoal da Sony ou pelos próprios desenvolvedores dos jogos, falando de suas produções, das dificuldades, avisando de um beta multiplayer ou numa espécie de diário do hype, como no momento está acontecendo com Resistance 3. Entrevistas, cobertura de eventos, todo esse tipo de coisa aparece todos os dias por lá, e com certeza vale a pena.

Além do conteúdo traduzido, temos os posts voltados para as atualizações nacionais relacionadas à Sony (ou coisas como a dublagem PT-BR de Uncharted 3), e o Fabio Santana ou o Vinícius Lima estão sempre nos comentários respondendo dúvidas, agradecendo elogios, passando informações, resolvendo problemas dos usuários com seus consoles. O crescimento do blog foi bastante rápido, e fico feliz de ver cada vez mais gente entrando e comentando notícias, aproveitando matérias que, de outra forma, nunca apareceriam em português. Surgem discussões bacanas nos comentários, com usuários reclamando o direito de todos os jogos lançados aqui virem com legendas em português, exigindo Uncharted 3 a R$129,90 depois da grande sacada da Microsoft, ou coisas desse tipo.

E aí, eis que o blog fez um mês de existência, esse sábado! Rolou até essa imagem de estatísticas aí ao lado, e vai dizer que não é bacana? Nem tenho muito o que comentar em cima dela, mas sempre gosto desse tipo de coisa. A Rockstar tinha feito uma um tempos atrás, sobre Red Dead Redemption, e ficou show demais. Além da imagem, vendo a notícia pelo próprio blog, há os Top 5 posts mais vistos, comentados, curtidos, twittados e com mais respostas da redação. Aqui: link. O PlayStation.Blog é uma ferramenta ótima pros fãs da Sony, ou mesmo só pro cara que prefere outra plataforma, mas curte ler coisas da indústria de games além das notícias simples encontradas nos outros portais. Fora o Blog, há o PlayStation Brasil, site com informações mais técnicas dos consoles, incluindo o Vita, que já confirmaram que será lançado no Brasil, e de diversos jogos e serviços. Baixa-se as atualizações de PS3 e PSP por lá, pode-se logar na conta e conferir os amigos da PSN, pegar o código do ID card, etc. Funções que quem já usava o site em inglês conhece bem.

E a PlayStation Store?

Já tava todo mundo mais feliz com a Sony no Brasil vendendo jogos de PS3 de R$59 a R$149 (apesar da tristeza de lançamentos custarem R$199, um preço ainda muito acima do que se paga comprando no exterior), mas a chegada da PlayStation Store nacional, em julho, foi com certeza um marco pra donos de PS3 ou PSP. Ter uma conta BR sempre foi possível, mas poder comprar conteúdo em reais é uma vitória, e o serviço até agora não podia ser melhor. Temos jogos como Assassin’s Creed II a R$79,99 e com DLCs de Brotherhood a R$20,99, ou God of War Collection a R$84,99, preço que, comparado ao de comprar lá fora, seja em caixinha ou na PSN, está extremamente próximo. Ok, não são lançamentos, mas peguem Limbo ou Street Fighter III: Third Strike Online a R$30,99, que custam US$14,99 na Store americana! E esse último foi lançado aqui no mesmo dia em que chegou lá! Demos, DLCs, avatares, temas premium, trailers, jogos mais antigos, clássicos de PSOne (os Final Fantasy estão todos lá, a R$20,99 cada, junto com Metal Gear Solid e outros como os Resident Evil ou Tomb Raider), tudo é atualizado a cada nova semana, aumentando o nível e a quantidade inclusive, e aos poucos a loja vai ficando bem respeitável, crescendo num ritmo rápido, com conteúdo que queremos e a preços justos. Não sei a quantas anda a Xbox Live brasileira, mas lembro que nos primeiros meses a coisa era triste por lá, sem praticamente nada que se aproveitasse. Nesse sentido, só temos a agradecer.

Lógico que há coisas ainda mais ou menos. Não temos ainda a PS+ e outros serviços do tipo, e jogos de caixinha mais novos, como inFamous 2, custam R$169,99. Até onde sei, ainda não é possível acessar a Store diretamente do PSP, o que é um fail tremendo. Fora isso, embora todas as descrições estejam em português, alguns menus aleatórios se encontram em inglês, e falta padronização no uso de termos ou letras maiúsculas. Temos “(Jogo completo)”, “(Jogo Completo)”, “(Demo para jogar)”, “(Demonstração para jogar)”, um abaixo do outro nos menus, e há problemas no uso de “de, do, da”, dando gênero a coisas que no inglês é sempre “the” ou está ausente. “Escolha seu personagem favorito do Final Fantasy“, diz a descrição de Dissidia, onde deveria ser “de”, por se referir à série. Em Final Fantasy Tactis, temos “Conquiste o complicado sistema de trabalho desvendando o enredo […]”, referindo-se ao job system, numa tradução literal que devia ser melhor pensada. Há coisas a melhorar, com certeza, mas são detalhes, refinamentos que (espero) venham com o tempo, ou questões de preço que mais tem a ver com as complicações do mercado nacional do que com uma visão absurda de lucro por parte da Sony.

Amanhã, 1º de setembro, o serviço estará no Brasil há exatas seis semanas, um mês e meio, e já me vejo comprando nele o que antes pegaria no exterior. Não é nem uma questão de “apoiar a iniciativa”, mas realmente não faz diferença pra mim gastar R$20,99 ou US$9,99  num jogo, a não ser a cobrança extra do banco por converter compra em dólar no cartão de crédito. E pode-se tranquilamente comprar com a conta BR e jogar na americana, se os troféus estão nela. É uma comodidade, e que deve ficar ainda mais fácil e abrangente quando os planos de pagamento por boleto, por exemplo, entrarem em prática. E há, claro, as ideias mais ousadas, nas quais não coloco tanta fé de ver acontecer mas que, enfim, já foram mencionadas oficialmente, como os temas abordados nessa entrevista. No geral, a chegada da Sony no Brasil está muito boa. Consertando alguns problemas e trabalhando pra trazer preços decentes não só ao conteúdo exclusivo para download, como para os games de caixinha encontrados em Fnacs e Saraivas da vida, sem falar no preço dos consoles, teremos uma boa representação nacional da empresa. Não é um processo rápido, e começou há muito pouco tempo, mas está caminhando, e as perspectivas são ótimas.

Isso também pode lhe interessar

20 Comentários

          1. pelos boatos parece ser muito certo ser verdade
            tudo diz que sera one piece… na verdade praticamente confirmado

  1. Excelente matéria. Eu também só tenho elogios a tecer sobre a iniciativa da Sony para com a PStore e o PlayStation Blog BR. Este último principalmente, porque é algo sensacional ter um canal de comunicação entre gamer e empresa, ainda que seja por intermédio da galera jornalista responsável pelo blog em si, é uma ponto de contato super válida e bem feita. Não chega aos pés da estratégia porca de marketing que a Microsoft Brasil tem por aqui, onde mal temos um canal oficial para questionar ou perguntar como andam certos processo aqui no Brasil. A Micro Brasil não comunica nada direito, é tudo em cima da hora, cheio de incertezas e o espaço para divulgação é basicamente feito pelos gamers mesmo.

    A Sony tá de parabéns com certeza. Eu sou um dos que estou aguardando a liberação da PStore no PSP juntamente com o lançamento de Patapon 3. Espero que não demore demais para isso ocorrer, mas é inegável que em 1 mês de PSN-BR muita coisa já foi feita e acrescido ao sistema do que a Live-BR quando saiu que era uma vergonha (ainda é em grande parte, porque não tem nem 5% do conteúdo que deveria ter em 1 ano de sistema, deveriamos estar bem mais avançado).

    Mas é isso, aos poucos a concorrencia vai dobrando a outra e as coisas vão melhorando. Espero que a competição que começou no Brasil com Microsoft e Sony, possa futuramente instigar a Nintendo a se oficializar novamente no Brasil, e acabar com a parceria com a Latamel, empresa que não é nacional e que é muito fraca para nosso mercado. Falta a Nintendo, falta mais conteudo nas redes online, falta mais jogos com legendas em portugues… mas aos poucos as coisas parecem melhorar!

    o/

          1. sei… o fato de nada na linha da nintendo parecer diferente não ajuda em nada né? cade os games e os preços bacanas? eu só vi o 3DS aqui num preço razoavelmente legal… mas e os jogos dele mesmo? será que existem por aqui?

            http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/031217/nintendo-3ds/games/?ORDEMN2=E&ID=BB39BF967DB081F1326150568

            Jogos de 3DS a preço de jogos de PS3/X360 (que já são caros)? Ok, acredito sim que a Nintendo está marcando presença aqui no mercado nacional… faz de conta.

          2. Alias tem quantos classicos de Wii lançados oficialmente aqui no Brasil e quantos custam menos de R$ 99, Mauri? refreca aí a minha memória…. O Zelda novo vai vir pra cá com caixinha em portugues e com legenda em PT-BR como Gears 3 ou Uncharted 3, games da concorrência? (este ultimo em audio PT-BR).

            Sim… não são tempos de latamel mesmo. me convenceu. Ao inves de falar zombando, porque não apresenta o que está melhor por aqui em relação a Nintendo? porque eu realmente não faço ideia… e nem faço questão de pesquisar para não perder meu tempo. já que o sr. tá por dentro de todos os detalhes… compartilha aí. 😉

          3. Eu tenho visto a distribuição melhorar, com produtos cada vez mais presentes e bem expostos. Por sinal ontem fui na Fnac e na área de games o atendente estava trajando um uniforme do Nintendo 3DS. Bem no meio do corredor central tem um display enorme expondo o console e os jogos com caixinhas em português. Na área de games em si, tem mais dois estandes, um com o 3DS e outro com o Wii rodando jogos. Microsoft e Sony? NADA.

            Fora os vários eventos que são feitos, como esse recente: 

            http://www.nintendoblast.com.br/2011/08/saiba-como-foi-o-meetup-streetpass.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+n-blast+%28Nintendo+Blast%29

            Me diz aí qual foi o último evento Microsoft? Vai ter pro Gears 3?

            Os esforços na localização também estão começando. O 3DS e o e-shop tem suporte ao nosso idioma (coisa que nem o PS3 tem) e conversão para nossa moeda local. Previsão de jogos localizados. É possível:

            Gamer.br: E traduções de games e produtos para o português?RFA: Nesse momento, temos o hardware [do 3DS] que será traduzido para o português, e isso inclui algumas de suas aplicações. O software ainda não será traduzido para o português, mas certamente esse é o próximo passo. É aquela história do ovo e a galinha: precisamos ver bons resultados de vendas, para isso nos dar a motivação para fazer esse tipo de ação.

            A questão de preços ainda é algo que tem que ser melhor trabalhado, mas para uma operação nova no país já fizeram bem mais do que nos últimos anos. Bem mais do que a Microsoft ou Sony em seu primeiro ano de vida? Sim, muito mais e em menos de 6 meses isso já é evidente. E quando a estrutura estiver completa, mais deverias TEM que vir. E a questão a ser resolvida em termos de preço passa pelo fato de todos os produtos serem importados como nos últimos anos. A Gaming tem que procurar soluções como a Microsoft e a Sony andam fazendo. Precisam de venda para justificar ações maiores, e precisam fomentar os fatores que levam o consumidor a optar pelo produto distribuído por eles.

          4. resumo… está igual os tempos de Latamel.

            (evento pra mim não é suficiente… pelo contrário, só serve pra mascarar os problemas reais – poucos titulos e alto preço).

            Prefiro ver a Sony e a Microsoft agindo, do que organizando eventos. Ainda bem que elas não atual desta forma.

      1. Alias Mauri, deixa de ser troll porque dando uma rapida olhada na web, a Gaming do Brasil nada mais é do que uma ramificação da Latamel… trocou seis por meia dúzia. Larga mão.

        http://colunistas.ig.com.br/gamerbr/2011/03/09/entrevista-da-semana-bill-van-zyll-nintendo-of-america/

        Não importa se é uma subsidária para cuidar localmente do Brasil, o fato é a Nintendo via Latamel está anos luz de ser tão eficiente e vantajosa ao mercado, como a oficialização da Microsoft e Sony no Brasil, que estão aqui de verdade, e não por terceiros representantes…

        Nada mudou… enquanto um Zelda Ocarina 3DS custa U$ 39 lá fora, aqui ele sai oficialmente por absurdos R$ 150. Não venha me dizer que tem qualquer tipo de vantagem só porque a Latamel criou uma subsidiária no Brasil… ela continua trabalhando como importadora, mais atenta ao mercado latido do que localizado, como Sony e Microsoft estão fazendo.

        Se você não entendeu o que eu quis dizer lá no primeiro parágrafo, e preferiu criar picuinha em cima de algo irrelevante… paciencia. Deixa vc sendo feliz com a Nintendo do jeito que é por aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Adblock detectado

Dê uma ajuda ao site simplesmente desabilitando seu Adblock para nosso endereço.