E depois de meses de expectativa, finalmente pude ler Justice League #1, que apresenta roteiro de Geoff Johns e a arte pelo icônico Jim Lee. Dois artistas que em momentos distintos se tornaram referências (Johns pela reviatalização do Lanterna Verde e Lee pela explosão de sucesso dos X-Men nos anos 90), mas atualmente são questionados pelos leitores. A missão da dupla dessa vez também é grandiosa: fazer com que a DC possa ganhar uma fatia maior do mercado de quadrinhos e talvez assim deixar de ser a eterna vice da Marvel. Diversas fontes afirmam que o lote inicial de 200 mil revistas no formato físico foi esgotado, tanto que a distribuidora Diamond já confirmou que vai distribuir uma segunda tiragem. Já digitalmente não há números precisos.
Em meio a isso, o Lanterna decide ajudar o Batman mesmo sem permissão dele. Hal Jordan mostra que continua mesmo um babacão, e quase põe tudo a perder quando resolve deter a criatura que tentava ativar uma bomba. Batman demonstra claramente que não gosta de agir ao lado do guerreiro esmeralda. Dá a impressão de que ele acompanha os feitos do Lanterna quando diz para ele voltar para Coast City. Enquanto esses eventos ocorrem temos vislumbres do que está acontecendo com Victor (o Ciborgue) que é um atleta de sucesso na faculdade, mas cujo pai parece ser bem distante, fiquei curioso para saber os motivos.
A dupla de heróis acaba concluindo que a bomba deixada pela criatura é de origem extraterrestre, e não fiquei surpreso quando decidem procurar por um certo alienígena que tem sido visto em ação mais do que devia. E sim, esse alienígena tinha que ser o Superman. O idiota do Lanterna acha que o azulão é um oponente fácil, e depois de prender o batman vai atrás de briga, e leva um senhor soco do homem de aço. É aí que eu tive a certeza que o roteiro é do Johns mesmo, não foi a toa que já peguei raiva do Lanterna na primeira edição. Aí em seguida o Super já desafia o Batman, mas o resultado disso só vamos ver na próxima edição.
Particularmente, não achei lá grande coisa essa estréia do novo universo. O que mais muda por enquanto é a maneira como os personagens se relacionam entre si, e a personalidade que mais me empolgou é justamente a do Superman, que lembra mais aquele Superman visto nas suas primeiras histórias, quando era brigão, vingativo, irônico, e por vezes até inconsequente. Outra característica que me chamou a atenção foi a fluidez nos diálogos e na ação, agora sim estou vendo um dinamismo que pode ser capaz de empolgar mais no futuro, desde que essa linha narrativa se estabeleça assim. A arte é o ponto mais fraco da revista, Jim Lee já teve seu grande momento desenhando os X-Men nos anos 90, mas quando nós comparamos seu material atual com, por exemplo, Mike Deodato (brasileiro que é considerado um dos melhores da atualidade) dá vontade de chorar.
Também espero que as personalidades da Mulher-Maravilha, Flash e Ciborgue estejam mais alteradas, para deixar de lado aquele lado “família feliz” que a Liga tinha. Tem que ser mostrado que eles estão juntos por um motivo de força maior, e não que necessariamente eles se sintam bem na companhia um do outro. Só assim essa nova série poderá apresentar um material com possibilidades diferentes, já que um dos slogans usados pela DC para promover esse novo universo é “conheça os novos 52“! Então, DC, eu quero mesmo conhecer 52 revistas novas, combinado?